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Estive em um restaurante japonês neste fim de semana, pois já havia algum tempo não colocava um sushi na minha boca.
A dona do restaurante me abordou e comentou que naquele dia apareci na TV. Devia ser a série do SPTV em comemoração ao Centenário na qual fui o personagem do dia.
Curiosamente, me disse que ao ver a matéria, no Niten tinha só "gaijin"*.
Curiosamente, porque no meu inconsciente, tinha a impressão que isto não era a verdade.
É certo que o Instituto Cultural Niten, conhecido como Niten, nos primórdios de sua fundação, há 15 anos, agregava pessoas que procuravam por um treinamento espiritual em busca de sabedoria e filosofia, em contrapartida àqueles que buscavam apenas uma "faixa preta" ou troféis de campeonatos. Este público, na época, consistia de adultos divididos em ex praticantes de artes marciais e outros que nunca praticaram, mas que nutriam interesse pela cultura japonesa. Ambos tinham interesse na filosofia samurai.
Ou seja, 100% "gaijin". Nenhum "nihonjin".
Fiquei indignado e fui conferir outras matérias recentes que saíram na TV, como a que está na home do Niten (niten.org.br) e qual não foi a minha surpresa ao constatar que eu realmente estava certo:
Hoje, às vias de comemorarmos o Centenário da Imigração, 15 anos se passaram e muita coisa mudou. Hoje, nas unidades de São Paulo, por exemplo, têm-se uma média de 30 a 40% de descendentes de japoneses no quadro de nossos alunos!
A explicação é simples, meu caro(a):
Mesmo sem saber, carregam uma característica que, arrisco a dizer, é muito forte no povo japonês: a de buscar as suas origens.