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Alessandro (RS/Porto Alegre) x Danilo (SP/Campinas)
A técnica milenar se profetiza
Guilherme (SP/Campinas) x Adriano (PR/Curitiba)
Ao leigo pode parecer um simples ataque frontal, mas ao experiente foi por pouco o corte de baixo para cima no braço. Coisas do Kenjutsu...
Hesitação.
Hesitamos em fazer um curso, mudar de emprego
Mesmo os sinais nos mostrando que este é o caminho, vacilamos.
Perde-se então a oportunidade.
Anos se passam e,obviamente, inúmeros Momentos de Ouro e lições importantes para ser feliz ficam no passado sem possibilidade de recuperá-los.
Não hesite: Comece.
" Shitsurei shimasu,
Nesse final de semana de 16 de junho pude participar pela primeira vez de um Gashuku. Pouco tempo atrás havia comentado num texto sobre estar começando a ver quão grande é o mar após um treino no RJ... E após o Gashuku pude contemplar um pouco mais essa imensidão, e sentir que ainda há muito o que ver.
Um dos primeiros pontos da viagem... Conhecer o ambiente onde está indo. Me certificar que está levando tudo o que precisava, especialmente para lidar com o frio. Acostumado com clima predominantemente quente, não dá pra subestimar o frio.
Tive a honra de poder conhecer o Sensei pela primeira vez. Me cumprimentou com um sorriso bastante acolhedor. Me senti bem vindo ao Niten. Passou uma energia ali que aumentou ainda mais a vontade de treinar.
Resumindo os treinos, tive a oportunidade de treinar o iaijutsu, treinar o estilo Sekiguchi, e treinar bastante o kenjutsu. Cada vez que treino o iai com diferentes senpai, ganho uma dica, uma nova percepção, que contribui muito para o aperfeiçoamento. O mesmo vale para o kenjutsu. O combate também traz muita experiência. Enfrentar colegas das mais variadas graduações em cada combate permite um ganho incrível de experiências e percepções.
Um sentimento que eu tinha era que me faltava velocidade em alguns ataques, mas com o tempo também percebi que parte do fator velocidade estava ligado à energia e hesitação. Ou pensar demais. Perdia tempo pensando muito em como atacar, o que abria uma brecha. Ou não acreditar muito no meu golpe, isso tornava meu golpe mais lento e menos preciso.
Após uma sequência de muitos keiko foi ficando cada vez mais claro que os golpes que levava vinham em momentos de hesitação ou por pensar demais. Agradeço por cada golpe que levei pra me fazer entender isso. Isso me desperta mais a iniciativa para dar aquele primeiro golpe, um bote, que quando não acerta, preciso agir rápido para contra atacar o golpe que certamente estará vindo do oponente. Outro ponto também é que certas táticas que ficava pensando em lutas, depois de muitas lutas e treino acabam virando algo que não precisa ser muito pensado, mas acabam sendo incorporadas mais naturalmente na forma de agir em combate.* É difícil descrever o tanto de sensações e percepções que se passam em curtos instantes de combate, porque são experiências muito ricas. Outro ponto que também me chamou a atenção, é que num clima frio como esse, o bafo quente na respiração embaça muito o visor do men. Se controlar a forma como respira, dá pra direcionar melhor o ar pra não embaçar o visor. E a respiração que embaça o men é a que vem inconscientemente quando me entrego ao cansaço pra recuperar o fôlego.
Mas se fosse resumir numa frase pequena, o que eu concluí disso tudo é: não hesitar, estar sempre pronto para atacar, não abaixar a guarda. E muito treino.
O shiai também foi um treino onde pude colocar em prática o que fui aprendendo em combate. E quando não era meu momento de lutar, podia observar a forma como os outros colegas lutavam, e também tirar lições disso.
*Retomando o que falei no asterisco ali atrás, isso também vale pro que aprendemos com o Niten nos Momentos de Ouro. São bons comportamentos que inicialmente ficamos pensando para conseguimos agir dessa forma, mas que após um tempo de Niten, convivendo todos os treinos com essas práticas, elas acabam fazendo parte natural da nossa forma de agir no dia a dia.
Outro ponto interessante que também pude observar no treino, é que os senpai mais graduados também são bastante treinados a observar a forma com que os menos graduados lutam, não apenas por conta da arbitragem, mas também como uma forma de perceber onde erram e como corrigir. Inclusive treinam a forma de como puxar o menos graduado para o combate, como ajudar a trazer à tona sua energia.
Durante os momentos de confraternização tive a oportunidade de conversar com colegas de diversas unidades, conhecer o que levou cada um ao Niten. É legal descobrir que ao mesmo tempo em que temos muito em comum, o caminho percorrido é diferente para cada um. Mas todos concordamos que o Niten modifica muito nossas vidas de uma maneira que ninguém imaginava quando entrou..."
Couto ainda conta mais sobre o "biirudo ao fim do longo dia de treino no sábado",
sobre os shiai entre os colegas de 3o kyu e acima,
sobre o discurso do General que acompanhou parte de nosso treino, suas palavras sobre amizade,
sobre o convite para vir treinar Iaijutsu em São Paulo válido para todos os alunos do Niten
e sobre a cerimonia de encerramento do Gashuku.
"...Agradeço muito aos colegas da nossa unidade de Vitória, bem como todos os outros senpai com quem tive a oportunidade de treinar, todos eles pelo tanto que me ensinaram e pelo incentivo. E um agradecimento ao Sensei por me aceitar e por essa valorosa oportunidade. Arigatou Gozaimashita" Couto - Unidade Vitória
¨Havia um rapaz, por quem ninguém dava nada. Sem brilho nos olhos, vazio e pobre em todos os sentidos
Um belo dia, este rapaz resolveu subir a Montanha. Um lugar inóspito, onde vivia o Mestre.
Após algumas primaveras, o rapaz desceu a Montanha.
Ele estava diferente. Com um olhar aguçado e postura de guerreiro, a mudança era notória.
-Oh! O que aconteceu com ele? Está muito diferente!- na aldeia todos comentaram.
Perguntaram-lhe que espécie de treinamento o Mestre havia lhe transmitido.
Mas o que havia transformado o rapaz sem brilho num sábio guerreiro não foi nenhum treinamento, nem segredo especial.
Havia sido tão somente o simples convívio com o Mestre.¨- Shin Hagakure, Pensamentos de um Samurai moderno Vol.1
É o que acontece, em outras palavras, quando se sobe a Montanha:
Ao final do Gashuku, recebi o e-mail deste aluno, ao qual respondi:
"Seu pai está feliz por vê-lo no Caminho certo..."
"Konbawá Sensei,
Shitsurei shimasu. No momento que disse Hai para participar do Gashuku de Cooper Cotia, tinha a sensação de que seria um fim-de-semana especial.
Atuando como dono do meu próprio negócio nos últimos 3 anos, tenho valorizado toda oportunidade de aumentar o meu Ki. E o Gashuku é um momento privilegiado!
Construir uma marca própria, conquistar clientes, entregar trabalhos de qualidade, perseverar apesar das adversidades da situação econômica do país formam uma realidade para a qual somos preparados a enfrentar no Dojo. A estratégia que aprendemos: avançar com Coragem!
Tive o privilégio de acompanhar durante 20 anos o combate do meu pai neste "campo de batalha" de desenvolver o próprio negócio. Sua ação sempre foi pautada por Honestidade, Lealdade e Coragem, valores que praticamos no NITEN.
Neste 16 de junho, ele teria completado 72 anos de vida, se sua luta não tivesse cessado em 2015.
Atingir portanto o 5º Kyu de Iaijutsu nesta data teve um significado especial. É como se estivesse recebendo uma benção do meu pai, confirmando que estou no caminho certo. Ou melhor, no Caminho da Espada.
Domo arigatô gozaimashitá, Sensei!
Sayounará," Martins
Martins no Gashuku de Kenjutsu - Esse Final de Semana em Cotia (São Paulo)
Neste fim de semana no Gashuku realizado no Coopecotia fui abordado por uma
Ficou emocionada ao saber de minha presença e que ainda haviam descendentes de Japoneses dispostos a preservar a nossa cultura apesar dos tempos.
Imigração 110 Anos. Niten 25 Anos.
Podemos dizer que o Niten já faz parte desta grande história, não???
Arigato a todos!
"A imigração iniciou-se com a embarcação Kasato Maru com 781 japoneses. Hoje, no Brasil, temos a maior comunidade nipônica fora do Japão.
Homenagear, principalmente, minha família, que veio na década de 60. Tiveram uma vida muito dura, muitos sacrifícios, muitas lágrimas, muita forme, muito desespero, mas nunca desistiram.
Eles praticaram o TAN REN* no seu dia a dia. Superaram cada obstáculo com muito esforço, com muita garra. E, é essa coragem, é esse TAN REN que eu busco. É no exemplo dos meus familiares que eu encontro força, determinação para enfrentar todas as dificuldades que a vida nos impõe.
Vejo no Sensei, no NITEN, uma esperança... Há um esforço gigantesco do Sensei, em trazer o melhor da cultura nipônica, adaptando ao modo de vida dos brasileiros.
Yumi
Unidade Rio de Janeiro
*TAN REN = Termo abordado nos Momentos de Ouro que se aproxima de Garra, Resiliência etc
Meloni X Weber - Shiai de Graduados no 16º TBIK
Nito Tsuki (Competidor de Duas Espadas ataca o pescoço do Adversário)
Comentário do Sensei
O que podemos constatar neste combate é o resultado obtido com a pratica do nosso aquecimento com duas espadas, o Kihon Nito.
No Niten, até o aquecimento lhe fortalece no combate. Não subestime...