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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




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    21-dez-2012

    Gashuku 2 - Shangri-la


    "Um refúgio no caminho (uma reflexão sobre o Gashuku de fim de ano)

    As montanhas em volta com sua natureza exuberante cercavam o local em que homens e mulheres de idades variadas esgrimiam longas espadas e em alguns momentos bastões e espadas curtas.
    Uma chuva fina caia emoldurando olhares incisivos trocados antes de cada ataque,
    seguidos de movimentos de defesa e contra ataque,
    em movimentos entremeados por tons azuis e brancos predominantes contrastando com o verde da mata nativa e o cinza do concreto do piso.
    Não havia violência; havia, sim, energia.
    Embora o suor, observando mais de perto, evidencia-se o cansaço, e às vezes alguém parasse momentaneamente para pegar um pouco mais de fôlego no ar úmido, esta energia parecia fluir, quase perceptível, quase sendo cortada pelas espadas em atividade frenética.

    Às vezes uma nuvem mais baixa contribuía para deixar o ambiente ainda mais isolado de um mundo conturbado que parecia mais e mais distante. Uma muralha protetora transformando a Serra em uma Shangrilá particular, um refúgio para cada alma ali presente.

    Isto sim é um bom final de semana...

    Domo arigato
    "

    Cadu - Brasília













    "Momento para conhecer a ``Família``

    Eu nunca havia participado de um evento como o Gashuko antes. Nem visto tantas pessoas dedicadas a um só fim, trabalhando como se fosse o evento mais importante de suas vidas. E mais importante finalmente tive a oportunidade de conhecer o Sensei.

    Tive a oportunidade de conhecer pessoas tão diversas, mas unidas de uma forma tão intensa como que fossem todas de uma mesma família.

    Não uma família qualquer, mas uma como a idealizamos. Todos preocupados uns com os outros, e mais importante, todos querendo nos educar. Uma boa família não é a que dá apenas carinho e atenção, toda ``criança`` precisa é de orientação, um puxão de orelha. Estar no Gashuko foi mais revelador do que dias no Dojo. Não que o os treinos não sejam necessários, mas não passam de uma série de exercícios vazios se não houver orientação quanto ao caminho.
    E o Sensei, bem o Sensei... Devo confessar que ao vê-lo pessoalmente e receber as palavras e orientações diretamente dele, estas tomam um peso totalmente diferente. A sensação de estar ali é difícil de descrever, há muito tempo não sentia uma mistura de sentimentos tão grande ao conhecer alguém. Hoje em dia somos bombardeados com tantos gurus e pseudo-filósofos, que as vezes ficamos cegos para as pessoas realmente importantes.
    O sentimento que fica é o de que sem ir aos eventos, e mais importante sem conhecer o Sensei, é impossível ter um sentimeto de giri verdadeiro.

    Sayonara,"

    Cestênio - Recife















     

    20-dez-2012

    Gashuku 1 - Reencontro com os Katas

    "Sensei,

    Mais uma vez estive em SP pra treinar com o Sensei juntamente com os colegas do Niten de todo o Brasil, no tão esperado Gashuku de fim de ano.

    Durante o decorrer das atividades do evento, me sentia num misto de expectativa
    e
    estranhamento.

    Como não comparar os eventos, agora que já tenho certa experiência em gashukus?!
    Bem, tinha a expectativa da animação, alegria e amizades criadas pelos momentos de descontração, e elas foram superadas!
    Todos estavam muitos felizes com ênfase no Senpai Cadú e no Senpai Jeferson!
    Também revi amigos como o Jair, e fiz novos como o Marco Aurélio e o Abrantes.

    Porém, tenho que revelar porque mencionei o estranhamento.
    Reencontrei senpais, Gilberto, Silva, Fugita...
    Revi o Sensei, treinei firmemente, e me diverti muito!
    Mas só percebi depois de retornar a BH que o que fez meu espirito me alertar que algo estava diferente era um outro fator, que não estava no exterior mas sim, em mim.

    Desta vez, eu conhecia e era reconhecido por vários colegas e senpais,
    desta vez me senti mais a vontade perto do Sensei e dos colegas de SP,
    e pude notar que me sentia diferente porque não só era acolhido por todos
    mas fazia naturalmente o mesmo:
    agia como meus senpais me ensinaram,
    pelo exemplo que me deram,
    enfim, os katas do bushido, estavam ali, sem tensão, mais naturais!

    Me sinto orgulhoso por fazer parte deste seleto grupo de samurais, e entendo com um pouco mais de clareza meu papel, e o impacto das minhas ações para o instituto.

    Continuarei a desvendar e estudar os ensinamentos dos samurais!

    Agradeço ao Sensei e aos colegas que organizaram o gashuku pela ótima experiência! Toda a atenção e empenho tiveram resultado positivo!

    Arigato Gozaimashita Sensei!
    Sayounará!

    Ivan - Belo Horizonte



































     

    19-dez-2012

    Tudo vale a pena se a alma não é pequena

    Notícias que recebi do front:

    "Konnintiwá Sensei!
    (...)
    Este sábado tivemos Hapyokai no Rio, foi um sucesso.
    Como costumo fazer, fecho com um Momento de Ouro reunindo todos, alunos e convidados com algum tema leve mas que indique um pouco da filosofia que passamos no Niten.
    Esse ano não sabia ainda o que trazer, eis que recebi por email esse artigo do Artur, que lemos no final. Fechou bem!

    Ainda na onda do Corinthians, na sexta a Globo nos ligou querendo gravar no sábado de manhã.  Rapidamente organizamos e demos o ok.
    E hoje (segunda 17 de Dezembro) o material foi ao ar no Globo Esporte.
    Fizeram um Clipe com os jogadores do Corinthians chamados de "Samurais"  entrecortado com cenas de luta do nosso pessoal se degladiando de Bogu.
    O Gilberto coreografou. Foi tudo em cima da hora, em meio ao Bonnenkai (confraternização de final de ano) e Osoji (arrumação geral e limpeza de final de ano) que fizemos na quadra do Templo, mas Gilberto e equipe estavam preparados: Samurais!
    Daqui do Rio eu ví o jogo.
    Me deu a impressão que os corinthianos estavam preparados para jogar e vencer: Samurais.
    O clipe ficou justo!
    Bom retorno, Sensei,
    Arigato Goizaimashitá
    Sayounará!
    Wenzel"





    14/12/2012 - Folha de São Paulo

    O melão e o nada

    Depois de conhecer o Japão, você começa a achar que o Ocidente é inteirinho nas coxas: direito mesmo, só fazem aqui. A impressão é que cada mínimo detalhe da realidade, do sushi ao arranha-céu, foi estudado e executado de forma a produzir os resultados mais eficientes.

    Imagino comissões de especialistas discutindo qual a melhor maneira de aquecer a tampa da privada, a melhor maneira de organizar os pedestres num cruzamento, a melhor maneira de empilhar melões, num mercado. É sério: quando eu vi aquela pilha, entendi que era definitiva. Muitas práticas neste mundo são passíveis de evolução: o empilhamento de melões, não.

    O encontro com a perfeição nipônica me leva constantemente do maravilhamento à frustração. Penso no Brasil. Nos fios expostos. Na fila dos hospitais. No Detran. Na CBF. No armário de toalhas, lá de casa. Penso, principalmente, no armário.

    Até vir para cá, não sabia que tinha algo de errado com ele, mas agora a falta de racionalidade me incomoda: não há divisão entre toalhas de banho e de rosto. Algumas jazem dobradas, enquanto outras estão em rolinhos, enfiados onde houver espaço. Se arrumasse um armário assim, aqui no Japão, provavelmente seria expulso de casa, acabaria me tornando um desses mendigos bêbados e barbudos que, pelas esquinas japonesas, não há.

    A reação ocidental a toda essa organização costuma ser um ataque defensivo, do tipo: "ah, mas eles são muito reprimidos!". É?

    Ao ver os pacientes guardas tentando conter os torcedores brasileiros na saída do estádio, que insistiam em ir da calçada para a rua pela única razão de que havia guardas tentando impedi-los --e eles não podiam suportar tamanha afronta às suas masculinidades--, me perguntei: quem é o reprimido?

    "Ah, mas essa organização vem de um amor horroroso à hierarquia!", dirão outros. Verdade, eles amam a hierarquia, nós não: mas quem precisa desse amor quando a 12ª pior distribuição de renda cumpre satisfatoriamente a tarefa de manter cada um em seu lugar?

    Meu deslumbramento com a onipresente perfeição japonesa não é só em razão da praticidade que ela produz. É uma admiração estética.

    Veja: a vida não tem sentido, o universo tá se lixando pra gente, Deus há séculos não dá um alô. Saber, porém, que do outro lado do mundo, num mercado em Nagoya, tem um cara empilhando melões como se disso dependesse o futuro da humanidade não deixa de ser uma pequena e irônica vingança contra o nada.

    Vingança do japonês, claro, porque basta ver meu armário de toalhas para perceber que, lá em casa, o nada tá ganhando de goleada...

     

    Antonio PrataAntonio Prata é escritor. Publicou livros de contos e crônicas, entre eles "Meio Intelectual, Meio de Esquerda" (editora 34). Escreve às quartas na versão impressa de "Cotidiano".



     



    17-dez-2012

    Junshi

    Para aqueles que acompanham pelo Café com Sensei as ultimas no Niten, posso lhes assegurar que o Gashuku (treinamento intensivo) na serra foram dois dias de convívio intenso e que em breve ilustrarei-o, como de praxe, neste Café.
    Arigato a todos que estiveram lá.
    No dia seguinte ao evento, tomei um avião e voei aqui ao Japão.
    Muito frio e a temperatura beirando 1 grau na região mais quente do arquipélago, cheguei, desta vez, não para o treinamento e aprendizado. Corinthians e passeio? Nem pensar!
    Apesar de ficar aqui por menos de uma semana e amanhã já voltar ao Brasil, volto com o dever cumprido: o de ter me despedido de meu mestre em sua passagem por este mundo: missa de 49 dias.
    Os samurais cometiam o junshi (cortar o ventre) para acompanhar os seus senhores ao outro mundo, tamanha era a gratidão e lealdade (guiri) que sentiam por eles por toda a atenção, favores e benefícios recebidos em vida.
    Voltando aos dias de hoje: as minhas malas já estão prontas para amanhã voltar para o Brasil.
    Aproveito esta ultima noite para tomar um sake em um hotel aqui de Tokyo . Perfeito. Estou em um bar de um dos hotéis mais altos da cidade rodeado por uma vista noturna magnifica da metrópole.
    Lembranças do convívio com Gosho Sensei me vêm à mente. Os treinos, as broncas, as conversas confidenciais com o sake, os momentos que pude ser útil e todos os outros que fazem parte do Caminho do Samurai.
    Um sentimento de satisfação preenche a alma: o meu "junshi" foi executado e, no tocante a este assunto, poderei morrer em paz.



    Aqui no Japão: Shijukunichi no houyou - missa de 49 dias do Mestre Gosho Motoharu, realizado ontem.

    14-dez-2012

    Hidensho 20 - No final, fúria

    "Foi um treino diferente pois treinando com o Sensei usando a tachi (espada maior), percebi o Sensei aplicando na prática os katas (sequencias ) antigos como sassen, ukenagashi e haritsuke, tentava aplicar um men(golpe sobre cabeça) e o Sensei me golpeava usando ora usando o sassen ora ukenagashi. Praticamente impossível.

    Demorei a perceber que os mens que aplicava não faziam efeitos. Tentei o tsuki (estocada sobre o pescoço), porem novamente era golpeado pelo Sensei que simplesmente aplicavas os katas no combate, e desta vez o haritsuke, pude ver na prática a eficiência dos golpes quando bem aplicados.

    Gostaria também de agradecer ao Sensei, pois nunca havia treinado desta forma, e contribuo muito para o meu crescimento, o Sensei estava usando a kodachi (espada curta)e na metade de uma das lutas, apos o Sensei aplicar um tsuki perfeito, que meu men (proteçao da cabeça) chegou a se desamarar, ai acabei lutando sem o mem,
    Que sensação, fiquei imaginado um combate real onde valiam vidas. Mas não tive medo fui para o ataque, como se fosse para vida ou morte. Em vão, pois o Sensei novamente com seu kamae(guarda) insuperável acertou vários mens ippon(golpes perfeitos).

    Mas o moral desta passagem é a furia, e nesse momento foi o que senti, furia!"

    Del Vecchio – Ribeirão Preto

     

     


    1ª Medalha do Sensei - 1969

     

    Deste depoimento é de importância entender que aplicar os katas antigos no combate requer o treinamento vigoroso durante anos. Principalmente quando se combate empunhando a espada maior com apenas uma das mãos. Mas, uma vez assimilado, se tornará uma arma potente para desnortear o seu oponente , e daí vencê-lo.
    Interessante observar que a fúria ascende quando o adversário está prestes a morrer. Ou seja?

    13-dez-2012

    Encontro Sul americano Rio2012 - 3

    "Konnichiwa, Sensei!
    Para mim, a principal palavra para definir o Encontro foi: Omoiyari.
    Estarmos sempre zelando uns pelos outros durante todos esses dias foi uma experiência especial para todos.
    O Encontro Sul Americano serviu para fortalecer os laços com nossos "hermanos" argentinos e chilenos, assim como com os brasileiros vindos de outras unidades. No fim, todos falávamos apenas um idioma.
    Vimos o quanto é difícil e gratificante organizar um evento de grande proporção. Durante o passeio, pudemos revisitar pontos turísticos e, até mesmo, conhecer novos lugares. Eu, como Niteroiense, não conhecia todos os locais e acabei conhecendo mais o Rio.
    O treino do sábado teve uma energia especial com a presença do Sensei. Foi muito emocionante a torcida de cada equipe, durante o Mini-Torneio.
    E para finalizar o sábado, um último Birudo no Leme, com direito a um "Shiai de música" entre brasileiros e argentinos!

    Domo Arigatou Gozaimashita, Sensei, pela oportunidade de trazer ao Rio um evento tão importante!
    Domo Arigatou Gozaimashita a todos os Samurais do Rio, que contribuíram para o sucesso do Encontro!


    Pinheiro - Niten Rio

    Pão de Açúcar ao fundo




    No boteco ´o Mineiro` em Santa Tereza, Sensei, hermanos e pastel de feijoada



    Continência diante do contra-torpedeiro ´Bauru` visitado no Centro Cultural da Marinha



    NOsso Lual de despedida com as lanternas feitas pelo Kir Jovem
     

    12-dez-2012

    Encontro Sul americano Rio2012 - 2



    "Onegaishimassu, respecto del encuentro Sudamericano es mucho lo que vivimos en esos cuatro días y difícil de transmitir en pocas palabras, quien quiera tener un panorama completo tendrá que visitar el próximo encuentro y descubrir por si mismo la riqueza de la experiencia! Pero, si tuviese que destacar algunos puntos, uno sin duda, seria la organización del evento.

    Sobre este eje pudimos compartir muchos aprendizajes y en distintos niveles: como participante del evento, disfrute de la buena organización, siempre tuvimos alguien acompañándonos en los traslados, siempre hubo un seguimiento del cronograma previsto, siempre hubo actividades interesantes en cada jornada. Visitar lugares históricos de la ciudad y poder tener una idea de lo que significaron gracias a que los alumnos de Rio habían preparado una presentación de cada uno, mejoró la experiencia de recorrer la ciudad. Fue visible cuanto se esforzaron y, sin embargo, la alegría estuvo presente en el grupo organizador, creo que esta actitud ayudo a que los invitados nos sintiéramos "como en casa". Y, claro, Rio es una ciudad hermosa!

    El otro punto fuerte del encuentro fue, claro, la convivencia. No por repetido deja de ser cierto: la convivencia con Sensei -sobre todo para los alumnos de unidades lejanas como Buenos Aires- siempre deja un aprendizaje que no se puede adquirir de otro modo.
    Mi estar relajado es demasiado relajado? Mi estar atento es demasiado estresado? preguntas que no dejamos de hacernos cuando tenemos pocas referencias de estas situaciones y donde nos ayuda ver a las personas que lo rodean a Sensei cotidianamente, como senpai Wenzel, y poder aprender de ellos.

    Por supuesto, confraternizar con senpais y otaganis de Chile y Brasil fue otro capítulo. El intercambio de historias y anécdotas y la posibilidad de luchar con ellos es impagable, vale mas que dos pasajes. Nos reimos mucho y nos emocionamos de conocer gente con intereses parecidos en lugares tan distantes. Es increíble como los grupos mas diversos de alumnos de niten pronto se unen y muestran un mismo espíritu, aunque este hable en dos idiomas diferentes. Esto es atribuible a la buena disposición y energía de los participantes - que los distingue, creo yo, de otros grupos- y también al mantenimiento de los katas de bushido en toda circunstancia lo que ayuda a mejorar la convivencia y a resolver los pequeños inconvenientes que surgen en todo viaje de una forma rápida y clara.

    Claro que estas reflexiones pueden hacer que la imagen del evento que se lleven quienes no estuvieron presentes sea en exceso formal y poco colorida y, la verdad, no faltaron los brindis en la playa, los partidos de futbol y voley y la diversión a granel! Lo pasamos muy bien y ya estamos planificando regresar!

    Domo Arigatou Gozaimashita, Sensei, por los momentos compartidos durante el encuentro!
    Domo Arigatou Gozaimashita a todos los Samurais de Rio, que nos recibieron con tanta dedicación!

    Sayonara Arigato Gozaimashita"
    Saieva, Buenos Aires
     



















     

    10-dez-2012

    Encontro Sul americano Rio2012 - 1

    "Como conocer Río en solo 4 días.
    Sempais y alumnos perfectamente coordinados, en un recorrido relámpago.
    Parque, Jardín botánico, Museos, Fabella, Restaurantes, Bares, Playas: Leblon, Copacabana, Ipanema, Leme; simplemente "MARAVILLOSO"
    El ambiente familiar que se generó entre Cariocas, Paulistas, Argentinos y Chilenos; todos unidos, disfrutando, conociendo, riendo, compartiendo.
    Y la energía de Sensei, su carisma, su precisa percepción para captar el momento preciso e inmortalizarlo en un foto.
    Y el entrenamiento, indiscutiblemente fué un encuentro fraternal, el cruzar espadas con nuevos colegas, el descubrir nuevos detalles, las luchas por equipo, "Iteroi - Chile", nuestro equipo; y por supuesto las 4 vueltas de Sapinhos, que dejaron mis piernas temblorosas.
    Fué una experiencia fantástica.
     
    ARIGATO GOZAI MASHITA SENSEI, por compartir sus enseñanzas y su afecto.
    ARIGATO GOZAI MASHITA Sempai Wenzel por mostrarnos Río a la manera Samurai.
    ARIGATO GOZAI MASHITA a todos mis compañeros, por sus atenciones, alegría y afecto."
     
    Patricio - Chile
     

     

     


    Cristo ao fundo no Passeio ao Jardim Botânico




    Água de coco na Lagoa Rodrigo de Freitas




    Visitação ao Submarino Riachuelo no Centro Cultutral da Marinha




    Banho de mar em Ipanema





    Fazendo História no Botequim Português




    Final de Noitada em Santa Tereza - Saudades do Bondinho que volta em 2014
     

    07-dez-2012

    Hidendho 19 - Tome e Aprenda

    "Hoje (3 de julho de 2012) treinei na parte da manhã com o Sensei e outros dois colegas de Niten. Sempre que treino com o Sensei fico angustiado para aproveitar ao máximo o momento. Primeiro, não cansar, segundo, dar o meu máximo e terceiro, treinar as técnicas e estratégias contra alguém que está anos a frente no caminho.
    Como sei que o Sensei alterna as armas, até para nos dar a experiência de lutar contra outros kamae (guarda) e testar outras estratégias, também fui alternando, primeiro Itto (uma espada) contra Itto, depois Nito (duas espadas) contra Itto e Kodachi (espada curta) contra Itto. Quando o Sensei mudou para Nito, alternei entre as 3 novamente (e sempre tentando fazer o máximo de kamaes possíveis, testando minhas estratégias, e o mesmo ocorreu quando o Sensei mudou para Kodachi e Naguinata (alabarda) (CS - 06 dez- Hidensho 18 - Naginata Kilométrica ).
    Você sempra aprende algo, seja pelo golpe que acertou (o que é raro) seja pelo golpe que recebeu, geralmente no lugar onde imaginava estar protegido.
    Quando achei que íamos terminar, o Sensei pegou a Kusari-Gama. São duas foices e, em uma delas, está amarrada uma corda com um peso na ponta, simulando a corrente e o peso de ferro (kusari) . Já tinha visto, mas nunca lutado contra o Sensei empunhando esta arma.

    Fiquei animado. Pude ver o Sensei lutando contra outro aluno primeiro, já tentando perceber qual estratégia adotar. Peguei as duas espadas e, também lembrando do embate entre Musashi Sensei contra um oponente com a mesma arma, preparei meu plano. Deixaria a corrente enrolar na espada longa, colocando-a na trajetória do golpe e depois atacaria com a espada curta. A primeira parte deu certo e a corrente enroscou na espada longa, então avancei com tudo com a espada curta, mas quando observei melhor minha situação, estava com uma espada curta, com a outra espada (e a outra mão) inutilizadas, contra duas foices. Não achei espaço para atacar e fui rapidamente vencido. Mesmo mudando de arma e estratégia, sempre acabava parando na barreira das duas foices, ou era rapidamente acertado pela "peso de ferro". Não digo que seja uma arma invencível, mas como disse o Sensei após o treino: quem nunca experimenta outras armas, técnicas e estratégias, quando se deparar com algo diferente vai morrer rápido, e não vai nem entender o que aconteceu."-

    Kenzo (Unidade Rio de Janeiro)

     


    Xícara do Sensei

     

    A frase sublinhada denota o sentimento que todo aluno deve ter ao praticar aqui no Niten.
    Seja ao treinar comigo ou com algum outro sempai (veterano), o praticante que for ensinado (entenda-se "golpeado") deverá em atitude de reverência sincera, agradecer pelo ensinamento.
    Mesmo que não tenha sido golpeado "em cheio", no mínimo, uma reflexão seria interessante, pois foi por apenas um "triz" ou um momento de sorte que não levou.
    Antigamente, samurais que não se convenciam em treinos com espada de bambu ou madeira, iam então para o embate com espadas de verdade.
    Não sabemos se saiam convencidos, porque a maioria deles não ficava para contar...

    Ademais, obviamente que todo o combatente acredita estar "totalmente protegido".
    Cabe ao mestre destruir esta ilusão .

    06-dez-2012

    Hidensho 18 - Naginata Kilométrica

    "El Viaje es siempre bueno

    Tal vez muchos alumnos pueden hacer un viaje corto a San Pablo para luchar con Sensei y encuentran que no vale la pena recorrer una gran distancia para quedarse allá solo un día o dos, "en la vacaciones podre viajar más días y voy a aprovechar más", "voy a esperar", "voy mañana" piensan. En mi caso tuve la oportunidad de viajar por dos días allí y no lo dude. Puedo decir que no salí desilusionada, es increíble lo que Sensei logra enseñar en solo un poquito de tiempo. Los Sempais pueden enseñar, y excelentemente, pero con Sensei uno puede vivir, experimentar, y no solo leer, a cerca de que son esos secretos para vencer que Sensei ha descubierto y que esta compilando en su Maquimono HEIHOHIDENSHO.

    En una mañana de entrenamiento tuve la oportunidad de vivir una experiencia increíble, que en tiempo medido por reloj habrá llevado cinco minutos pero que en experiencia para mi camino de la espada creo que le seguiré encontrando valor en el término de años. Fue cuando entrenado por la mañana Sensei me pidió que me ponga suneates. Quede emocionada, significaba que Sensei lucharía con naguinata, nunca había luchado contra naguinata y empezar con Sensei ni lo había soñado. ¡¿Que bueno no?! ¡Que ilusión! Mientras me ponía los suneates, la ilusión fue convirtiéndose en nervios, no lograba atar los cordones y sobre todo enfrentaba la imagen mental de Sensei parado con una naguinata kilométrica enfrente de mi shinai que parecía haberse encogido por lo menos unos 20 cm... Percibí que ni habiendo comenzado, mí espíritu ya quería vacilar. Respire profundo, saludé y ya de inicio, Sensei dio los primeros golpes certeros, men, tsuki, kote y hasta do. Creo que apenas logre moverme un poco, sentí que me movía en cámara lenta en medio de una lluvia de ipons. No sé aún definir bien lo que sucedió pero por ahora voy a ponerle estas palabras: Sensei logró mostrar como de rápido se mueve un espíritu quieto y con una sola determinación. HIDENSHO, un secreto oculto a la vista.

    Respire profundo, saludé y ya de inicio, Sensei dio los primeros golpes certeros, men, tsuki, kote y hasta do. Creo que apenas logre moverme un poco, sentí que me movía en cámara lenta en medio de una lluvia de ipons. No sé aún definir bien lo que sucedió pero por ahora voy a ponerle estas palabras: Sensei logró mostrar como de rápido se mueve un espíritu quieto y con una sola determinación. HIDENSHO, un secreto oculto a la vista.

    Esa mañana perdí mil veces contra la naguinata pero gané algo también, Sensei logra dejarlo a uno completamente derrotado físicamente pero espiritualmente renovado. Pude sentir por unos momentos lo que es luchar de kokoro, sin pensar en resultados, con el espíritu encendido. Quiero seguir entrenando para otra vez poder ver un poco más que ahora cuando ocurra otro momento mágico. Lo que puedo, por mi parte, decirle a todos los alumnos es que por esta experiencia vale la pena viajar mil veces, porque las pequeñas iluminaciones no tienen horarios.

    Domo arigato gozaimashita Sensei!"

    Saieva - Unidad Vicente Lõpez/Argentina




    Tradução Livre para o Português feita por Saieva:


    "Talvez muitos alunos podem fazer uma curta viagem a São Paulo para lutar com Sensei e acham que não vale a pena viajar uma longa distância para ficar lá só um dia ou dois, "em férias eu viajo mais dias e eu vou aproveitar mais", "eu espero", "irei amanhã" eles pensam. No meu caso eu tive a oportunidade de viajar por dois dias lá e não hesitei.
    Eu não posso dizer que saí desiludida, é incrível o que Sensei ensina em pouco tempo.
    Os senpais podem ensinar, e excelente, mas você pode conviver com Sensei, experiência, e não apenas ler a respeito, são os segredos para vencer que o Sensei descobriu e que está compilando na seu maquimono HEIHOHIDENSHO.

     

    Em uma manhã de treinamento eu tive a oportunidade de viver uma experiência incrível, que no tempo de relógio deve ter dado cinco minutos, mas essa experiência, para o meu caminho da espada vai continuar tendo validade durante anos. Foi durante o treino da manhã, quando Sensei me pediu para colocar suneates. Eu estava animada, isso significava que Sensei iria lutar com naguinata, eu nunca tinha lutado contra naguinata e começar com Sensei eu nem sequer sonhei. Eu fiquei feliz! Que ilusão! Quando eu colocava os suneates, a ilusão foi se convertendo em nervosismo, não conseguia amarrar os cadarços e, especialmente, enfrentei a imagem mental de Sensei de pé com uma naguinata de um quilômetro na frente do meu shinai que parecia ter encolhido cerca de 20 cm ... Eu percebi que nem havia começado e o meu espírito já estava começando a vacilar.

    Respire fundo, cumprimentei e já começando Sensei deu os primeiros golpes precisos, Men, Tsuki, Kote e até Do. Eu acho que eu consegui apenas me mover um pouco, senti que eu me movia em câmera lenta em meio a uma chuva de ipons. Eu não sei ainda definir claramente o que aconteceu, mas por enquanto eu vou colocar estas palavras: Sensei conseguiu mostrar o quão rápido se move um espírito calmo e com uma determinação única. HIDENSHO, um segredo escondido aos olhos.

    Naquela manhã eu perdi mil vezes contra a naguinata mas eu ganhei algo também, Sensei conseguiu deixarnos fisicamente derrotados, mas espiritualmente renovados. Eu pude sentir por alguns momentos o que é lutar de kokoro, sem pensar em resultados, com o espírito focado. Eu quero continuar treinando para ver um pouco mais do que agora quando um outro momento mágico acontecer. O que eu posso, por minha parte, dizer a todos os alunos é que por essa experiência vale a pena viajar milhares de vezes, porque não existem horários pra pequenas iluminações.

    Domo arigato gozaimashita Sensei!"

    Saieva - Vicente Lopez Unidade / Argentina

     


    Naginata - Acervo do Sensei


    Neste próximo Gashuku, se fizer chuva mostrarei alguns audiovisuais em que faço o combate de naginata, na ocasião das visitas dos praticantes de kendo do Japão no Niten...
    Pode rezar. Chovendo ou não, o nosso Gashuku será sempre bom!




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