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Antigamente era com a katana (aço).
Depois vieram os bokuto (de madeira).
Por final, hoje, treinamos com a shinai (de bambu).
O verdadeiro aprendizado é o que abrange as três ferramentas, cada qual com o seu objetivo.
Conversa a parte, não pode se chamar um praticante do Caminho da Espada, se ao menos não consegue nem sacar
a sua espada frente a um ataque do oponente.
Morrer com a espada embainhada seria uma vergonha nos tempos antigos.
E morrer sem ao menos saber sacar, não seria pior ainda?
Demonstração Kumiai - Gilberto (SP) e Massaru (SP)
Se fosse possível mexer no passado do boxe e pedir p ver uma luta que nunca aconteceu, eu pediria
Sugar com os seus passos rápidos e soltos ou os socos potentes de Tyson?
No Kenjutsu, que possibilita a flexibilidade dos passos e dos movimentos como a de Sugar, bem como golpes potentes a partir de qualquer situação (kamae) como a de Tyson, a luta a seguir pode nos dar a visão .
Em qual das estratégias você aposta?
20 Anos - Feras do Niten - Semifinal - Gilberto (esquerda) X Fugita (direita)
Hoje, apresento um grande mestre que me mostrou muitas lições importantes e que influenciaram em muito o meu Caminho: mestre Otake Risuke.
Com a sua paciência, aprendi a ser mais tolerante.
Com a sua tristeza, passei a devotar mais os meus pais.
Com a sua determinação, aprendi o quanto eu ainda tenho que melhorar.
Com a sua técnica, aprendi que o Kenjutsu é formidável. Imbatível.
Um Feliz Natal a todos!
Otake Sensei
Matéria exibida pelo Sportv em 15 de Dezembro
Tanjo.
Bastão curto é a sua tradução.
Do comprimento de uma bengala
Não que usasse como bengala, mas ao fazer uma trilha lá em Minas, foi o que me salvou de uma fria que ninguém imagina.
Quem sabe quando nos tornarmos dependentes de uma, ao termos uma em mão, nos livraremos de situações complicadas.
Uma bengala mágica.
Te aconselho a pensar com seriedade neste assunto.
Senpai Wenzel, Sensei e Monja Coen
No princípio, duvidavam alguns que dominar os vários kamaes (formas e posições de combate) não seria possível a um único indivíduo. Os combates eram toscos e, realmente, não havia muito o que se admirar. Foram os primeiros anos do Niten.
Com o tempo, aqueles que continuaram o treinamento exibiam combates de por em dúvida os céticos.
Chegando aos 20 anos de fundação, alunos com carga razoável de treinamento foram escolhidos para serem os Feras e mostrar até onde chegamos.
Aqui observamos que um dos lutadores luta com duas espadas (nito) na primeira rodada e com uma espada (itto) na segunda, demonstrando que o domínio de vários kamae não só é possível como é imprescindível.
Leia o Shin Hagakure pag. 180:
FORMA RÍGIDA
"A mente não pode estar num lugar determinado"
Takuan
No "Mizu no Maki", "Pergaminho da Água" no Gorin no Sho, O Livro dos Cinco Anéis", de Musashi Sensei, está escrito:
"A forma da não-forma, a princípio, uqer dizer que não deve haver uma forma rígida ou sequência pré-determinada a ser seguida".
Ele quer dizer com sua experiência que devemos conhecer todos os tipos de kamae, ou melhor, dizendo, "posições" e não ficar apegado em uma.
O prazer de se estudar o kenjutsu é mergulhar nas técnicas ilenares dos samurais e constatar pela própria experiência que esses inúmeros kamae, de fato, surgiram de inspirações divinas.
Há um universo inteiro a ser explorado.
A vida é curta.
Sugiro que você não fique parado.
Estes versos sintetizam o sentimento de todos os que estiveram no Gashuku.
Todos juntos focados no aqui e agora: o Tadaima!
"Sentimentos de um Gashuku
A vida em movimentos,
Eternizada pelos ventos.
Da fogueira, sobem ao céu
Palavras com sentimentos.
Uma história de giri
Faz-nos todos exclamar:
-Estamos juntos aqui!"
"Um dos momentos mais belos que já presenciei ao longo desses anos, foi quando o Sensei chamou os coordenadores no sábado para compartilhar os momentos de ouro do KIR Jovem.
Chego a me comover de lembrar. Primeiro, ver as crianças recitando os 4 votos. Não sei explicar, mas me senti pequenino naquele momento.
Pequenino pelas minhas próprias limitações, de perceber que com paciência, dedicação e principalmente ter convicção, é possível colaborar e transformar esse mundo num lugar melhor.
Lembrei-me de meus primeiros professores indo de aluno por aluno, para verificar o aprendizado, e mais do que "decorar a lição", verificar sua assimilação, sua vivência prática.
Infelizmente crescemos e vamos tornando coisas simples complexas, e por isso muitas coisas boas ficam enterradas, escondidas ou perdem-se.
Depois ver o Sensei explicando as palavras e seus significados, as crianças se socializando, falando em público - coisa que muitos adultos ão fazem - cantando e tudo mais, me deu profunda alegria, em perceber que meu futuro e o dos meus semelhantes poderá ser melhor. Mais ainda, me reforçou o sentimento de ensinar, que muitas vezes é sufocado pela sociedade em que vivemos. Realmente foi renovador ver as crianças, e aprendi muito naqueles momentos tão preciosos.
Em pouco tempo, tive uma lição de vida, que veio de forma inusitada, de crianças e jovens guiados pelo Sensei." - Donegá (Unidade Ribeirao Preto)
"Tamanha profundidade arrancou-nos lágrimas. Como ter o sentimento correto muda
todo o processo e os resultados… Enxerguei-me na relação entre o
aprendiz, com suas expectativas e frustrações de receber tudo que lhe
era proposto, e o mestre que desempenhava com tanta naturalidade o que
ao aprendiz se mostrava intransponível, que trazia sempre as palavras
precisas e dedicava-se sublime e tenazmente. Cada qual a seu modo, não
se sabia se
maior satisfação sentia aquele que descobriu ou o que apontou e
cultivou o feito.
Por fim, o tameshigiri, para descortinar em verdade os cortes, colocando à prova nossos golpes. A seriedade e a tensão, principalmente quanto ao quesito segurança, era preponderante. Enfrentar se os golpes que fazemos nas lutas e katas realmente possuem poder de corte direciona o treino em uma direção mais profunda. Como um espelho, cada corte que realizei no makiwara foi um corte que fiz em minha própria alma.
Todas essas sensações fazem com que os Gashukus e oportunidades de convivermos entre colegas e com o Sensei sejam momentos imperdíveis.
Sem dúvidas, o guerreiro que subiu a serra esse final de semana não foi o mesmo que desceu no final." - Tachibana (Unidade Fortaleza)
As palavras de hoje são de alguém que percorreu nada menos que 2.567 km para aprender.
Sem duvida, um grande caminho para se encontrar em um Grande Caminho.
Atravessando rios,
Certamente que a esta ¨altura do campeonato¨ a grande maioria dos ¨peixes mortos¨ (leia Shin Hagakure) já considera o ano de 2013 acabado. Correrria do fim de ano, festas e cansaco são as suas velhas e conhecidas desculpas.
Não. O ano ainda não acabou para aquele que tem vontade de se encontrar no Grande Caminho:
"Mais uma vez estou em São Paulo para treinar com o Sensei, treinar e compartilhar com os colegas do Niten. Toda viagem para o Brasil tem algo especial e esta não foi exceção.
Cheguei na quinta-feira a noite no hokkaido, mas não a tempo para treinar, uma vez que o trânsito e a chuva estavam terríveis. Já havia terminado os momentos de ouro, mas pude cumprimentar o Sensei e os Senpais.
O Sensei sempre preocupado me perguntou como foi a viagem e sem perder tempo me convidou para treinar no outro dia pela manhã. Excelente ! O Sensei apesar da agenda cheia com o Gashuku, se deu tempo para treinar com o Senpai Impieri do Rio (que estava de Shugyo) e comigo. Só com isso já estava paga a minha viagem e todo o gashuku que estava por vir.
O Treinamento de manhã foi incrível, mas a história fica para outro momento e também o que aconteceu em seguida. Logo pela tarde já estava imerso no gashuku, ajudando com os preparativos e me dei conta do grande esforço que há por parte de todo o pessoal da ADM para que não aconteça nenhum problema no decorrer do evento de tamanha magnitute (Arigato Gozaimashita)
O inicio do Gashuku foi incrível, cerca de 150 pessoas no primeiro Narabê no Templo Nikkyoji, todos ansiosos para aprender. No primeiro momento desci para o treino de Iaijutsu para poder aprender mais dos katas da confederação e do Suio Ryu. Acredito que cada vez que se descobre um segredo das técnicas do Kobudo, isto permite sentir cada vez mais se os movimentos estão certos e sentir que há mais segredos esperando para serem descobertos. Um dos pontos fundamentais é manter a mente de iniciante e não ficar decepcionado se for corrigido em algo que achava estar fazendo corretamente.
Logo subi para colocar o Bogu e pude cruzar espadas com meus companheiros do Niten. Fazia muito calor dentro do templo e por um momento pensei em observar as lutas. Nesse momento me lembrei do primeiro voto do Shinhagakure, não podia ser derrotado pelo calor e sem duvida nenhuma coloquei o bogu com mais vontade de lutar que antes. Acredito que antes de ter entrado no Niten, teria sido vencido pelo calor, agora que penso nisso, quantas vezes fui vencido por minha própria mente e insegurança. Mas o Hagakure Shiseigan foi empregado pouco a pouco no meu coração, mente e espirito cada vez que o recitamos e é capaz de gerar uma energia própria que nos fará vencer estas situações.
Um momento incrível, aconteceu justo antes de colocar o bogu, Sensei compartilhou os Momentos de Ouro do Kir jovem com todos os coordenadores presentes.
Niten, nas palavras do Sensei não é uma Academia e sim um lugar de Educação para as novas gerações em tempos onde é fácil perder o rumo e crescer perdido, o que dá mais responsabilidade aocoordenadores.
Logo depois das lutas, fomos rapidamente para a APM, para a segunda parte do Gashuku. Um lugar bonito entre as montanhas, longe de todas as preocupações do cotidiano, um lugar ótimo para se concentrar e aprender. Começamos com Niten Ichi Ryu onde tivemos a sorte de ter o Senpai Wenzel fazendo as correções e mostrando os katas. Algo que descobri durante este tempo é o quanto está perto o NIR do Kenjutsu combate, sensação de que os segredos da luta são incertos, nos estilos de kobudo que praticamos. É verdade que ouvimos os Senpais dizerem isso, mas é diferente descobrir por si mesmo.
Depois de NIR treinamos Iaijutsu e Jojutsu. Detalhe atrás de detalhe, tratei de absorver como uma esponja em um mar de conhecimento. Mais uma vez o primeiro voto do Hagakure Shiseigan foi necessário, creio que para todos, uma vez que o sol era um fator importante. Se tivesse alguém fraco de espírito teria desistido.
À noite era a hora de compartilhar e baixar a guarda. Foi uma noite incrível, compartilhar uma cerveja e uma boa conversa. Acredito que o auge foi a fogueira, onde todos nós nos apresentamos e onde conhecemos a natureza, através das armas pudemos avançar no caminho. Sem elas não poderia estar aqui, não teria conhecido o Niten, o Sensei, os Senpais e nem todos os companheiros de espada e não estaria seguindo os valores que o Sensei nos está transmitindo. Acredito que o sentimento de gratidão vai além das poucas palavras que pude colocar aqui . E não se limita à natureza, mas agradeço por tudo o que significa o Niten.
Já no dia seguinte, as atividades começaram bem cedo. E embora tenha dormido pouco, não faltou energia. Logo depois do café da manhã tivemos Naginata combate foram passados os kihons básicos. Já no treinamento do dia 6, sexta-feira tinha feito meu primeiro contato com a Naginata e se naquele momento estava vago o que esta grande arma pode fazer, depois de ver os kihons pude dizer que vi errado. Começar a treinar uma arma nova sempre é emocionante e proveitoso, porque depois a pessoa começa a entender as virtudes das outras armas também.
Em seguida o Sensei nos mostrou um video de um praticante a dez anos de Kendo contra os Senpais do Niten, onde ficou claro a superioridade das técnicas de kenjutsu contra um único kamae do Kendo. E um segundo vídeo de Shugyo no Japão em uma peixaria. Um dos pensamentos que tive durante o video e que tem sido uma das reflexões pós-shugyos é que há pessoas que vivem experiências duras a todo momento e em todos os lugares, e não podemos reclamar por pequenas coisas que acontecem a nós diariamente. Sempre há alguém que está passando por algum momento pior que a gente e que pode ser a pessoa que temos ao nosso lado, por isso devemos estar atentos ao nosso redor, para poder praticar o quarto voto do Shinhagakure.
Para terminar com chave de ouro, pela primeira vez pude pegar uma Shinken para fazer o Tameshigiri. Já que o fato de que existe pessoas com katanas de verdade faz com que o ambiente mude. Os sentidos tornam-se mais aguçados. Eu estava nervoso. Peguei a shinken e fiz 3 cortes de Hasso. No início só o golpe porque estava aplicando força, mas, em seguida, esvaziei a mente e pude fazer os três cortes. Esse é o estado de espírito que deveria alcançar sempre no treinamento, mas muitas vezes o ego interfere e não permite fluir bem.
Sinto que o tempo passou muito rápido
Domo arigato gozaimashita Sensei por seus ensinamentos e por acreditar em nós.
Arigato gozaimashita aos Senpais, que com seu esforço, fizeram possível este evento e estiveram ali para compartilhar seus conhecimentos conosco.
Arigato gozaimashita a todos os companheiros de Niten. ¨- Garrido (Unidade Chile)