Último treino do ano... treino forte, sem interrupções, como um “desafio” sem fim, onde as modalidades eram intercaladas com suburis. Ninguém parou. Ninguém desistiu. Todos queriam fechar o ano com suor e com garra. Lembrei-me do tempo em que estive afastado dos treinos, fora do país; lembrei-me do Happyoukai; lembrei-me de todo o ano... valeu a pena!
Cansados, mas felizes, unimos os braços "como elos de uma corrente"e cantamos o Hino do Niten.
Saímos dali e fomos confraternizar como guerreiros que brindam em justo reconhecimento pelos esforços. E, neste gesto, agradecemos a tudo que obtivemos no ano.
Domo arigato gozaimashita, a todos os alunos; ao Derek, Erik, Sandra, Clóvis, Silvana e Patrick, por conduzirem juntos comigo os treinamentos neste período, levando uma nova energia aos alunos, e pelo apoio em todo o ano.
Especialmente, domo arigato gozaimashita, Sensei, por nos permitir tudo isso.
Uma forma interessante de avaliar uma situação é colocar-se um pouco de lado e procurar enxergar “com outros olhos”. Dessa forma, algumas vezes podemos ter uma visão interessante, diferente do que imaginávamos.
Isto ocorreu comigo durante o Happyoukai da Unidade Goiânia. Sendo o Coordenador-responsável, tenho uma impressão pessoal sobre os alunos no dia-a-dia. Mas, ao retornar de uma viagem de cerca de 40 dias, pude ver a apresentação conduzida pelos alunos, monitores e coordenadores, quase como um expectador, apesar de ter participado em parte. E o que vi me impressionou, positivamente. Gostei.
Desde a energia dos Kihons de Niten Ichi Ryu, iniciando o evento; passando pelos Dai Kihon (Ichi e Ni); as técnicas evidenciadas no Iaijutsu e do kumiai, onde a precisão se mescla à concentração e uma “plasticidade” da beleza do que é simples, e eficaz; as apresentações de Jitte e Kusarigama, inéditas para o público local e até para alguns alunos da Unidade; e finalizando com o kenjutsu, onde os combates foram, ao mesmo tempo, ferozes e técnicos.
Quis participar, é claro, e apresentei, com o Coordenador Patrick (DF) os katas com a espada curta (shoto) do NIR, para que os mais novos vejam mais possibilidades do Kobudô.
Ao final, nosso agradecimento aos familiares, razão de estarmos aqui. A confraternização transcorreu animada, sem distinções, e a conversa “rolando solta” mostrava essa alegria. Neste ponto, afastei-me novamente por um momento, para apreciar, nessa “família” de pessoas unidas por esta cultura antiga, o que nós fizemos neste ano!
Sempre que preciso me ausentar por um ou mais treinos, volto pensando algo do tipo: "Como estou um tempinho parado, com certeza deve ser um treino mais puxado fisicamente... será que vou dar conta de chegar ao fim?". Muitas vezes acabo errando essa "previsão". Mas dessa vez, creio que tal tipo de treino tenha vindo na melhor hora possível.
Kaluzny - GoiâniaUm treino que eu não esperava, assim como não esperava ser capaz de resistir tanto. Meu limite é maior do que eu pensava. Arigatô gozaimashitá aos Senpais por me mostrarem isso. (Continua)
Simas - GoiâniaEm plena semana de provas e final de semestre fizemos um treino que beiramos a exaustão. Encontrei as energias para terminar o ano de um jeito muito melhor do que comecei. Arigatô gozaimashitá! (Continua)