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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




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    26-fev-2014

    Gashuku 1 - Maestro ou Pintor?

    ¨Gostaria de relatar minha vivência neste Gashuku e para isso incorporo as palavras do Odoshi Correia (arcebispo do templo Nikkyoji) na palestra de domingo (que mais uma vez nos agraciou com sua sabedoria), pois é com muita sinceridade e com o coração limpo que venho a escrever.
    Desta vez meu objetivo de participar deste Gashuku veio da necessidade de fortalecer o espírito, já que venho me sentindo "mole" há algum tempo por questões pessoais. E sabendo que o Niten me ajudaria neste sentido, acompanhei o Senpai Drawin nesta viagem.

    Sábado de manhã, só quem esteve lá entende a "simplicidade" da frase: 3 horas de Niten Ichi Ryu (katas do estilo de Miyamoto Musashi). Tive a honra de ser corrigido inúmeras vezes pelo Senpai (veterano) Wenzel, mas seus esforços não serão em vão pois posso dizer que, por culpa minha e não dos meus Senpais, essa foi a primeira vez que pude perceber a perfeição e a magnitude dos katas, principalmente no que diz respeito a sincronia com o parceiro de treino. Tenho consciência que o caminho é longo e difícil mas creio estar menos sinuoso após toda a orientação, didática e disposição do Senpai. Domo arigato gozaimashitá.

    E por falar em perfeição, essa foi a palavra que o Sensei frisou durante os treinos seguintes e a necessidade de realizar qualquer gesto, golpe, kihon (noções básicas), kata, decisão e qualquer ação no dia-a-dia baseada nesta vertente e após um dos treinos que mais gosto nos Gashukus, o rodízio ou Jugeiko (treino livre), pude sentir na pele o pagamento por errar alguns golpes no piloto: 30 flexões para cada "deslize". Resultado 90 flexões!!!

    Após o jantar alguns Senpais foram escolhidos para reafirmar os pilares do Método Kir que o Sensei desenvolveu e meu grupo ficou sob a responsabilidade da Senpai Laura que, apesar do jeito dócil, soube nos orientar com propriedade e seriedade sobre a importância do convívio com o mestre, além da necessidade de estar atento para vários katas relacionados a este convívio. Após este momento, como de praxe no Niten, procurei conviver com colegas que não havia conhecido antes e destaco Senpai Ana Lúcia de SP e Senpai Adriano de Porto Alegre. Foi um prazer conhecer pessoas tão agradáveis.

    Finalizo meu relato com o que considerei o momento mais marcante neste Gashuku: a demonstração de técnicas pelo Sensei. Tão marcante que não me sinto com propriedade para descrever os detalhes. Eu nunca havia visto o Sensei lutar e não fazia idéia de que poderia fazer uma analogia a um "maestro" ou a um "pintor". Resumindo com as palavras do próprio Sensei: "O samurai deve vencer com qualquer arma e com qualquer kamae (guarda) contra qualquer arma e qualquer kamae". Foi essa versatilidade que consegui enxergar, só que adicionando maestria e graciosidade a todo momento. Simples assim: impressionante!!!.

    Infelizmente não pude participar do treino de Jo, mas vou me interar com o Senpai Drawin sobre o que se passou e pretendo ir a SP para treinar.

    Como havia dito, decidi participar deste gashuku para melhorar meu espírito e não estou surpreso por ter conseguido alcançar a meta, já que sei que o Niten sempre se supera quando o próprio assunto é a superação.

    Retorno para minha casa com a alma leve e as idéias fortalecidas.
    Domo arigato gozaimashitá Sensei e Senpais!
    ¨- Villela - Unidade BH

    É importante lembrar que para dar um passo adiante é preciso ver o que está adiante.
    É para isto que demonstrei os 60 minutos de combate: uma imagem vale mais que mil palavras.









































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