Na manhã de sábado quando chegamos ao Dojo(local de treino) já estava decidida a entrar para o Kenjutsu, (era somente praticante do Iaido) seria uma ótima oportunidade de treinar com o Sempai Fugita. Para todos nós seria uma honra e muito gratificante treinar com ele. Minha dificuldade começou logo com a colocação do Bogu (proteção), especificamente do taoru, mas logo consegui. No kenjutsu combate, aprendi vários detalhes sobre como consegui aplicar os golpes, alguns tinham êxito, mas a maioria não. Sempai Fugita me explicou como eu deveria proceder, mas a ansiedade foi minha inimiga em muitos momentos e por isso não me concentrava e não conseguia fazer o que tinha aprendido.
Inexplicavelmente todas as minhas dúvidas eram explicadas posteriormente, como se o Sempai Fugita adivinhasse as dificuldades, como colocar o Taoru, como o meu Kamae (posição de luta) me protegeria, como eu poderia me defender do Men (crânio) e Do(abdômen) ao mesmo tempo dentre outras dúvidas que no “Zem” eram sempre explicadas sem que tivessem sido perguntadas.
A experiência do Shiai (valendo ponto) também é algo que palavras não descrevem, tudo era aprendizado, conhecimento, atenção e aperfeiçoamento. Alguns golpes entravam, outros não e quando eu me preparava para acertar algum em alguma falha do adversário, eu já tinha levado um Kotê (antebraço). Dividir esse momento marcante com pessoas de outras culturas e lugares tornaram ainda mais importante este momento para minha vida: Santa Catarina, Curitiba e Ponta Grossa, cidades próximas e distantes ao mesmo tempo, mas unidas por um objetivo, que era o Gashuku com o Sempai Fugita. Era como se fossemos todos da mesma família.
Penso que aproveitei cada segundo desse Gashuku, mesmo exausta, todos os momentos tiveram sua importância na mente e coração de cada um que estava presente, os treinos intensivos, a canção do Hino do Niten, os votos do Hagakure, o Birudo, a convivência com amigos.
Arigato Gozaimashitá Sensei e Sempai Fugita pela oportunidade de conhecimento que tive nesse Gashuku.
- Luciana (Unidade Ponta Grossa)
Gashuku APM São Paulo - março de 2010
No segundo dia de gashuku dos três dias em que estive presente, o Sensei nos pediu para escrever uma frase breve que resumisse nosso sentimento e visão com relação ao gashuku. A minha escolha foi essa: "Aprender e treinar o estritamente correto."
Isso resume o que se passou neste gashuku. Uma oportunidade de ouro de estar ao lado do Sensei durante três dias de convívio e ouvir diretamente do mestre cada detalhe desde os mais básicos que aprendemos em nossos primeiros dias de aula aos mais complexos e quase imperceptíveis. Foi, como abordamos ultimamente, uma RENOVAÇÃO TOTAL.
É como comentamos entre nós: Só estando presente para sentir, saber e assimilar o que se passou neste gashuku. Vale sim por meses de treino. Além disso, rever e cruzar espadas com colegas e amigos e dar muitas risadas ao lado do Sensei e dos outros alunos é sempre uma experiência única. Vale a pena experimentar.
Rocco- Coordenador Curitiba