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"Tempos atrás, era apenas um simples estudante, colecionador de mangás e animes
na qual cultivava um grande interesse pela cultura japonesa, a ponto de frequentar inúmeros eventos relacionados a essa cultura que sempre me fascinou, principalmente quando se refere aos samurais. Iniciei minha coleção do mangá “Vagabond” que cujo tema se referia ao gênero de samurais, sendo esse mangá baseado no famoso livro “Musashi”, na qual relatava a vida e o caminho da espada de Miyamoto Musashi, respeitosamente chamado por Musashi-sensei.
De fato, fiquei fascinado pelas histórias desse mangá que além de mostrar o caminho da espada trilhado por Musashi-sensei, apresentava um pouco da história do Japão feudal e seu modo de vida, com o tempo pesquisei na Internet sobre Musashi-sensei, onde conheci um pouco mais a seu respeito, vindo posteriormente a adquirir a sua obra o “ Livro dos Cinco Anéis” – Go Rin No Sho – na qual ele escreveu pouco antes de morrer.
Através do livro pude ter acesso aos seus ensinamentos e filosofia de vida, descobrindo que seu legado e ensinamentos foram passados de um mestre representante a outro durante séculos chegando aos dias atuais e a esse Brasil em que moro, despertando meu desejo de aprender o caminho da espada, que me permitisse não só aprender o seu manejo, mas também me fortalecer de corpo e alma disciplinando a minha vida.
Graças à propaganda no mangá “Vagabond” descobri a existência do Niten em São Paulo, que ensinava o estilo de luta de Musashi-sensei, mantendo vivo o seu legado,
entretanto naquele momento não poderia frequentá-lo, devido ao meu ingresso na faculdade e meu horário de trabalho não teria tempo para me dedicar devidamente ao Niten, passados três anos consegui encerrar e me formar na faculdade após muita luta e dificuldades, na qual consegui superar, mas traçava cuidadosamente minhas metas para o ano seguinte em que estaria livre da faculdade, e a minha entrada no Niten era uma dessas metas. Chequei o endereço e horários das unidades de São Paulo pela Internet, optando pela unidade Ana Rosa, que cuja localização e horários considerava ótimos.
No inicio de julho de 2010, com o tempo livre, entrava finalmente no Niten conhecendo um mundo novo e pessoas novas. No começo, não nego que tive dificuldades no aprendizado, errando diversas vezes os golpes e posturas, ou então, esquecendo de usar alguns deles.
De fato, com as orientações do Sensei, dos Senpais e de outros colegas mais velhos, fui aos poucos pegando as praticas e confiança no manejo da espada. Entretanto, com a convivência no dojô fui esculpindo a disciplina em minha mente e espírito, tal como um escultor o faz em uma rocha na busca de aperfeiçoar sua obra de arte.
Em várias ocasiões participei de confraternizações, onde bebíamos alegremente com a intenção de nos descontrairmos e tirarmos a nossa “máscara”, coisas que no passado, confesso, nunca fazia. Mas vendo essas confraternizações, podia enxergar, não uma simples reunião, mas uma reunião de família onde era capaz de sentir uma forte união entre o pessoal do dojô. Outro momento marcante que encontrei no Niten era os momentos de ouro com o Sensei, e de fato, são momentos preciosos como ouro.
Momentos de Ouro com o Sensei
A partir desses momentos, ouvíamos atentamente nosso Sensei dedicando seu tempo em transmitir ensinamentos e filosofia de vida, na qual podíamos refletir sobre nossas atitudes e se necessário mudá-las, tal como me ocorreu certa vez, quando o Sensei abordou sobre a importância da gratidão; a atenção recebido do próximo; e o uso do nosso bom senso. Tais palavras me marcaram profundamente, abrindo meus olhos, passando a me preocupar e valorizar melhor as pessoas próximas de mim, e procurando demonstrar da melhor maneira possível a minha gratidão por se preocupar ou lembrar de mim, como minha mãe e alguns valiosos amigos, por exemplo. Sempre procurando dar o meu melhor pelos outros no mundo e demonstrando o quanto valorizo a importância de sua pessoa.
Por fim, não arrependo da escolha que fiz, ao entrar no Niten, realmente passo por treinos difíceis ou cansativos, às vezes lutando contra outros colegas, na busca de melhorar nosso aprendizado, e às vezes tendo a honra de lutar contra o Sensei, permitindo que eu veja o caminho que ainda tenho a trilhar. Caminhos, que com certeza continuarei a trilhar, não importando os obstáculos que irão aparecer, pois tenho metas que traço em minha vida constantemente e que lutarei para poder concretizá-las. Portanto, Arigato Goazaimashitá por tudo." - Loureiro (Un. Ana Rosa)
Recebi este email de uma aluna logo após o periodo de festas
"É uma pena, que mesmo adultos, ainda não conseguem perceber que não interessa naquele momento, se estamos bebendo um Borgonha,um Rioja, um Bordeaux, um Douro (considerados os melhores vinhos do mundo) ou uma cachacinha brasileira, do interior de São Paulo ou do sul de Minas, mas que estamos bebendo com o Sensei !!
Domo arigato gozaimashitá Sensei por me dar a oportunidade de ser “cachaceira” !!"
Talvez estas palavras possam elucidar um pouco mais o que ela quis externar:
SE NÃO BEBE, FIQUE LONGE
"Mais vale beber um copo de sake do que se preocupar com o que não traz proveito". Tabibito
Bebe-se saquê para "tirar a máscara", acabar com a formalidade existente no dojô, no trabalho ou no mundo corporativo. Um momento para não falarmos de coisas sérias. falemos sobre coisas mundanas. Família, hobbies, viagens e todo tipo de bobagem. Enfim, um momento para ser gente. Portanto, se for convidado a beber, beba. Não é justo o mestre "tirar a máscara" e você não abaixar a guarda. Sendo assim, fique longe. Não tem graça nenhuma estar ao lado de quem não bebe nem socialmente.
Entenda como uma honra ser convidado para participar de uma roda ou de um momento privativo com o mestre. Quem não entende isso, só entenderá quando um dia perceber que está só e que não tem ninguém para convidá-lo.
Shinhagakure
Pag. 71
"Desde que entrei no Niten, o Sensei ensinou muito sobre a relação intíma entre o Budismo e o Kenjutsu.
- Estevão (Unidade Ana Rosa)
No dia 29/12, pudemos acompanhar junto com o Sensei o Motchitsuki, preparo do Motchi. Foi uma oportunidade única de entender um pouco mais a semaelhança entre o Budismo e a Espada: A forma como foi feita o Motchi era tradicional, usando pilões grandes para preparar a massa de arroz e martelos grandes e pesados para socar o arroz. Após algumas preparações, as mãos começavam a doer, os braços já estavam cansados, assim como após alguns treinamentos mais árduos da espada. E como faltavam ainda algumas panelas de arroz, era necessário continuar a socar o arroz.A partir do momento em que todos os braços cansaram, era o espírito que continuava a dar forças para preparar o Motchi. Após algum tempo, já eram poucas as pessoas participando da cerimonia, e não eram apenas novos. Alguns tinham bastante idade, e aparentemente, não conseguiriam socar o arroz por muito tempo, mas foi feito o Motchi, e assim como durante o treinamento com a espada, era o "ki" que o Sensei nos explica.
Graças ao Sensei, pudemos observar mais uma semelhança entre a espada e o Budism, o espírito sincero. "
"Foi muito interessante participar do "Mochi tsuki". Este momento já foi muito enriquecedor por visitar um templo budista, uma coisa que sempre tive vontade de conhecer e poder acompanhar pelo menos parte de uma cerimônia.
E participar desde a preparação das coisas para o mochi tsuki como colocar o pilão nos lugares certos. No começo ao ver os outros fazendo parece que é só bater o arroz e amassar até ficar no ponto certo. Só que não é bem assim é como um kata, não é somente força, tem toda uma técnica, cada etapa tem uma sincronia ou melhor uma harmonia entre as pessoas que fazem o mochi.
A primeira etapa é a maceração do arroz feito com duas pessoas com martelos de madeira, só que simplesmente usados para masserar sem bater. A segunda etapa que já precisa de mais atenção que é quando os dois começam a bater com os martelos na massa esse é um momento que se tem um grande desgaste, pois tem que bater com força e sincronizado com seu parceiro. A primeira vista é fácil e com o tempo você começa a querer fazer rápido pois esta fazendo certo, porém os mais experiente te avisam para fazer num ritmo que é o certo e depois de um tempo entendemos o porque, pois um bateu o martelo no outro e quebrou devemos sempre dar ouvidos aos mais experientes, coisa que muitos não fazem e no Niten nos é passado pelo Sensei e os Sempais. Depois vem a ultima etapa que é o mais perigoso pelo que pude ver que é quando tem uma pessoa que mexe na massa e em seguida tem uma outra pessoa que bate na massa e isso tem que ser sincronizado o que mexe na massa fica a frente do que esta com o martelo e meio que abaixado para poder mexer na massa que está no pilão. Algumas vezes ficasse até um pouco preocupado, pois o ritmo é bem rápido pois o arroz não pode ficar frio e parece que a mão não vai sair de onde o martelo vai bater.
Essa foi minha primeira impressão, quando fizemos o primeiro pilão e quando soube que tinha pelo menos mais uns 50 kilos de arroz para fazer. Nesse ponto já estava bem suado. Fazendo mais vezes, as pessoas com mais idade e mais experiência começam a passar os "gokuis"* de cada etapa, como se deve bater, de que forma e porque eles usam kiai, para marcar o ritmo e as suas intenções. E por exigir bastante do físico, deve se fazer uma troca das pessoas que estão batendo com os martelos, para se ter o melhor de cada um e dar o seu máximo naquele momento sem guardar reservas de energia.
Foi um experiência muito enriquecedora e senti uma energia muito boa nesse lugar, uma harmonia entre todos.
Domo arigato gozaimashita ao Sensei pelo convite."- Mendes (Unidade Ana Rosa)
*Gokui= segredo de uma arte ou técnica
O Mochitsuki é o ritual de se preparar o mochi (bolo de arroz) para colocar nos altares durante a passagem do Ano Novo.
Nossos colegas estiveram no dia 30 para fazer parte da cultura japonesa.
O ritual , que teve inicio as 7 da manhã, foi terminar por volta das 11, deixando todos exaustos , mas satisfeitos.
Os alunos que tiverem interesse em conhecer este ritual devem se programar para vir a São Paulo no final deste ano. Novidade a parte, este templo sera o local da futura Unidade Vila Mariana do Niten a partir de fevereiro.
Shin nen akemashite omedeto gozaimasu a você que me acompanha neste Café.
Estamos aqui vivos em 2011, razão pela qual o "Omedeto Gozaimasu", ou seja, parabéns por "ter atravessado" a etapa 2010 - 2011 em sua vida.
Shin nen, por estarmos no início do ano. E "akemashite", por abrir com a sua chave, o portal deste ano de 2011.
Este ano será o ano de estudar o Shin Hagakure (CS - Shinhagakure O bote Tigre) Refletir. Digerir. Incorporar os ensinamentos.
O Niten (e eu, principalmente) começa o Ano do Coelho com o ritmo do Tigre: a todo vapor.
Sim. A todo vapor. Com toda força, vontade e determinação.
E isto só por uma causa: viver intensamente.
Viva 2011.
Mas viva mesmo!!!
"Neste quente gashuku de verão fiquei muito feliz com o avançar e desdobramento dos momentos que o Sensei foi guiando a nós, como que passando por portais
. O treino físico e técnico preparando a base, as palavras de ouro alinhando o conceito do bushido e a relação mestre-discípulo e sensibilizando-nos para as passagens dos ciclos da vida.
No "talentos-do-Niten", começamos a tirar a máscara e abrir nossos corações à arte e à sensibilidade das emoções, pois há algo mais no caminho do guerreiro além de uma luta.
Uma vez ouvi que alguns recônditos do nosso coração, nossa alma, são abertos com o riso, outros com as lágrimas.
E mais uma porta foi se abrindo quando, no alto da noite, na roda junto ao fogo, Sensei foi nos prestigiando e honrando ao compartilhar sua fé, o fogo do seu espírito. Apontando para algo novo, Sensei cutucava nossa percepção para atravessar mais um portal. Em alguns momentos, parecia que o grupo inteiro em círculo ia iniciando um desabrochar.
Sensei, sempre me alegro com estas paisagens na serra. Domo Arigatou gozaimashita pelos ensinamentos e pela oportunidade de poder levar a família para este nosso encontro do Caminho.
Domo Arigatou Gozaimashita" - Côrtes (Unidade Rio de Janeiro)
"Quente!, essa palavra foi recorrente durante o gashuku de fim de ano.
O verão que já desponta no hemisfério sul fechou com louvor o ano do Tigre na Serra da Cantereira.
O calor do sol esquentou nosso espírito e fomos pra guerra.
Nos momentos de ouro o Sensei nos apresentou a notícia do jornal Nippak, e o repórter selecionou a passagem do olhar de peixe morto do livro Shinhagakure.
Viajar, conviver com o mestre e com os colegas, aprender e viver, não sobra espaço para olhos opacos.
Os talentos do Niten foram a celebração disso tudo, mais do que celebração é a confirmação de que não somos bárbaros, disse o Sensei, de fato, para enfrentarmos a vida temos de desenvolver nossa sensibilidade, para quê e para quem lutamos.
Músicas, sabres de luz, dança, ópera! Teve de tudo um pouco, quem não foi perdeu, mas ano que vem tem mais!
Arigato gozaimashitá a todos colegas, pelas lutas, incentivos, parcerias, enfim, convivência.
Domo arigato gozaimashitá ao Sensei, por treinar muito antes mesmo de nos ensinar, e ainda cuidar do Niten, sem o qual não teríamos acesso a nada disso." - Laura (Unidade Belo Horizonte)
Itimonji (o ideograma do numero 1) no Suyo Ryu Iaijutsu
O orvalho e sua força ao desembanhar.
Estocada no Peito: Perigos da postura da Terra
Quanto mais "estético" for o oponente melhor para vencer com o Utigote (corte do antebraço por baixo)
Salto mortal x Arrancada no Utigote
O domínio do Soete (mão sobre o dorso da lâmina) a curta distância confere a vantagem sobre o oponente
Estocada com Soete: Fatal
"Rasgando" o ventre do oponente.
Sobre o sol de 40 graus e todos na sombra
Hmm...
Naginata é ...
... comigo ...
... mesmo !
O Bojutsu (Bastão longo) ...
... não era ...
... a mesma coisa que o Jojutsu (Bastão médio).
O 12º sucessor (Soke) da escola de Miyamoto Musashi, mestre Yoshimoti Kiyoshi, recebeu neste ano a atriz Daniele Suzuki
A produção de Daniele havia me pedido que apresentasse a um autêntico mestre da espada e que pudesse fazer um treinamento intenso.
Felizmente, tudo deu certo como poderemos constatar no Café de hoje.
Yoshimoti Sensei disse que passou momentos agradáveis, apesar do calor e cansaço durante as longas horas de filmagem.
Tenho o making-off do programa e qualquer dia mostro em um dos nossos Gashuku com exclusividade!
Ou quem sabe em algum Café ...
" Sensei, gostei muito de ter ido ao Gashuku!
Há quase 6 meses eu estava cambaleante nos treinos, compromissos no Tribunal, um antebraço com epicondilite - o que resultou em muitas horas de gelo e alongamento, e outras coisinhas aqui e acolá. Por um momento passou na minha cabeça um presságio de vergonha, de voltar e não estar em boa forma, com reflexos lerdos e técnica grosseira. Mas no fim das contas, lembrei que a boa forma volta, os reflexos aguçam de novo, e a técnica deve ser sempre refinada, e voltei.
Fiquei muito contente de ter treinado de bogu sob um sol de 33 graus, do início ao fim, sem tirar o men, e de ver os meus companheiros de treino naquele canto da quadra todos fizeram igual. Confesso que senti um pequeno orgulho de saber que o corpo não se entregou, que cansou bastante, mas não a ponto de ceder à vontade de desistir.
Confesso também que fiquei muito feliz de lutar com o Mendes (acho que o Sensei sabe que nós temos uma pequena rivalidade amistosa), porque achei que ele me massacraria com os dois kamaes baixos de nito, e no fim, acabamos no empate. Também fiquei feliz de ver que kote-men, sempre tão presente nos katas de katori, funcionou na naginata. Na hora, eu só queria acertar aquele men, e a naginata tinha que sair do caminho, o resto aconteceu sem pensar.
Sensei, deixei um joelho no assoalho da quadra depois do Iai, voltei com o joelho esquerdo em carne viva para Curitiba, e agora estou de curativo pra poder usar uma calça.
Mas no final das contas, eu adorei me sentir em casa no Gashuku. Sinto-me em casa no meio dos meus companheiros de treino, sinto-me em casa na APM, sinto-me em casa aonde o Niten está reunido, e isso me alegra o espírito!
Sensei, apesar do texto enorme, que sei que o Sensei não gosta, mas queria dizer todas estas coisas, fiz um pequeno relato do Gashuku, em 33 palavras, em sincera lembrança dos 33 graus que fazia fora do bogu na manhã de domingo." Meu coração bate forte sob o sol escaldante, mas o resfresco momentâneo da brisa da serra não o acalma. Descobri então, que ele bate forte porque responde feliz à shinai nas minhas mãos".Domo arigato gozaimashitá Sensei " - Simões (Unidade Curitiba)
" É pra rachar !!! "
" Veja se não está acontecendo o Kote Suki no seu escritório ou na sua vida " - Momentos de Ouro
" O Futuro samurai Carioca "
" Somos...
...o Niten ! "
Brasília, Fortaleza ...
... Recífe, Belo Horizonte, Curitiba ...
... Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, São Carlos ...
... Caixias, Porto Alegre, Florianópolis ...
... Guarulhos, Tatuapé e Santos ...
... Teresina, Ponta Grossa ...
... Água ! Água ! Água ! "
KIR JOVEM
" Nós também ...
... fazemos os Katas Niten Ichi Ryu "