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"Desde que me conheço por gente sou admirador dos samurais.
Conheci o Niten atraves do livro do Sensei Shin Hagakure, o da primeira edição. A partir daí, vez ou outra navegava no site do Instituto.
Confesso que quando lia algumas colunas que o Sensei postava no Café enviado por algum aluno,muitas vezes achava essas mensagens bajuladoras.
Pensava dessa forma porque não conhecia o bushido o código de honra que os samurais seguiam.
Depois que entrei no Niten minha forma de enxergar as coisas mudou muito. Quando a transformação ocorre você não dá conta, só percebe depois que aconteceu.
Hoje em dia, sou eu quem envia mensagens de agradecimento ao Sensei, e quando releio as enviadas pelos sempais não acho nem um pouco bajuladoras, muito pelo contrário. Na verdade faltam palavras para agradecer.
Passamos a ter esse tipo de sentimento, na minha opinião, porque aprendemos observando as atitudes do Sensei e dos sempais mais próximos a ele. Não por palavras mas sim com a forma de agir em todo momento.
Tive a oportunidade de entregar um orei de agradecimento a um jornalista enviado pelo Sensei. É incrível a diferença que isso pode fazer na vida de uma pessoa. Hoje temos tantos afazeres, buscamos tantos resutados que a última coisa que fazemos é pensar no próximo. Eu sei que o olhar do homem ao receber o presente não era para mim e sim para o Sensei. Mesmo assim senti orgulho de ser parte do Niten.
Essas atitudes comportamentais não são só sociais, são marciais também. Tive um mestre de judô, quando tinha uns 12 anos que dizia que lutava muito, detalhe, eu acreditava porque nunca tinha visto.
No Niten vemos o Sensei lutar com todos os alunos desde os mais novos até os mais graduados e até hoje não vi ninguém páreo.
Quem acompanha o Café com certeza já leu relatos de 10 mens consecutivos. Eu levei 20 e sou testemunha que no mesmo dia um colega de treino também levou 20 e todos foram jogadas cantadas. Palavras do Sensei: " Eu vou no men, defende o men" e não tinha erro, mais um men ippon.
São essas ações e tantas outras que só podem ser notadas pessoalmente que me transmite o sentimento de que depois de trinta anos de vida eu estou pela primeira vez seguindo um caminho."
Weber (Unidade Vila Mariana -Nikkyoji)
Nos primeiros dias, o aluno admira o mestre.
Passados alguns anos, a admiração, tal como vários sentimentos da vida, desaparece. Já não sente tanta emoção ao encontrar o mestre como nos primórdios. Falta às aulas.
- Não tem problema, na semana que vem eu vou encontrá-lo e aprendo o que foi passado hoje - pensam.
O tempo passa e segue-se, por parte deste aluno, a impressão de que já sabe tudo e o mestre não estava tão certo assim.
Mais alguns anos, se este aluno tiver a paciência de um "gafanhoto" começa a lembrar que as palavras do mestre tem sentido e, por final, volta a admirar o mestre. Percebe que não pode "deixar para semana que vem".
Este é o caso de alguns raros "gafanhotos"que não se deixaram levar pelos males do coração. Não desistiram. Não "rasgaram o sutra" (Leia o Shin Hagakure na página 76). Continuaram.
E são eles que, um dia, acertarão os 20 golpes consecutivos em "jogadas cantadas"...
Weber, Sensei e Camina de Florianópolis no treino da manhã de ontem
"Do Aikidô para o Kobudô, Ricardo Donegá foi o indicado pela Confederação Brasileira de Kobudô para representar os "samurais modernos". É uma grande honra ser indicado pelo sensei justamente no ano que o Niten completa seu 20° aniversário. Acompanhei os primórdios do Prêmio Paulista de Esporte e sei o quanto ele significa para a comunidade nikkei e para quem é homenageado. Não tenho palavras para explicar o que sinto nesse momento", explicou Donegá"
Rádio Estadão - Programa Rota Saudável
Sábado 06 e Domingo 07 de Abril de 2013
Clique no player para escutar
Café com Sensei de 01- abr - 2013 - 57° Prêmio Paulista 2013 - 1
"Retornei em segurança a Brasília ainda no sábado, não sem antes me reunir com o pessoal da Adm(administração do Niten em SP) para uma cerveja, bons petiscos e boa conversa após o treino do sábado.
Passei o domingo de Páscoa com a família, convivendo, rindo, conversando, descansando.
Quero externar a minha experiência e os meus agradecimentos por dias tão intensos e por tantos ensinamentos, os quais venho tentando anotar em parte para não perder muito, embora imagino que a essência tenha ficado em meu coração e no corpo "surrado" nos fortes treinos.
Na verdade, por estes poucos dias, eu deveria agradecer ao Sensei pelo menos 6 vezes:
- na quinta-feira à noite, no treino de Iaijutsu, a supervisão direta do Sensei nas técnicas do Suyo Ryu do 6º ao 10º katas, minha vontade de aproveitar o treino ao máximo, apesar de minhas limitações, e companheiros de treino dedicados fizeram com que eu treinasse com "espírito de iniciante", e acabaram me "rendendo" fortes câimbras / contratura muscular nas duas coxas... e meu certificado do Suyo Goin - domo arigato gozaimashita;
- os Momentos de Ouro, "Tadaima no Kyouchi", tiveram para mim um significado especial, mostrando que, "quando tomarmos a consciência de que o Momento é Agora, não de forma superficial, mas através de ...(Kuden#... CS 13-Junho-2007 ) , perceberemos o quanto temos sido indecisos, negligentes, em relação às coisas que realmente importam" - domo arigato gozaimashita;
- na sexta-feira, no início da manhã, o treino de Katori foi um evento à parte, sobre o qual já comentei em e-mail específico, mas nunca será demais agradecer por tudo - domo arigato gozaimashita;
- em seguida, o Intensivo de Hiden Tameshigiri, o evento mais esperado dos últimos dias por praticantes e por iniciantes. Eu já havia feito os cortes em junco, e o tatame se mostrou um desafio, mas que pode ser superado pela eficiência da técnica.
Os colegas que executaram com eficácia os seis (!) cortes básicos (eu só havia experimentado, antes, três deles) foram certificados pelo Sensei. Parabéns aos aprovados em especial, mas também a todos que se esforçaram em participar, muitos deles vindos de outras cidades.
Nas palavras do Sensei, em nossa confraternização após o evento, "vocês já estão à frente de muitos que nunca experimentaram de verdade uma espada, a qual foi feita para cortar" (considerando a limitação da shinai em apenas "bater").
Todos saímos extasiados; - domo arigato gozaimashita;
- no sábado pela manhã, antes do treino, a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as Tradições Japonesas e o Budismo, participando de uma cerimônia, junto com o Sensei e colegas do Niten, no Templo Central Nikkyoji, pelo restabelecimento da saúde de Yoshimitsu Katsuse Sensei, Soke do Suyo Ryu. Como disse o monge que conduziu a cerimônia: "o que o Kishikawa Sensei está fazendo é coisa rara nestes dias: uma pessoa se preocupar assim com outra (mesmo sendo seu Mestre), e pedir por ela, e não por si próprio". Percebo que isto deve mesmo ser raro entre as pessoas nos dias atuais, mas não para o Sensei, que tem arraigado em sua conduta o sentimento de gratidão, o qual ele (o Sensei) não cansa de tentar nos ensinar. A experiência foi marcante para mim - domo arigato gozaimashita;
- ainda pela manhã de sábado no templo, o treino de Kenjutsu, com muito suburi "light" e finalizando com o que ouso chamar, carinhosamente, de "Shiai de Vida ou Morte": transpondo isso para a Vida, percebo que muitas vezes não temos uma segunda oportunidade, em diversas situações; então devemos encarar cada desafio desta forma, mesmo. Embora no shiai possamos voltar para nova luta, as "flexões" dão a você, pelo menos, uma certa sensação de "fui vencido.
Então como devo proceder para não morrer de novo?
Ser imbatível.
Domo arigato gozaimashita!!"
Ricardo Lopes( Unidade Brasilia)
Durante o convívio com um mestre ou com alguém que almeja "compreender a vida com a luz da Verdade" se estivermos atentos (e sedentos) em descobrir, compreender ou buscar por mais um aprimoramento no Caminho acabaremos por descobrir que novos aprendizados surgem a todo momento.
Temos que ter, pelo menos, esta força de vontade (e que não é tão absurda assim) como a de Ricardo: a de "pegar" um avião na véspera de feriado para treinar, conviver e depois retornar no sábado ao seio de sua família e isto, sem "perder" o feriado.
Treino demais faz mal, descanso demais, pior.
Assim como na noite escura
também no coração
procuremos acender uma luz
para não nos enganarmos no Caminho...
Domo arigato a todos que estiveram comigo nestes dias iluminados.
"Como siempre, me sorprendio el número de personas que se habían reunido para el gashuku, no simpre se reune tanta gente en una unidad