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Palestra da Monja Coen no Niten Rio / Relatos

por Niten Rio de Janeiro - RJ/Rio de Janeiro - 25-nov-2002

"A mente é a nossa maior traidora"
por Daniel Senos, 12 anos
O jovem samurai refletindo sobre o significado da sua espada!

Essa é uma frase que me fez refletir o dia todo. Uma frase que mudou todo o meu conceito sobre a mente. Eu pensava que, minha mente era minha fiél companheira, mas nesse dia, ao ouvir as palavras da sensei Coen, quando essas palavras tocaram nos meus ouvidos, foi como se fosse uma voz da verdade. Comecei a me lembrar de situações que minha mente provavelmente tinha me traído, e eu, ingênuo, culpava outras coisas que não tinham nada a ver. Essa foi uma das mais importantes lições da minha vida

Outra coisa que me fez refletir no dia, foi o que a sensei Coen falou sobre a espada. Sensei Coen disse que é mais fácil enxergar a espada como uma arma assassina, ou seja, é mais fácil um praticante trilhar o Caminho da ‘’espada que tira a vida’’ do que o Caminho da ‘’espda que dá a vida’’. Minha conclusão sobre isso, é que a espada é uma arma ofensiva, pois você corta, você mata para dar a vida. Mas a filosofia da ‘’espada que dá a vida’’ é bem diferente da filosofia da ‘’espada que tira a vida’’ pois, no Caminho da ‘’espada que tira a vida’’ o objetivo é tirar a vida e pronto. No caminho da ‘’espada que dá a vida’’ você tira a vida para proteger uma outra vida.

Terminando: A palestra foi super-interessante, a sensei Coen é extremamente simpática e tem uma vasta sabedoria.

Domo Arigato Gozaimashitá, Sensei,
Por me dar essa grande oportunidade
Domo Arigato Gozaimashitá Sensei Coen,
Por aceitar com entusiasmo o nosso convite
Domo Arigato Gozaimashitá Wenzel & Célio Sempai,
Por tudo o que vocês tem feito por nós

Sayonara
Senos

UMA OPORTUNIDADE ÚNICA
por Alexandre Ormond
Reflexão sobre estar "preparado" e a procura do aluno pelo mestre

Com a palestra da Monja Coen, realmente tivemos uma oportunidade única aqui no NitenRio. Vários são os “Budas”, como disse a própria Sensei, mas as pessoas que os veiculam e os momentos em que nos encontram são sempre únicos. Assim como somos diferentes de quem éramos 10 segundos atrás, a próxima palestra ou mestre nos serão muito distintos.

Isso ficou bem claro para mim, pois muitos dos ensinamentos da Sensei eu já havia ouvido antes, de outra forma. Isso me mostrou uma harmonia e uma noção de “Todo” que aumentou a minha percepção do mundo. Muito que para mim era conflituoso e incoerente começou a fazer mais sentido e sentimentos irrequietos atingiram um certo grau de calma bem pacificante.

É muito comum ouvir que quando o aluno estiver pronto o mestre o encontrará. Em momento algum eu me senti “preparado” ou que estivesse fazendo à Sensei Coen o favor de aprender alguma coisa. A Sensei provou definitivamente algo que, no fundo, todos sabemos: “Estar preparado” é uma ilusão e, de fato, é o aluno que deve procurar o mestre.

A vida, em toda a sua forma e extensão, é um eterno estado de preparação, para tudo e para o nada, então “estar preparado” é apenas uma ilusão egoística. É o ego tentando puxa-lo para escuridão da prepotência e da ignorância.

Também, é o aluno que deve buscar o mestre. É a busca genuína do coração que coloca o conhecimento em nosso caminho e nos aproxima da verdade. É verdade que temos que ser um pouco passivos, render nosso ego para aprender, mas ficar “parado” é algo diferente disto, e muito nocivo.

Um verdadeiro aluno deve colocar em prática o que aprende e sente. Esta, talvez, seja a parte da jornada em que provamos nossa força. Só para ilustrar isso, eu decidi evitar usar a palavra “não” e outros termos negativos. Com exceção deste parágrafo, acho que fui razoavelmente bem sucedido, mas foi muito difícil. A cada frase sempre havia um primeiro pensamento que me impelia a negativizar a sentença.

Isso me mostra que o caminho apenas se delineou, nem começou ainda, e eu estou com mais dúvidas que antes. Entretanto, como todos os verdadeiros mestres, a Sensei substituiu as dúvidas nocivas por aquelas que impulsionam e iluminam, ajudando-me a aliviar um pouco os véus que me cobrem a vista.

Sensei Coen, Arigatô Gozaimashitá Sensei Kishikawa, Arigatô Gozaimashitá.

Ormond – Unidade Rio de Janeiro

 

Sua tranqüilidade contagiante, suas palavras calorosas, seu sorriso sincero...
por Cristina Hodge
ainda temos muito a aprender. Ainda bem!

Conheci a Monja Coen pela primeira vez em uma revista. Li sua entrevista e fiquei bastante impressionada. Mas jamais pensei que a conheceria pessoalmente. E por duas vezes! A mistura do rosto sereno, com sua voz doce e suas palavras hipnotizantes me fizeram, de imediato, sua admiradora. Ao sair de suas palestras, me senti mais forte, mais tranqüila, mais feliz... Neste mundo individualista e agitado em que vivemos é muito raro encontrarmos uma pessoa como a Monja. Sua tranqüilidade contagiante, suas palavras calorosas, seu sorriso sincero... Nos faz parar para pensar que apesar da vida ser dura, há muitas e muitas coisas boas nela. E que ainda temos muito a aprender. Ainda bem!

Deixo aqui meus sinceros agradecimentos à Monja Coen, pelas horas maravilhosas em que passei ouvindo suas palavras.

Domo arigato gosaimashita!

Cristina Satchko Hodge

 

A DIFICULDADE É ILUSÃO
por Luís Eduardo Jason
Lá estava ela mostrando que não devíamos precisar dela

A expectativa era grande e, como sempre, errada;
A reverência pelo conhecimento produziu em mim a ilusão - esperava ver uma mestra sagrada e misteriosa, guardiã de segredos além da compreensão mortal. Coen Sensei, entretanto, veio destruir a ilusão; aliás, muitas ilusões.

Numa simplicidade que me tocou pessoalmente mais do que qualquer outra coisa naquele dia, ela conseguiu mostrar, apesar da imensa dificuldade da tarefa, que somos incapazes de ver que não precisamos aprender nada novo. Acho que este é o verdadeiro objetivo de todo mestre: nos mostrar, dentro de nós mesmos, o conhecimento.

Somos todos feitos das mesmas moléculas que as estrelas, e lutamos as mesmas batalhas todos os dias contra ar e água, fogo, terra e vácuo. Somos todos o mesmo. E foi nas palavras simples e no sorriso fácil da monja Coen que eu vi - pela primeira vez um pouco mais nítido. Lá estava ela me mostrando que não devíamos precisar dela. Todas as coisas ao nosso redor são maravilhosas, há tanto de maravilhoso em nós mesmos, que podemos aprender o infinito em qualquer coisa. Mas é preciso ter uma sabedoria muito especial para mostrar isso; só os maiores mestres conseguem transmitir o óbvio - o conhecimento que se revela por trás de toda a realidade; a verdade que está em cada um de nós. E o único jeito de aprender é lutando consigo mesmo. Só tenho a agradecer ao Kishikawa Sensei e ao Instituto Niten. É um lugar onde o aprendizado nunca acaba. É um lugar onde aprendemos a aprender cada vez mais.

Arigatô Gozaimashita

Luís

Aniversário do NitenRio

por Niten Rio de Janeiro - RJ/Rio de Janeiro - 18-nov-2002

COMEMORAMOS OS 2 ANOS DA UNIDADE COM UM TORNEIO DE CONFRATERNIZAÇÃO E FESTA

Há dois anos Sensei Sensei Jorge Kishikawa e mais 3 de seus alunos iniciavam um treino de Kenjutsu no RIo de Janeiro. Foi uma manhã de sábado, chuvosa, entre pingos e vento frio do oceano. Eram as únicas pessoas em quase toda extensão da praia, faziam o primeiro treino do Instituto Niten no Rio de Janeiro, lutando com Bogu na areia.

Após dois anos o Niten conta agora com duas unidades no Rio e mais de sessenta alunos, e neste 9 de novembro realizou o segundo torneio Carioca de Kenjutsu-Jojutsu e Iaijutsu para comemorar a data do aniversário.

O torneio e a festa ocorreram na Unidade Botafogo do Niten, com apresentações das três modalidades, luta demonstrativa dos monitores da Unidade: Wenzel Bohm e Célio Barcellos e as competições divididas em 6 categorias, quatro das quais de Kenjutsu.

No Kenjutsu infantil um surpreendente equilíbrio entre atletas de 9 e 14 anos. Além do infantil no Kenjutsu também as categorias: masculino sem Graduação, feminino, com forte Kiai, e masculino para graduados com 7º kyu e acima.

O torneio de Iaijutsu foi disputado com 3 sequencias do Suiyo Ryu , estilo imortalizado pelos quadrinhos do Lobo Solitário, e a categoria JOJUTSU foi disputada entre duplas que realizaram sequencias do Shindo Muso Ryu.

A festa contou ainda com a presença de familiares, amigos e interessados nas artes samurais e no Instituto NIten, que utiliza o Método KIR, criado pelo Sensei Jorge Kishikawa, focado principalmente no desenvolvimento das qualidades humanas do indivíduo. Após o torneio todos confraternizaram juntos e brindaram a mais um ano de treino, eventos e aprendizado.

"No Instituto NIten treinamos a utilizar a espada do espírito para tomar decisões. Através do treino e da orientação dos mais antigos e do Sensei Jorge Kishikawa procuramos que estas decisões sejam as da espada que traz a vida (Katsu-jin-ken), ao contrário da espada que tira a vida (satsu-jin-ken). O torneio é sempre um momento importante de testar a capacidade de tomar decisões rápidas numa situação de limite, sem de fato ser real. Mas a adrenalina do momento simulam este estado de "vida ou morte", e é importante treinar esta situação para estar melhor preparado para as situações da vida. Todos ganhamos, e os alunos se divertiram muito!" conta o Monitor Wenzel Bohm, coordenador da Undiade Rio de Janeiro nestes dois anos.

Kenjutsu Sem Graduação:
1º lugar: Marcus Vinícius Menezes (15)

Jojutsu (Duplas):
1º lugar: Marcus Viicius Renault (16)/ Márcio Felisardo (24)

Iaijutsu:
1º lugar: Ricardo Silva (12)

Kenjutsu Infantil
1º lugar: Pedro Musacchio (13)

Kentutsu Feminino
1º lugar: Cristina Satchiko Hodge (29)

Kenjutsu Graduado
1º lugar: Marcus Vinícius Renault (16)

Parque Lage - Batalha no Parque

por Niten Rio de Janeiro - RJ/Rio de Janeiro - 17-nov-2002

Os alunos do Niten nesse domingo,17 de Novembro, foram ao Parque Lage se preparar para o 1º Torneio de Equipes a ser realizado em São
Paulo no início de Dezembro. As 9 horas nos reunimos para iniciar o treino especial desse dia!

Todos começaram o dia treinando 9 tipos diferentes de katas para depois, divididos em duas equipes (ou clãs, como foram chamados) se
enfrentarem ao longo dos inúmeros e tortuosos caminhos do Parque, bem fechados pela vegetação.

O objetivo do jogo era alcançar a "bandeira" adversária (os monitores Wenzel e Célio), mas para isso os componentes de cada grupo teriam que se enfrentar realizando os katas.

O critério de vitória com a prática do kata era avaliado pelos próprios oponentes, de acordo com os detalhes de cada sequência. Quem se sentisse derrotado diria MAIRE MACHITÁ, reconhecendo a vitória do colega e retirando o HATCHIMAKI da cabeça.

O calor era intenso mas os "samurais" estavam para a batalha, e para que não fossem descobertos entre a mata antes da hora certa!

No final, muitas crianças que também visitavam o parque se encantaram ao poder segurar bokutos e shinais e poder gritar banzai junto com todos.

O dia terminou empatado entre o CLÃ do Lago e o da Floresta. Ficamos todos ansiosos por continuar a batalha pelo Parque.

Suzana Elek

Perpetuando o Caminho

por Niten Rio de Janeiro - RJ/Rio de Janeiro - 12-nov-2002

Um mestre zen chamado Gettan viveu no período final da era Tokugawa. Ele costuma dizer:

“Há três tipos de discípulos: aqueles que transmitem o Zen aos outros, aqueles que mantêm os templos e santuários. E além deles há os sacos de arroz e cabides de roupas.”

Gasan expressou a mesma idéia. Quando estava estudando sob a direção de Tekisui, seu instrutor era muito severo. Algumas vezes até batia em Gasan. Os outros alunos não agüentaram esse tipo de ensinamento e foram embora. Gasan ficou, e dizia:

“Um discípulo pobre utiliza a influência de um instrutor. Um discípulo justo admira a amabilidade de um instrutor. Um bom discípulo torna-se forte sob a disciplina de um instrutor.”

No Caminho da espada também é assim, existem aqueles que simplesmente fazem uma “terapia ocupacional”, como outra qualquer: corte-costura, jazz, xadrez,... há aqueles que apenas seguem as regras mecanicamente sem saber ao certo o porquê, e há aqueles que perpetuam o Caminho pela compreensão através da sua prática.

Visita do Sempai Celso Murano

por Niten Rio de Janeiro - RJ/Rio de Janeiro - 12-nov-2002

Experiente Monitor também lutou com duas espadas contra todos alunos graduados.

Treino em Juiz de Fora

por Niten Rio de Janeiro - RJ/Rio de Janeiro - 03-nov-2002

No dia 3 de novembro de 2002, três alunos acompanham o monitor Wenzel ao treino de Juiz de Fora, coordenado por Marcelo Kneip todos os Domingos. M.V Renault, Pedro Bittencourt e Ricardo Silva. O resultado dos três no torneio carioca na semana seguinte, e seus desempenhos adiante sugerem que ir a Juiz de Fora é caminhar muito, adiante!
A Unidade Juiz de Fora como sempre recebe calorosamente os colegas do RIO, ARIGATÔ GOZAIMACHITÁ JUIZ DE FORA!

RELATO DE PEDRO BITTENCOURT
PREPARANDO-SE PARA A HORA DE DECIDIR

Domingo, 3 de novembro tive a oportunidade de participar de um treino especial. Pela manhã Sempai Wenzel e eu chegamos à rodoviária Novo Rio, onde estavam a espera Renault e Silva, e embarcamos em um ônibus para Juiz de Fora. Durante a viagem Wenzel e o Renault aproveitavam o tempo para acertar inúmeros detalhes do torneio que ocorrerá esta semana para os dois anos da unidade no Rio.
Após uma viagem tranqüila chegamos no destino. Fomos recebidos pelo sempai de Juiz de Fora Marcelo Kneip na porta do ônibus. Em seguida almoçamos no restaurante da rodoviária, que servia comida mineira, mas pensando no treino logo em seguida tivemos que escolher bem o que íamos comer.

Então, às duas e meia da tarde chagavamos à quadra da CRAC. Na porta do local de treino encontramos os conhecidos da ultima visita e os novos alunos. Nos arrumamos, depois Wenzel conversou com o grupo de Juiz de Fora, coordenado por Marcelo Kneip enquanto Renault, Silva e eu checamos e arrumamos os equipamentos que foram trazidos do Rio.

Finalmente às 3:30 começava o treino, já puxado desde o início. Treinamos exercícios básicos, contra-golpes e luta (com e sem as regras do torneio). Com a ajuda de muito Kiai e um apito, Sempai Wenzel puxava a enerfia de todos até seus limites, com MEN MEN MENs e KIRKAISHES por toda extensão da quadra, novas lutas e lutando ele próprio com todos também.

Quando terminou o treino estavam todos exaustos e de alma lavada. Na conversa final, Sempai Wenzel lembrou sobre as durezas que o treino proporciona, e a vitória que é poder superar elas. Nos despedimos dos colegas com uma vitória e o pessoal do Rio foi direto para a rodoviária novamente com a ajuda do sempai Kneip e Martins.

Compramos as passagens e esperamos num restaurante, onde comemos e falamos sobre o treino em Juiz de Fora enquanto esperávamos o horário de partida do ônibus para o Rio.

Foi um treinamento intensivo e uma grande oportunidade para nós de treinar na unidade Juiz de Fora, conhecer novos companheiros do caminho e poder cansar bastante. Com certeza esse treinamento fará diferença na hora do torneio.

Domo Arigato Gozaimashita
Unidade Juiza de Fora
Unidade Rio de Janeiro
Jorge Kishikawa Sensei
Wenzel Sempai

Sayonara
Pedro Bittencourt e Silva, RJ

de Juiz de Fora vieram ao 2o torneio Carioca de Kenjutsu-Jojutsu-Iaijutsu: Marcelo Kneip e André Martins, com muito Kiai vencendo e dando muito trabalho aos oponentes mais antigos e mais técnicos do Rio de Janeiro,
do Rio de Janeiro participaram do treino em Juiz de Fora neste dia:
Ricardo Silva, 1o lugar IAIJUTSU 2o Torneio Carioca,
Pedro Bittencourt, 2o lugar JOJUTSU e 3o lugar IAIJUTSU no 2o torneioCariocae
Marcus Vinicius Renault, 1o lugar KENJUTSU Masculino-graduados 2o torneio Carioca


Na foto: Rodrigo, Renault, Bittencourt, Wenzel, Marcelo Kneip, André Martins e Gerken, agachados: Silva, Bara eValente


Wenzel levanta JODAN contra Renault, que arma o CORRENTEZA DO LESTE em defesa


Silva, Renault e Bittencourt



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