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No combate de kenjutsu, tenho mostrado aos alunos que alguns dos golpes têm de ser desvencilhados com suavidade.
Um deles é o sukui.
Sukui vem do verbo sukuu, que quer dizer apanhar, tirar. Outra conotação seria o de agarrar ou prender, utilizado em frases como "passar uma rasteira", mas que nada tem a ver com o Café de hoje.
Aplica-se o golpe suavemente quando o adversário vem no ataque , e como num gesto de beber a água com as mãos , cortamos o antebraço do oponente em kiriage*.
Este golpe, por ser sauve e sem nenhuma intenção ofensiva, atinge o adversário no seu centro vital, aniquilando-o por inteiro.
Experimente.
Hoje me dei conta em virar para março um calendário que mantenho na minha sala.
Contém os quadros de um pintor pelo qual nutro uma grande admiração, o austríaco, Gustav Klimt.
Também como os samurais, Klimt sabia da efemeridade da vida, tema do mês de março deste calendário que apresento a você hoje.
O título se chama The Three Ages of Woman e nos mostra claramente que o tempo não perdoa.
Resolveram pintar a mesa.
A velha mesa. Foi nela que tudo começou.
Comprada numa loja de usados, foi amor a primeira vista. Por sorte, também era a mais barata.
Pequenina, e medindo os seus poucos 82 cm por 40cm, tem uma pequena gaveta que mal cabe um jornal.
Que eu me lembre, devia ter custado uns 30 reais, na época.
Foi nela que realizávamos as primeiras reuniões, o atendimento aos interessados no telefone, a contabilidade do dia a dia ou escrevia os artigos do Niten. Em muitas ocasiões, foi utilizada por três pessoas simultaneamente. Em outras, para momentos solos de reflexão.
Cabia tudo: papéis, livros, e até notebook. Tudo junto. Nao me pergunte como, pois lembrando agora, não sei.
Nunca reclamou, nunca chorou, nunca aborreceu.
Companheira e testemunha de todas as guerras ao longo de nossa história, já estava na hora de trocar de roupa.
Arigato, minha velha mesa!
Hoje transcrevo palavras de um aluno do Equador, que está no Rio.
Me permito escribir este mail para agradecerle a usted sempai Wenzel por darme la oportunidad de entrenar el camino de la espada y aceptarme como uno mas de los dicipulos de la academia Niten.
Le agradesco tambien por hacer el esfuerzo de entender mi portuñol, q cada ves intento vaya mejorando para ser mas proximo al portugues aun le falta mucho, y tener la paciencia para explicarme las cosas hasta q las entienda.
Le escribo tambien para q usted extienda mis agradecimientos a Sensei por el autografo y darse el tiempo para tomarme una foto con el (la cual le adjunto en el siguiente mail)
Una vez muchas gracias a usted sempai Wenzel y a Sensei
Arigato Gozaimashita
Jorge Espinosa
Sayonara
Pediram-me comentários sobre o vídeo de ontem
Foi uma das matérias mais bem feitas dentro do Niten.
Fiquei contente em ver os alunos satisfeitos e dando seus depoimentos verdadeiros sobre o Niten.
Peço a sua atenção num trecho em que a repórter me pergunta sobre o que sinto em ser o único samurai ensinando esta técnica milenar.
Obviamente que não assumi a condição de ser um samurai, haja visto que a classe foi extinta em 1868 e pressuponho que você entenda esta situação, na qual respondi :
- Muita responsabilidade você passar estas técnicas, de forma fidedigna, para as próximas gerações.
Vou te dizer o porquê de muita responsabilidade e quero que preste bem atenção...
Uma das razoes é que até o Niten ser fundado, há 15 anos, nunca se ouviu falar em "kenjutsu" aqui no Brasil. Depois que o kenjutsu se tornou conhecido, como eu havia previsto, não demoraram a aparecer pseudo professores e "picaretas" de kenjutsu se aproveitando para "pegar o mesmo barco". Dá para entender o que quero dizer, não?
Outra razão: em todas as modalidades, a grande maioria dos professores pratica regularmente, tem a sua faixa preta ( reconhecida ou não reconhecida por federação) e leciona para um grupo ou mais de alunos. Mas não o suficiente para se entregar de corpo e alma neste Caminho. Quando falo de corpo e alma, meu caro, quero dizer, entregar-se plenamente à pratica deste Caminho. O suficiente para deixar a sua profissão.
Profissão?!! Aí o bicho pega. Tem que ler o livro Musashi para entender...
Lembro de um diálogo que tive com um mestre, quando ainda era estudante de medicina, ao querer me aprofundar na didática do treinamento. Ao que ele me respondeu:
- Kishikawa, a partir daqui, deixe conosco, profissionais. Não é da sua conta.
Não gostei muito naquela época, mas agora, vejo que faz sentido.
Se não for assim (e isto é difícil!), será praticamente impossível de se passar estas técnicas.
De forma fidedigna.
Para as próximas gerações.
Dando seguimento as fotos do Café de ontem
"Que arma é essa?"
"Respeito"
"Olha o pé!"
"Falando sério..."
"It is Kobudo!!!"
Ontem, a Unidade Ana Rosa teve o prazer de receber um praticante de kendo do Japão, sr Sawada.
6° dan e praticante ha mais de 30 anos, foi apresentado pelo nosso aluno Hideo, que o conheceu em sua empresa. Em nossa conversa, tivemos a surpresa de conhecermos vários mestres de kendo, e principalmente, pelo fato de eu já ter visitado e praticado no local onde ele treinara durante a adolescência: Yatsushiro Higashi, em Kumamoto. Este colégio ficou conhecido no Japão por mais de uma década por ser o celeiro formador de campeões de kendo no Japão. Fico contente por meus alunos terem tido a oportunidade de cruzar espadas com renomado colega.
Enquanto tomamos o nosso Café, coloco a disposição algumas fotos do lançamento do nosso site.
o site como era antes e como está agora
(o evento teve atualização em tempo real)