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Como comentamos ontem (01abr - Venceremos nos combates e nos katas), os japoneses vem para vencer tanto nos katas* como nos combates.
Bem, você deve estar se perguntando:
- Mas como assim, quem vai "vencer nos katas"? Se eles não conhecem os katas de kobudô praticados aqui?
A explicação é simples e quem já fez karatê vai entender do que estou falando, pois no karatê também existem treinos torneios de katas.
Apenas que, no karatê, todos fazem os mesmo katas.
Aqui, no Dia do Samurai (próximo 24 de abril), o Japão fara katas de kendo e outros elaborados por mestre Baba, e nós, os katas do kobudô (katas antigos de 600 anos).
Se você não estiver divagando com o que eu estou falando, vai chegar a conclusão de que não será possível haver o vencedor nem o perdedor.
Mas não será difícil de distinguir aquele que tem mais experiência, precisão e maturidade daquele que não as tem.
E, tanto no Japão como aqui no Brasil, estamos selecionando OS MELHORES de cada país, vai ser um "racha" no Dia do Samurai!
Se você não estiver divagando, vai chegar a minha mesma conclusão:
- Pensando bem, vai ser difícil de distinguir...
*katas = sequências de movimentos pré-determinados
Começa hoje a contagem regressiva para a vinda dos mestres e atletas japoneses.
Acabei de falar com o mestre Baba e este me disse que, após ver os katas e combates da reportagem do Domingo Espetacular, viu a necessidade de fazer um treino intensivo com a comitiva japonesa para confrontar com os brasileiros daqui.
- Temos que vencer os brasileiros tanto no combate como nos katas* - disse mestre Baba.
De fato, normalmente o treino vai até as 21hs lá no Japão. Nesta semana, eles ficaram até as 22h30 e ainda estão treinando todas as noites.
O bicho vai pegar no Dia do Samurai! (24abr2007 - Dia do samurai)
*katas = sequências de movimentos pré-determinados
Era uma vez um moço que vinha de ônibus, na madrugada de sexta, para treinar comigo no sábado já cedinho, as 07 horas. Uma viagem de 8 horas desde Juiz de Fora. Isto há 15 anos, nos primeiros dias da fundação do Niten.
Medico recém formado, discreto e esforçado, destacava-se no seu aprendizado o quesito meticulosidade, em tudo o que fazia.
Por motivos da profissão, acabou se afastando e, por alguns anos, fiquei sem saber de seu paradeiro.
Um dia, os deuses ordenaram o seu regresso.
Menos de uma semana antes de iniciarmos as atividades na Unidade Brasilia, onde e quando o Niten começava do zero, sem nenhum contato ou alguém para contar, ei-lo: o moço, que agora já não era tão moço, mas já pai de família (3 filhos) exercendo cargos de responsabilidade nos hospitais em Brasília.
Foi com o seu inestimável apoio e de sua família (sua esposa e seus filhos praticam assiduamente) que o Niten deu o pontapé inicial para iniciar a sua segunda etapa em território brasileiro. E é com ele que o Niten marca sua belíssima atuação no Centro-Oeste.
Seu nome: coordenador Ricardo Lopes
Recebe hoje, o Prêmio Paulista de Esportes, evento que tem o apoio do Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo
O local: SESC Vila Mariana.
Os deuses não pagam semanalmente, mas pagam.
Os indicados para o 53° Prêmio Paulista. Em destaque, o coordenador Ricardo Lopes.
Eu sei.
Se voce não foi (27mar - Seguir em Frente), deve estar se perguntando como foi lá neste fim de semana.
Não vou enumerar tudo o que aconteceu, mas pode ter a certeza que muita coisa aconteceu.
Sou suspeito para falar, e por esta razão, deixemos que os colegas transmitam os seus sentimentos destes dias, mais uma vez, inesquecíveis.
"Apesar do ritmo puxado, desde sexta-feira, deitei em minha cama neste domingo à noite, percebendo que seria uma das melhores noites de descanso da minha vida, pois a sensação de cansaço que veio da intensividade do treinamento soou como recompensa pelo esforço feito.
Sem falar, ainda, nas lições apreendidas nos “Momentos de Ouro”, posso dizer, sem sombra de dúvidas que este Gashuku, ficará para sempre na minha memória, como dias de treinamento árduo, mas também de muito aprendizado dos katas do Bushido, das técnicas de combate e principalmente de garra e perseverança necessárias para vencer na vida."
Hoje começa o Gashuku, o treino intensivo.
Hora de apertarmos os nós de nossas armaduras. Sacudir o pó acumulado nos nossos espíritos.
Há poucas horas antes de iniciar o Gashuku (24mar - Autodidata...), acabei de ver, neste instante os vídeos que foram enviados no Egan.
Por sinal, imagens inspiradoras para quem ainda não acabou o seu Natal, Ano Novo, Carnaval e o monte de desculpas...
Bem, ao vídeo "Seguir em Frente" sera acrescentado legendas, pois "pegaram" o monitor Morais tão exausto que quase não foi possível entender o que ele fala. Aguarde.
E, para refletirmos, deixo aqui um pensamento dos antigos:
"Os homens são como tapetes; às vezes precisam ser sacudidos".
Então, até a noite.
"Steve Irwin, o famoso "Caçador de Crocodilos", conhecido por procurar alguns dos animais mais perigosos que existem e lidar com eles, morreu no dia 4 de setembro de 2006 em um acidente chocante com uma arraia. Seis semanas depois, uma arraia pulou em um barco pesqueiro na Flórida e atingiu James Bertakis, de 81 anos, no peito." - Julia Layton
Em um Carnaval passado, foi o peixe lanterna (21fev2007 - Peixe Lanterna).
Desta vez, foi a arraia.
E assim, a cada Carnaval, o caminho para se tornar imbatível se torna mais próximo e tangível.
Retorno do Carnaval e abro a minha caixa postal.
Encontro esta de minha aluna:
"Esta quarta-feira de cinzas, dia 25/02, foi repleta de novos e antigos ensinamentos, tanto em termos de combate e estratégia, quanto de reflexões sobre a crise financeira que o mundo vive.
O sorriso estampado no rosto do Sensei é retribuído pela aluna, ao proferir "onegaishimasu".
O Sensei estava com a naginata inclinada para baixo, com sua lâmina apontada ao lado esquerdo de seu oponente.
Do outro lado, jodan. O tempo de um breve instante e a naginata atinge o 'do'.
Novamente a naginata volta à sua posição anterior, e escolhe a oponente o hasso como kamae.
Um 'uchigote' é dado quando a aluna tentou atacar o 'men' do Sensei.
Insistiu no hasso, dessa vez visando o 'do'. De maneira ágil esquivou-se do 'do' e acertou em cheio o 'men'.
Escolheu como kamae o migi chudan, e tentou um 'kote', porém a naginata, 'enrolou' a shinai, desviando esta de seu curso, e então, com o cabo, veio um 'tsuki', seguido de um 'men'.
Sorrisos estampados nos rostos de ambos, durante e ao final do embate, encerrando-se com o "arigato gozaimashita", mas apenas iniciando o momento de reflexão sobre estratégia em combate para aquela aluna"
"Em momentos de crises: financeiras e pessoais, muitos reclamam que não tiveram ou perderam oportunidades. Não é isso que ocorre. Se acomodam e mais nada parece dar certo. Oportunidade, uma palavra muito usada, mas cujo verdadeiro significado poucos conhecem, nos traz conhecimento e nos faz crescer. No treino de ontem tive a oportunidade, pela primeira vez de treinar com bogu* e duas espadas. Difícil, emocionante e inesquecível."
Destaco, a título de curiosidade, trecho interessante de um livro da década de 40 (me foi enviado por um coordenador):
"Nenhum mal maior se podia fazer ao Brasil do que esse de permitir aqui a infiltração de um povo inassimilável, fisicamente inferior, moralmente diferente do nosso, instrumento passivo de uma política imperalista qua se ensaiva, através da nossa boa-fé, não contra o nosso país, mas também contra todo o continente americano."