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Há 20 anos, quando estive no Japão, um parente meu me perguntou o porquê de eu comprar tantos livros
Disse a ele que o meu objetivo era ser imbatível e que por isto, precisava saber de tudo.
Hoje, de olhos no passado, e com maior discernimento no Caminho, me arrependo de ter carregado tanta bagagem inútil. Afinal de contas, livros são pesados e treinos dispendem tempo.
Em resumo, gastei meu tempo e dinheiro nos livros de videos de katas ineficazes, técnicas não consistentes e conversas de pseudo-mestres.
Devorar livros inúteis e praticar katas ineficazes é insistir em ser tolo e jamais chegar a ser imbatível.
Estrategista não escolhe arma
"Gashukus sempre são únicos, diferentes, sempre ocorre algo inesperado. As certezas que podemos ter no que antecede o evento são de muito aprendizado, correções, convivência e felicidade.
Nesse último gashuku de Brasília o Sensei enfatizou para todos sobre ser um Estrategista. Analisar os katas, sejam de kendo, iai, jo, ou quaisquer outros, com uma visão crítica, tentando enxergar o que não é visto por pessoas comuns, evitando assim ilusões, técnicas falsas e se aprofundando no verdadeiro Caminho.
Mas, como um grande mestre, o Sensei fez questão de demonstrar essa aplicação. Foram correções e detalhes em todas as modalidades, além da oportunidade de todos os presentes lutarem com o Sensei.
Pessoalmente, as lutas foram o que mais me marcaram, afinal, tive o privilégio de lutar duas vezes com o Sensei, sendo a segunda contra a kusarigama.
Eram golpes de longe, em um maai completamente novo para mim, que por vezes eu nem enxergava de onde vinham, fora o constante risco de ter sua espada arrancada. De perto, o Sensei tranquilamente defendia meus golpes e me atingia com ambas as “foices”, inclusive prendendo-as em minha armadura e me derrubando. Resumindo: era inabalável.
Agora, percebo que ser um verdadeiro Estrategista consiste não só em analisar e utilizar técnicas, mas é também buscar constantemente ampliar suas possibilidades de estilos, armas e conhecimentos, para enfrentar todas as batalhas de forma inabalável.
É isso o que fazemos no Niten.
Domo arigatô gozaimashitá Sensei pela luta e por todos os ensinamentos!
Shitssurei shimassu." Erik Lopes - DF
Estrategista sabe onde é o ponto
Estrategista reconhece um kata ineficaz
Estratégia se começa cedo
Estratégia é o que todos buscam!
Se existe ainda alguém que pensa que espada, samurai ou combates são assuntos só para meninos
De certa forma, estaria correto se pensarmos em academias ou práticas que levam em conta apenas o lado técnico ou esportivo. Transformam meninas em grotescas máquinas de guerra.
Por outro lado, está totalmente incorreta esta afirmativa, para uma menina que adentra o portal do Niten. Aqui, as meninas são verdadeiras guerreiras quando usam o elmo, mas quando o retiram, voltam a ser doces e suaves flores.
Dizer que "menina que faz balé não luta", é coisa do passado.
Vejam como isso é real, nos depoimentos desta família exemplar do Niten:
"Quando meu esposo me disse que escreveria um relato a pedido do Sensei sobre o que pensava do Niten, a princípio o que me ocorreu de mais feliz foi vê-los praticar juntos e me dar conta que no Niten minhas filhas não apenas aprendem uma arte marcial, mas um monte de valores humanos, em sua relação com os companheiros e através dos "Momentos de Ouro" escolhidos com maestria para reforçar esses valores.
Estranho quando não estão em casa mas ao mesmo tempo me proporciona satisfação em vê-los voltar felizes do treinamento.
Niten, se tornou mais um integrante dos nossos e me sinto agradecida com o Instituto e com Sensei por aquilo que transmitem a minha família." Mariana Andrea - Recoleta/Argentina
"Já são 4 anos que treino no Niten, e hoje não poderia me ver de outra maneira senão fazendo junto de minha família
Me recordo que quando somente iam meu pai e Melissa, eu não chegava a compreender de onde vinha a felicidade que eles sentiram, os bons momentos que eles disseram ter compartilhado com seus companheiros.
Até que decidi experimentar e ver o que resultava. E vi minhas expectativas superadas por completo, que estava fascinada e com vontade de voltar.
Recordo ter visto com admiração os mais antigos e chegava a pensar: algum dia espero poder lutar assim.
Quando participei do primeiro Gashuku com o Sensei, o que vivi me me deu mais vontade de continuar seguindo o Caminho. Mas o melhor de tudo é que essa expectativa de aprender e melhorar permanecem latentes em cada prática, em cada Gashuku.
Pessoalmente creio que o Niten tem feito melhor o laço que nos une como família e que tem gerado em nós um grande impacto na forma de relacionamentos com outras pessoas fora do dojo.
Não somente se treina o físico mas também o espírito.
É um aprendizado constante. Quando um crê dar um golpe adequado, Sensei nos mostra que não está tão certo como cremos, e isto nos permite tratar de seguir avançando para melhorar. Este ensino no Niten levamos para a vida cotidiana.
O Niten contribuiu para a minha felicidade, e desejo seguir o Caminho com minha família muito mais.
Domo Arigatou Gozaimashita" - Sabrina Muriel-Recoleta/Argentina
Sabrina em Gashuku (Treinamento Intensivo em São Paulo)
"Me recordo aquele dia de 2011, no qual meu pai me perguntou se queria fazer kenjutsu depois de nos mostrar alguns vídeos de internet. Eu disse que sim, porque eu havia gostado muito.
Mas na verdade é que nesse momento tinha 9 anos e não sabia o que podia encontrar na realidade. E me sucedeu que desde o primeiro dia de prática que eu gostava muito e que pouco a pouco mudou minha vida.
Não se pode descrever com palavras o que sinto agora.
Se na prática, os Momentos de Ouro, os Gashukus, em cada coisa que fazemos me sinto feliz. E agora me dou conta de que pouco a pouco aprendi um montão de coisas novas e me servem em tudo que faço e que nunca esquecerei. A dificuldade do treinamento me serviupara saber que nada é impossível se existe a vontade de fazer e que pouco a pouco as dificuldades podem ser superadas.
Alguma vez me perguntei: que teria feito se não tivesse feito kenjutsu no Niten? Estou segura de que não seria a pessoa que sou agora.
Me falta muito para aprender.
Enquanto passa o tempo um que vai graduando no Niten, de diversas maneiras nas técnicas e como ser humano. E não há nada mais lindo que nesse Caminho estar acompanhada por sua família e sentir-se apoiada por ela. E por outra parte se não houvesse sido por ela, meu pai que me levou, minha mãe que me apoiou, eu teria perdido de conhecer o Niten, o Sensei e a todos os meus companheiros.
Agradeço à vida e à oportunidade.
Domo Arigatou Gozaimashita" - Melissa-Recoleta/Argentina
O´Donnel, Sempai Osella e Melissa em Gashuku em São Paulo
"Entrei no Niten no ano de 2011, buscando um lugar onde minha filha menor poderia fazer kendo como queria. Para mim esta era a oportunidade de voltar a fazer algo que havia praticado há 16 anos.
Uma vez que começamos, me dei conta de que era muito diferente ao praticado anteriormente. Não era somente a prática de uma arte marcial mas algo mais profundo que tentou mostrar-nos outra forma de enfrentar os desafios cotidianos.
Por esta razão tentei, até conseguir, que minha outra filha (Sabrina) praticasse conosco.
Bastou começar a fazê-lo e se entusiasmou da mesma maneira que Melissa, de tal maneira que hoje, não podem imaginar a vida sem Niten. E eu que fui o que trouxe elas para o Caminho, hoje sou outro mais que as acompanha.
Esta maneira de encarar diante de qualquer problema cotidiano, nos foi transmitido, nos Momentos de Ouro.
Quer seja a casualidade, o destino, ou simplesmente o desejo de uma filha, foi o que nos permitiu conhecer Niten.
E Niten hoje faz parte de nossa família, e assim nos sentimos em cada dojo que pisamos.
Agradecemos por isto ao Sensei e a cada um dos integrantes do Niten." O´Donnell- Recoleta/Argentina