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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




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    09-ago-2010

    Buenos Aires 3 - Sem demagogia

    "Al concluir mi segundo Gashuku, sentí una sensación de plenitud y ganas de esforzarme aún mucho más en el entrenamiento.
    En lo personal, por haberme hecho sentir afortunada, y valorar los tiempos que nos toca vivir".
    - Jane



    Ines em posição do Fogo com a espada menor



    "Estou muito agradecida por esta oportunidade que me brindam. É algo que ficou gravado não só em minha memória fisica, mas também no espírito" - Tatiana



    A  arte do bastão JO na Argentina


    "Termos célebres como KATSUJINKEN (a espada que dá a vida) costumam ser  muito repetidos no contexto das Artes Marciales japonesas, ainda que não sempre são realmente compreendidas.
    Neste Gashuko, com seus emotivos Momentos de Ouro, pude compreender realmente o significado desse termo… "   -
    Ivan



    Sensei e coordenador Joel executam kata de Shindo Muso Ryu Jodo com duas espadas (nito)


    "Sem repetir frases vazias, sem cair em lugares comuns ou em frases feitas e sem demagogia alguma, dizendo e mostrando a VERDADE, Sensei me fez sentir o espírito da frase a espada que dá a vida."



    Momentos de Ouro, a verdade sem parcimônia.

    06-ago-2010

    A Eficácia do Kihon Niten

    Hoje relembra-se o dia da bomba de Hiroshima e Nagasaki e teremos muito a conversar a respeito no Gashuku de 14/15 de agosto na Serra da Cantareira.
    De maneira que hoje vou lhe contar um ocorrido:

    Nestes ultimos dias fui surpreendido em uma das aulas.
    A surpresa ocorreu durante o treinamento de Kenjutsu, no combate com equipamento.
    Estava treinando com uma aluna fazendo o combate.
    Ela iniciante que ainda nem kimono e hakama vestia.
    Num dado momento , ao realizar o "bote da cobra ao inverso" (antebraço inferior) (Cs-23/10/2009 - O Bote da Cobra ao Inverso), conseguiu se desvencilhar de meu ataque, defesa esta
    que nem os mais habilidosos conseguem executar.
    O mais impressionante foi a forma com que "escapou" de minha espada. Suave e tranquila.
    Como conseguiu em pouco tempo?! E com que com naturalidade!
    Voltei para casa com esta incognita.
    E, ao findar do dia, enquanto tomava  o meu banho, "caiu -me a ficha":
    -É claro! É o Kihon Niten dando os seus frutos!
    Os antigos tinham razão.
    Espanto e alegria tomaram conta de meu coração.


    "o  Kihon que  permitiu a aluna se desvencilhar do ataque"


    05-ago-2010

    Buenos Aires 2 - Só um ponto de vista

    Hoje deixo as palavras de uma aluna que falam por si só sobre o evento  (Buenos Aires 1 -  O Frio não congela o Espírito)

    Só um ponto de vista.
    Cada Gashuku é como uma época de vanguarda artística, nos ensina permanentemente a ver as coisas de forma diferente. Neste, tivemos nosso momento de Claro e escuro; o contraste da guerra, nos ensina sobre a importância da paz.




    Porém também ressalta a universalidade do ser humano, conceitos como a guerra, o amor a família, significam o mesmo em todas as partes.


    Também esteve presente o Cubismo, que elege representar a realidade destes diferentes pontos de vista simultâneos.


    Nos mostra que a profundidade passa por outra parte (e não pela perspectiva única mais comum até este momento).


    Como el KI. Com algumas histórias da vida, alguma anedota (conto) gracioso, Sensei  nos deixou conceitos interessantes sobre a energia vital e o seu uso ou abuso.


    Podemos estas em maior ou menor medida de acordo. Porém à todos ficou presente tanto a idéia como as noções básicas. A partir disto, elegemos qual delas gostamos mais, para cada um armar sua própria representação.


    Fechou com pequenos e múltiplos pontos, que ao invés de desenhar ou pintar, somente super pôs pontos de cores básicas com incrível paciência. Consegue que de certa distância, se arme uma imagem completa.


    E  assim, kata por kata, vamos armando e construindo a nós mesmos.




    Domo Arigato Sensei.

    Ines Unidade Buenos Aires

    (Versão Original)

    Sólo un punto de vista.*
    Cada Gashuku es como una época de vanguardia artística, nos enseña permanentemente a ver las cosas de forma diferente. En éste, tuvimos nuestro momento de Claroscuro: el contraste de la guerra, nos enseña sobre la importancia de la paz. Pero también, resalta la universalidad del ser humano, conceptos como la guerra, el amor o la familia,significan lo mismo en todas partes. También, estuvo presente el Cubismo, que elige representar la realidad desde diferentes puntos de vista simultáneamente. Nos muestra que la profundidad pasa por otra parte (y no por la perspectiva única más común hasta ese momento). Como el Ki. Con algunas historias de vida, alguna anécdota graciosa, Sensei nos dejó conceptos interesantes sobre la energía vital y su uso o abuso. Podemos estar en mayor o menor medida de acuerdo. Pero a todos nos quedaron presentes tanto la idea, como las nociones básicas. A partir de ello, elegimos cuál de ellas nos gusta más, para cada uno armar su propia representación. Cierro con el Puntillismo, que en lugar de dibujar y pintar, solamente superpone puntos de colores básicos con increíble paciencia. Logra que desde cierta distancia, se arme una imagen completa. Y así, Kata por Kata, nos vamos armando a nosotros mismos. Domo arigato Sensei. Ines

    04-ago-2010

    Buenos Aires 1 - O Frio não congela o Espírito

    Hoje, aqui em São Paulo, fazem 13 graus  ao meio dia, momento que escrevo este Café.
    É a tal da massa polar que vem do sul e passa pela Argentina , de onde cheguei após inaugurar neste fim de semana (01, 02 e 03 de agosto) "o mês da 2ª Guerra", na palavra dos japoneses.
    Um frio de arrebentar la. A mínima de 2 graus e a media de 7 graus. Foi o Gashuku( treinamento intensivo) mais frio que vivenciei neste ultimos anos e , segundo os argentinos, não é sempre assim... uma fria.
    O pessoal  aqui fala que o dia de hoje esta frio, mas para quem esteve la ,  esta refrescante.
    Leia então as palavras de uma aluna enquanto toma um Café quentinho:

    O Frio Não congela o Espírito.
    O prognóstico do tempo havia dito que o Domingo começaria com uma nova onda de frio polar na cidade, porém eu não senti até que levantei-me para preparar-me.

    Arrumei minhas armas e todas as coisas que devia levar; enquanto eu vestia meu uniforme pensava no Audio visual que veriamos:

    Quando cheguei ao Clube, um grupo de Samurais estavam firmes esperando, apesar das baixas temperaturas, não pude ver nenhum Kimono, só casacos grossos, tocas e mantas; o ar gélido endurecia a pele, não podia sentir minhas faces, porém, o frio não endurecia o espirito.

    Ao transcorrer das três horas que durou o documentário, não fiz mais que chorar, tratei de dissimular o mais que pude, porém estando sentada diante de tudo, se fez complicado, cada relato contado era doloroso, ver como uma mãe sofria a partida de seus filhos para a guerra e logo ficar esperando na beira do rio, o barco que trazia-os de volta a casa , foi duro.

    Terminei com os olhos inchados e pensando nas consequências que traz a cobiça humana, o ambiente da tristeza era generalizado. Tinha que recuperar-me rápido porque um dia de treinamento longo viria mais adiante.

    Logo depois do duro momento e do almoço, começou o treinamento, o frio não se sentia, salvo quando começou a cair o sol. As horas passaram rápido, se bem o cronograma era extenso um sempre fica com vontade de um pouco mais, para aproveitar a sorte que tivemos com a vinda de Sensei.

    Cada minuto que vivi com Sensei foi incrível e não posso deixar de pensar no filme e nestas famílias que sofreram , quero transmitir a minha família e amigos a emoção que senti , por isto é algo que só podem chegar a compreender vendo.

    Agradeço el Sensei por haver vindo a estas frias terras e haver trazido o oculto que o mundo não está acostumado a ver pela televisão.


    Vanesa A. Loretta



    03-ago-2010

    Sorocaba sem querer

    Fiz confusão em minha agenda e acabei "parando" em Sorocaba na quarta passada.
    Os alunos estavam lá (e em numero superior a da ultima vez) além de um visitante. Antigo colega do kendo.
    Terminada a aula fui surpreendido ao ouvir do coordenador que quarta não era dia de aula, mas terça e quinta.
    Mais surpreso ainda , ao saber que os meus alunos sorocabanos deixaram todos os seu compromissos para participar da aula.
    As minhas desculpas e arigato pela noite agradável que pudemos passar.
    Aproveito para deixar hoje um pouco do que se passou através do relato de um dos alunos.
    Foi sem querer , mas deu tudo certo.
     

    No universo físico, fiquei completamente perdido pela rapidez dos movimentos. Tentar segui-lo no kata inicial foi como uma tartaruga correndo atrás de um leopardo. Mas tudo bem, um passo de cada vez. A tartaruga também consegue chegar ao mesmo destino que o leopardo, é uma questão de tempo.
    Em seguida senti-me honrado por apenas eu e meu senpai Manso ficarmos frente a ele mostrando o que haviamos aprendido e recebido as devidas correções.
    Fomos para o fundo da sala, ali permanecemos até o final do treinamento. Olhos desatentos poderiam dizer que mal fomos treinados (Iai) na data. Será?
    Mas aí entrou o mundo psicológico e espiritual. 
    Sempre acreditei em um universo onde todos se respeitassem mutuamente. Onde cada pessoa se colocasse em seu devido lugar. Pessoas mais velhas, com mais sabedoria, respeitadas pelos mais novos. Homens, respeitados por suas mulheres, e mulheres respeitadas por seus homens. Natureza respeitada por todos. Nada forçado, apenas como deveria ser. Ninguém tentando tirar proveito de ninguém. Equilíbrio. Harmonia.
    Naquele momento de ouro, naqueles poucos minutos, o sensei mostrou que era isso que buscávamos. Naquele momento, era o que todos estávamos aprendendo a ser. Naquele momento, alguém pensava o que eu pensava. Naquele momento, encontrei meu lugar. Espero ter entendido direito...




    Alunos e visitante que abrilhantaram a aula


    Momento de Ouro, sabedoria para se viver bem




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