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Hoje deixo as palavras de nosso aluno diretor do planetário. "Com grande honra, o Planetário Aristóteles Orsini (Ibirapuera) recebeu o SENSEI, alunos do Niten e membros do Templo Nikkyoji.
Meus agradecimentos a todos os pais e parentes que acompanharam o evento.
As crianças nunca vão se esquecer deste dia:
"Niten e Nikkyoji na via láctea"
"Piquenique num cenário de filme!"
Como diretor dos planetários e aluno do Niten, para mim foi algo muito especial. Agora eu penso com alegria nos momentos da visita, então eu me lembrei de uma história:
Sasa no ha sara-sara
Nokiba ni yureru
Ohoshi-sama kira-kira
Kin Gin sunago
Tradução um tanto grosseira:
As folhas do bambu, murmuram, murmuram,
balançam as pontas.
As estrelas brilham, brilham,
grãos de areia de ouro e prata
Essa canção faz parte de uma das maiores festas populares do Japão, a Tanabata, também conhecida como “Festa das Estrelas”. Essa festa ocorre justamente nesse mês da visita aqui no planetário. Que coincidência! A festa é baseada em uma lenda que diz que duas estrelas, Vega (Orihime) e Altair (Kengyu) são um casal, ligados por amor, mas só tem permissão de se encontrarem uma vez por ano, quando atravessam a Via Láctea.
Depois do evento eu tive uma sensação muito boa porque eu ajudei no encontro de duas, das coisas mais sérias que tenho na vida: meu trabalho e meu treino. Bastou atravessar a Via Láctea...
Arigato gozaimashitá SENSEI."
João Paulo - Unidade Nikkyoji Vila Mariana
"Após um ano da minha entrada no Niten, finalmente tive a oportunidade de conhecer e treinar no Gashuku obtendo um novo aprendizado de vida. Há tempos tentava encontrar um tempo para minha dedicação ao Gashuku, mas infelizmente devido ao trabalho e estudos, isso era impossível, só tinha conhecimento do Gashuku através dos relatos do Sensei, dos Senpais, outros colegas ou através de fotos no site do Niten, mas desconhecia o “gosto” do Gashuku. Então, a oportunidade apareceu, durante o mês de julho consegui férias do trabalho, assim como dos estudos ficando o último final de semana de julho livre para minha participação deste grande evento.
De fato os dias passaram, e o dia do Gashuku chegou. Eis que partimos de tarde para a fazenda de Ibiúna, depois do treino ocorrido de manhã no Templo Nikkyoji da Vila Mariana.
Ao chegar, descarregamos nossas malas e tão logo iniciamos o treinamento ao ar livre em meio a um gramado com vários companheiros vindos de lugares longínquos, cercados ainda pela bela paisagem e tranqüilidade que aquela fazenda emanava, mesmo com o dia nublado e meio chuvoso.
Mesmo com o tempo frio treinamos com vontade adquirindo novos aprendizados sob as orientações do Sensei e dos Senpais, ora garoava fracamente ora essa garoa passava, mas mesmo assim continuamos até o fim do nosso objetivo. E como diria o cantor Raul Seixas na música Como Vovó já dizia: “ ...a chuva é minha amiga e nunca vou me resfriar...”.
Niten Ichi Ryu na garoa
De noite, depois do treino, fizemos um jantar de confraternização onde tive a oportunidade de conhecer melhor os meus companheiros que vieram de outros Estados. Nos divertimos bastante através de conversas alegres e descontraídas, com direito a muitos risos até tarde da noite, quando todos se recolheram para acordarem cedo para um novo treinamento.
Momento de confraternização
Levantamos cedo e preparamos o café da manhã, e depois fomos a uma quadra esportiva fechada iniciando nosso treinamento com o Bogu, e depois tivemos momentos de ouro com o Sensei que nos passava uma lição de vida para refletirmos sobre nossas atitudes no mundo afora, que no caso foi a importância de respeitar e cuidar dos mais velhos, como os nossos pais e avós, por exemplo.
Momentos de Ouro: Respeito e gratidão na vida
Fizemos uma pausa para o almoço, e então pude assistir aos treinos de Iaijutsu e Jojutsu, uma oportunidade que não podia perder naquele momento. Após, o encerramento desses treinos iniciamos um novo treino de Kenjutsu com o Bogu.
Fosse o que fosse, treinamos intensamente naquela enorme quadra que, aliás, é excelente, suando bastante, mas seguido em frente com toda nossa vontade e determinação, colocando o nosso coração a disposição no caminho da espada.
Seguindo em frente com toda vontade e determinação
Enfim, encerramos o treino e ouvimos atentos às palavras do nosso Sensei, que nos agradecia e elogiava a nossa participação e treinamento. Fui para casa, com essa experiência marcada na mente e na alma, que sem dúvida jamais será apagada não importa quanto tempo se passe, pois finalmente descobri o “gosto” de um Gashuku no meu caminho do aprendizado."
Loureiro - Unidade Ana Rosa
Felizes fomos nós...
Recebemos esta mensagem de um de meus primeiros assistentes da época inicial do Niten.
Era a época que dividia o tempo entre os plantões nos hospitais e o Niten
Carregávamos todo o material no Uno CS 1.5 verde e que mais tarde viria a ser o Renault 19 RT vinho, quando Sergio fazia a parte do atendimento e arrumação dos materiais.
Vez ou outra levava uns "puxões de orelha"( não que isto o desabone, pois sempre foi um rapaz honesto e confiável), desses que só os alunos que convivem aqui comigo sabem como são. Ou seja, mais do que adverti-lo pelas falhas cometidas profissionalmente, procurei sempre orientá-lo para que se tornasse um ser melhor ainda , para o futuro. Serginho no começo ficava um tanto cabisbaixo, mas passados alguns minutos estava sempre pronto no seu posto, sem guardar mágoas ou ressentimentos.
Mais do que isso, chegou a treinar o kenjutsu e colocou o bogu (armadura) . Aqui, também levou os meus "puxões de orelha".
Tinha todos os motivos para me mandar para o inferno.
Ao invés disso, resolveu me mandar este email:
Bom dia
O meu primeiro emprego foi no Instituto Niten,fico feliz com o crescimento do Kendo no Brasil,eu pratico um esporte que não é tradição no Brasil mas o futebol americano também está crescendo no Brasil.Um grande abraço para o Doutor Jorge.
Aos que tem gratidão, os "puxões de orelha" são como remédio a iluminar seus corações puros;
Aos que não tem, são como querosene a inflamar o ódio em suas mentes obscuras.
Boa sorte Serginho!
"Falar do Gashuku é difícil antes de comentar sobre a 1º vez que eu vi o Sensei, exatamente no Gashuku anterior aqui em Brasília mesmo, no fim do ano passado. Naquela época eu estava no Niten havia uma semana, tinha treinado duas vezes. Quando o Sensei adentrou a quadra, uma frase recém lida veio-me a cabeça: “Finalmente, após várias encarnações nos encontramos.”
A mudança de energia na quadra foi alterada. A força do Sensei é facilmente percebida apenas de observá-lo caminhar. Naquele dia ele apenas olhou-me, mas aquele olhar disse-me mais que mil palavras.Neste Gashuku foi diferente, mais uma vez ele chegou e a energia mudou, trouxe uma leveza e felicidade ao coração, uma atenção especial para refletir sobre os ensinamentos que estavam por vir. Logo estávamos dentro do Bogu e para minha surpresa o Sensei também estava pronto para lutar. Em minha cabeça o Sensei iria orientar e ensinar sem lutar. O mais incrível é que eu seria o terceiro a lutar com ele.
Não lembro as duas primeiras lutas, afinal elas foram uma espécie de retomada de fôlego antes do grande mergulho, eu só não imaginava quão grande ele seria. E lá estava eu, frente a frente com Sensei,assim como num mergulho onde o mais alto som se torna distante e difuso, a proteção ocular do Men era como meus olhos abertos embaixo da água, tornando a percepção do mundo confusa.
Então, sem saber o que fazer, gritei meu Kiai e avancei para o combate, mas mais uma vez era como seu eu estivesse imerso, meus movimentos lentos e desajeitados logo deram ao Sensei a oportunidade de me dar a primeira lição. Depois de uma seqüência de cortes no Kote, o que me impressionava não eram o fato de meu Kamae e minha defesa falharem, mas sim a sensação de cada golpe. Estes eram sem força alguma, mas cortavam lá no fundo da alma do aprendiz que de repente se viu frente a um espelho, e a cada corte via um erro a ser corrigido e alguma atitude a ser mudada no cotidiano. Muito mais que um ensinamento para a espada a primeira lição do Sensei foi para minha vida e ao concluí-la segui exausto às outras lutas.
Após uma sucessão delas estava frente a frente com Sensei novamente. Eu completamente exausto gritei e fui contra suas duas espadas. Nesta segunda lição as lágrimas não tardaram a vir. Lá estava o Sensei a mostrar-me que não basta enxergar os erros para seguir no caminho. É preciso persistência e dor para colocar a prova o coração das pessoas e separar os guerreiros do resto do mundo. E em seu livro ele já havia dito isso, mas a memória grava com mais dedicação quando se sente na pele o peso do caminho do guerreiro. Estava encerrada a segunda lição.
Com muita dificuldade nas lutas seguintes e um pedido para respirar consegui chegar de pé à terceira luta, creio que iria mesmo arrastado! E agora o Sensei portava a espada curta apenas e eu num vislumbre de tolo pensei que teria alguma chance. Assim chegou a terceira lição, com minha primeira luta contra Kodachi (espada curta), depois de ver os erros e aprender a corrigi-los, depois de sofrer e persistir é preciso nunca deixar que os pequenos problemas e faltas se tornem grandes como a Kodachi se tornou, na verdade a melhor solução é não deixá-los chegar perto, porque eles vão te segurar e te levar para a morte antes do que você imagina. Aquela que eu achei que seria a mais “fácil” das lutas foi a que trouxe a espada para a minha garganta.
Após tirar o Men, meu nariz sangrou em um minuto, devido ao clima de Brasília. Em menos de um minuto os Senpais já me ajudavam. Esta atenção tranqüilizou tanto quanto me inquietou por interromper a lição deles para ajudar-me. E sobre essa atitude o Sensei também falou, quando no momento de ouro abriu nossos olhos para a perda dos valores. Sobre isso considero a atitude de preocupação dos Senpais uma demonstração de valor e de compaixão.
Após o almoço Niten Ichi Ryu com correção de vários pontos e imersão nesse estilo que traz Musashi Sensei à mente, com sua perfeição e amplitude de dons como a pintura e escrita que o tornava um samurai tão completo.
Depois disso durante o Iaijutsu, que eu apenas observei. Refleti sobre o livro da água, e de como tanto o Sensei, como Musashi Sensei se moldam em qualquer situação, assim como a Água. Confesso que senti um orgulho imenso de poder absorver uma pequena parte dessa grandiosidade que é o caminho.
E para encerrar as lições o Sensei me olhou nos olhos e disse:
- Continue treinando firme!
Pode estar certo disso, Sensei.
Espero que a próxima a oportunidade de aprender com o Sensei aconteça em breve!
Domo Arigato gozaimassu."
Jackson- Unidade Brasília.
"Finalmente nos reencontramos"
"Uma chance contra a kodachi?"
"Finalmente , após várias encarnações nos encontramos."- é o que penso quando encontro os meus alunos , principalmente de Unidades fora de São Paulo, e um sentimento de comemoração somado a expectativas me vem a cabeça. Será este aluno promissor? Com qualidades ? Virtudes?
É possivel que a energia , quando entro na quadra , fique alterada. Pois assim que piso na quadra , sinto com os meus pés se o terreno está seguro, propício para uma aula produtiva e com os meus olhos , observo atentamente aos que estao presentes , deixando por algumas horas a vida mundana , em busca de aprimoramento. E é isto que passa . De coração para coração. Telepatia. Energia no ar...
A versatilidade do Kenjutsu se aprende de várias formas. E uma delas é tomando o golpe. Está muitíssimo equivocado o aluno que imagina que quando estou com o equipamento , estou querendo "lutar". Se coloco o equipamento é para ensiná-lo. Mostrar o ponto falho. Golpes de Kenjutsu cortam no fundo da alma. Quem já não sentiu o corpo se esvair e depois suspirar ao levar aquele utigote (golpe ascendente sobre o antebraço) por mais leve que seja? Desde que o aluno esteja de coração aberto verá sua alma "cortada" por várias vezes.
Digo isto, porque existem aqueles que , presos a seus "pré-conceitos", se recusam a entendê-los. No início do século passado, a prática das duas espadas, o Nito, fora proibida na prática de kendo , por ser considerada uma forma "covarde" de se lutar... apesar de ser, o treino com as duas espadas, curriculum obrigatório desde há 700 anos (Katori Shinto Ryu) ou fazer parte do estilo Niten Ichi Ryu de Miyamoto Musashi, o samurai imbatível de todos os tempos.
Não será novidade também, se desta vez, alguém falar que lutar com Kodachi é covardia.
Deixem-os.
O resgate continua.
Estudar o Niten Ichi Ryu e aplicá-lo no combate de Kenjutsu aguçará a percepção no que tange a "fazer de sua espada o seu pincel".
A arte com o corpo é estimulante para o espirito.
Se Jackson tivesse treinado , e não apenas observado o Iaijutsu, teria aprendido a 4ª lição.
Fica para a próxima.
É por isto que eu digo sempre aos meus alunos:
- Continuem treinando firme!
Para valer o nosso reencontro.
Após várias encarnações.
"Durante esta semana que fiz shugyo (retiro espiritual em meio a treino intensivo) com o Sensei, me aconteceram muitas coisas interessantes.
Não sabia que seria tão difícil! Provavelmente a coisa que mais aprendi foi a lidar com minhas limitações e a resistência da minha força de vontade. Realmente aguentar o frio que estava fazendo em São Paulo não foi fácil (para mim que sou Nordestino e moro no Rio de Janeiro)! Me lembro que a primeira coisa que o Sensei me falou foi para tirar as mãos dos bolsos do casaco ao fazer a reverência em pé, ficou marcado na memória "fazer a reverência assim só mostra que você não está com disposição para fazer nada!", disse o Sensei. Também as dores físicas que advém de não estar acostumado a treinar todos os dias como o Sensei e os sempais.
Os dois primeiros dias foram realmente muito difíceis. Não pelo frio ou pelas dores musculares, mas sim por não ter nenhuma companhia durante o dia. Depois desses dois dias as coisas foram ficando melhores e me adaptei às tarefas que tinha que executar durante o dia. Outra das coisas que me marcaram, foi o dia em que o Sempai Wenzel disse para que eu limpasse a rua, mas foi a rua inteira! Me lembro das pessoas pararem para perguntar porque estava limpando a rua, e quando dizia que fazia parte de um treinamento elas me desejavam força, os vizinhos me agradecendo, pessoas que eu nunca havia visto! Achei isso muito interessante. Nunca esperaria isto das pessoas à minha volta.
Por fim, em todos os treinos aprendi muito! Nos treinos matinais com o Sensei e os sempais, e nos noturnos também. Conheci muitos sempais, fui à São José dos Campos (agradeço muito ao sempai Alexandre pelo treino, pelo birudo e por me mostrar um pouco da cidade de São Paulo na volta do treino), enfim, treinei bastante. Tentei dar o máximo de mim, e acho que valeu a pena! Agora estou com mais certeza da força que tenho e com mais vontade ainda!"
Aretakis - unidade Rio de Janeiro
"os dois dias foram realmente difíceis" (observe o braço direito)
"missão cumprida" (observe o braço direito)
“Um dia de superação, cheguei ao meu limite. Porém não desisti !.
Viviane – unidade Brasilia
“Tive a oportunidade de lutar com o Sensei hoje pela primeira vez. Foram três lutas. O Sensei simplesmente não dá espaço sequer para retornar ao Kamae. Foi um dia de muito aprendizado, não apenas pelas lutas, mas por tudo que foi tansmitido.
Domo Arigato Gozaimashitá.”
Carlos Bravo - unidade Brasilia
“Quando em meio a luta, a visão clareia e o vento bate no rosto, só significa que o Men saiu da sua cabeça. Kiai e continue!”
Tairã - Unidade Brasilia
“Até a lua sorri com a vinda do Sensei à Brasília. Seu sentimento nos dá garra para seguir em frente, sempre com o Bushido em mente.
Domo Arigato Gozaimassu.”
Jackson – unidade Brasília
“Um treino muito puxado, e ao mesmo tempo com uma energia muito grande. Mesmo tirando fotos, podia ver o Chi (Ki) emanando de todo mundo.
Arigato Gomaishitá Sensei, pelo treino e pelas coisas que ensinou.”
Fernando - Brasilia
“Nesse Gashuku, percebi o quão grandiosas são as técnicas do Kobudo. Percebi que meu conhecimento é um grão de areia em um imenso deserto.
Domo Arigato Gozaimashitá Sensei, por nos conceder o privilégio de conhecer o Bushido.”
Laís Reis – Distrito Federal
“Treinar com os meus coordenadores é sempre uma honra, mas este treino com o Sensei é uma experiência única. Agradeço todos os dias por ter encontrado o Instituto Niten e por todos os ensinamentos.
Arigato Sensei.”
Ayres - unidade Taguatinga
“No meio do combate a surpresa: o Men já está no chão e a luta continua. Muito Kizi e coragem.”
Derek – Brasília