A Undiade Rio de Janeiro do Instituto Cultural NIten promoveu neste dia 18 de janeiro, sábado, pela primeira vez a Palestra da Monja Coen Murayama sobre o Zen e as artes Marciais na sua Cidade.
A Monja Coen, maior autoridade do Zen na América Latina, há quatro anos promove a palestra em São Paulo relacionando os estudos dos alunos do Instituto NIten com o Zen. A palestra se incorporou ao currículo do curso e do método KIR que o Sensei Jorge Kishikawa oferece aos seus alunos de KENJUTSU, JOJUTSU e IAIJUTSU. Através do Método KIR, as aulas práticas são complementadas de eventos culturais, aulas audiovisuais sobre cultura japonesa e palestras, dentre as quais esta é uma das mais importantes, e ocorre no mímino uma vez por ano.
Este ano, a Palestra foi levada para uma das 18 cidades fora de São Paulo que também possuem unidades do Instituto. Os mais de 70 alunos da Unidade do Rio de Janeiro, sob coordenação do Monitor Wenzel Bohm, que conheciam as palavras da monja somente através dos vídeos de palestras anteriores, puderam conhecer a forte presença e a amabiliadde dos gestos e olhares da Monja, que estuda o Zen há décadas, já passou longos períodos em treinamento no Japão e hoje é a Mestra mais importante na difusão do Zen no Brasil.
Na palestra Sensei Coen seguiu a história de Sidharta Guatama, o BUDA, na antiga Índia e a de Bodhidharama, o patriarca das artes marciais. Ao lado dos fatos históricos e das lendas, a narrativa da Mestra do ZEN esteve repleta de observações que mostravam a forma própria do ZEN de ver a realidade e a vida, conseguindo com sua voz ritmada e suave aguçar a percepção dos ouvintes.
Na ocasião a Monja Coen também veio apresentar aos alunos e interessados presentes o livro de sua prórpia Mestra, Shundo Aoyama Rôshi, abadessa do Mosteiro Zen-budista onde a MOnja treinou no Japão. O Livro "Para uma Pessoa Bonita" contém contos e a experiência de vida da abadessa, e está sendo lançado no Brasil com prefácio da Monja Coen. "Para uma Pessoa Bonita" inicia lembrando que após os quarenta anos de idade, somos responsáveis por nosso rosto e aparência, tendo formado eles ao longo da vida através de todos nossos atos, gestos e decisões. Os alunos de Kenjutsu indentificaram em seus treinamentos uma forma de aprimorar o coração para esta jornada, e entenderam as artes marciais serem também uma importnate ferramenta neste objetivo em comum com o Zen.
A palestra e o contato com o ZEN são fundamentais buscar este objetivo de recuperação do potencial humano através da espada, formando guerreiros no dia-a-dia que tragam vida às suas realizações e harmonia com os seres. O Método KIR, aplicado no Instituto visa principalmente este objetivo. "Encontramos nas palavras da MOnja Coen sempre um eco muito grande de nossos objetivos no treinamento de todo o grupo. É uma forma de compreendermos melhor aquilo que buscamos sob orientação do Sensei Jorge Kishikawa", conta Wenzel.
"Pareceu-nos que o objetivo da Monja Coen e do Zen-Budismo é quase o mesmo daquele que buscamos no nosso treino de KENJUTSU, só que eles praticam fazendo ZAZEN e nós praticamos treinando a espada." Afirma Alexandre Ormond, aluno da UNidade do Rio de Janeiro e completa que deseja agora também experimentar períodos maiores de ZAZEN, além dos minutos que são meditados antes e ao final de cada treino do NITEN.
"Ouvir as palavras da Monja Coen é como se colocar sob uma forte cachoeira, há uma enorme força e energia nelas, que quase te derrubam se não se esforçar para ficar em pé, mas são como água: não machucam"
A palestra também esteve aberta a alunos de outras artes marciais e a interessados em geral, todos surpreendidos como os temas de Sidharta Guatama e as histórias do ZEN se tornaram formas diretas de discutir as grandes questões que envolvem as artes marciais: o desenvolvimento espiritual.
DOMO ARIGATÔ GOZAIMACHITÁ
MONJA COEN
COEN SENSEI!
Fotos dos alunos do Rio de Janeiro no torneio brasileiro de Kenjutsu, Jojutsu e Iaijutsu por equipes do Niten, em São Paulo
KOKENSHIAI entre alunnos de todo o Brasil no torneio. Aqui treinamento em conjunto de KATAs
Foto do último golpe da competição. Imparato, capitão da equipe ANA ROSA A (esq) entra com um DO IPPON em Renault (dir), capitão da equipe Rio EDO, enquanto esse já pulava no MEN adversário.
Luta da final entre ANA ROSA A e RIO EDO
Luta da final entre ANA ROSA A e RIO EDO
Luta da final entre ANA ROSA A e RIO EDO
Kenjustu feminino, Cristina (dir) pulando no Men
Shoite, da equipe campeã ANA ROSA A faz a reverência após vencer sua luta e abrir a possiblidade de vitória para sua equipe.
Torneio do NITEN: vitória de todos
As equipes campeã e vice se cumprimentam após a reverência final do combate
As equipes campeã e vice se cumprimentam após a reverência final do combate
Monitor Wenzel Bohm, Coordenador da Unidade Rio foi também o organizador do torneio
Foto oficial , clique para ampliar, se você esteve lá, encontre-se na foto!
Matéria sobre o evento no jornal São Paulo Shimbun, da colônia japonesa em São Paulo
"A mente é a nossa maior traidora"
por Daniel Senos, 12 anos
O jovem samurai refletindo sobre o significado da sua espada!
Essa é uma frase que me fez refletir o dia todo. Uma frase que mudou todo o meu conceito sobre a mente. Eu pensava que, minha mente era minha fiél companheira, mas nesse dia, ao ouvir as palavras da sensei Coen, quando essas palavras tocaram nos meus ouvidos, foi como se fosse uma voz da verdade. Comecei a me lembrar de situações que minha mente provavelmente tinha me traído, e eu, ingênuo, culpava outras coisas que não tinham nada a ver. Essa foi uma das mais importantes lições da minha vida
Outra coisa que me fez refletir no dia, foi o que a sensei Coen falou sobre a espada. Sensei Coen disse que é mais fácil enxergar a espada como uma arma assassina, ou seja, é mais fácil um praticante trilhar o Caminho da ‘’espada que tira a vida’’ do que o Caminho da ‘’espda que dá a vida’’. Minha conclusão sobre isso, é que a espada é uma arma ofensiva, pois você corta, você mata para dar a vida. Mas a filosofia da ‘’espada que dá a vida’’ é bem diferente da filosofia da ‘’espada que tira a vida’’ pois, no Caminho da ‘’espada que tira a vida’’ o objetivo é tirar a vida e pronto. No caminho da ‘’espada que dá a vida’’ você tira a vida para proteger uma outra vida.
Terminando: A palestra foi super-interessante, a sensei Coen é extremamente simpática e tem uma vasta sabedoria.
Domo Arigato Gozaimashitá, Sensei,
Por me dar essa grande oportunidade
Domo Arigato Gozaimashitá Sensei Coen,
Por aceitar com entusiasmo o nosso convite
Domo Arigato Gozaimashitá Wenzel & Célio Sempai,
Por tudo o que vocês tem feito por nós
Sayonara
Senos
UMA OPORTUNIDADE ÚNICA
por Alexandre Ormond
Reflexão sobre estar "preparado" e a procura do aluno pelo mestre
Com a palestra da Monja Coen, realmente tivemos uma oportunidade única aqui no NitenRio. Vários são os “Budas”, como disse a própria Sensei, mas as pessoas que os veiculam e os momentos em que nos encontram são sempre únicos. Assim como somos diferentes de quem éramos 10 segundos atrás, a próxima palestra ou mestre nos serão muito distintos.
Isso ficou bem claro para mim, pois muitos dos ensinamentos da Sensei eu já havia ouvido antes, de outra forma. Isso me mostrou uma harmonia e uma noção de “Todo” que aumentou a minha percepção do mundo. Muito que para mim era conflituoso e incoerente começou a fazer mais sentido e sentimentos irrequietos atingiram um certo grau de calma bem pacificante.
É muito comum ouvir que quando o aluno estiver pronto o mestre o encontrará. Em momento algum eu me senti “preparado” ou que estivesse fazendo à Sensei Coen o favor de aprender alguma coisa. A Sensei provou definitivamente algo que, no fundo, todos sabemos: “Estar preparado” é uma ilusão e, de fato, é o aluno que deve procurar o mestre.
A vida, em toda a sua forma e extensão, é um eterno estado de preparação, para tudo e para o nada, então “estar preparado” é apenas uma ilusão egoística. É o ego tentando puxa-lo para escuridão da prepotência e da ignorância.
Também, é o aluno que deve buscar o mestre. É a busca genuína do coração que coloca o conhecimento em nosso caminho e nos aproxima da verdade. É verdade que temos que ser um pouco passivos, render nosso ego para aprender, mas ficar “parado” é algo diferente disto, e muito nocivo.
Um verdadeiro aluno deve colocar em prática o que aprende e sente. Esta, talvez, seja a parte da jornada em que provamos nossa força. Só para ilustrar isso, eu decidi evitar usar a palavra “não” e outros termos negativos. Com exceção deste parágrafo, acho que fui razoavelmente bem sucedido, mas foi muito difícil. A cada frase sempre havia um primeiro pensamento que me impelia a negativizar a sentença.
Isso me mostra que o caminho apenas se delineou, nem começou ainda, e eu estou com mais dúvidas que antes. Entretanto, como todos os verdadeiros mestres, a Sensei substituiu as dúvidas nocivas por aquelas que impulsionam e iluminam, ajudando-me a aliviar um pouco os véus que me cobrem a vista.
Sensei Coen, Arigatô Gozaimashitá Sensei Kishikawa, Arigatô Gozaimashitá.
Ormond – Unidade Rio de Janeiro
Sua tranqüilidade contagiante, suas palavras calorosas, seu sorriso sincero...
por Cristina Hodge
ainda temos muito a aprender. Ainda bem!
Conheci a Monja Coen pela primeira vez em uma revista. Li sua entrevista e fiquei bastante impressionada. Mas jamais pensei que a conheceria pessoalmente. E por duas vezes! A mistura do rosto sereno, com sua voz doce e suas palavras hipnotizantes me fizeram, de imediato, sua admiradora. Ao sair de suas palestras, me senti mais forte, mais tranqüila, mais feliz... Neste mundo individualista e agitado em que vivemos é muito raro encontrarmos uma pessoa como a Monja. Sua tranqüilidade contagiante, suas palavras calorosas, seu sorriso sincero... Nos faz parar para pensar que apesar da vida ser dura, há muitas e muitas coisas boas nela. E que ainda temos muito a aprender. Ainda bem!
Deixo aqui meus sinceros agradecimentos à Monja Coen, pelas horas maravilhosas em que passei ouvindo suas palavras.
Domo arigato gosaimashita!
Cristina Satchko Hodge
A DIFICULDADE É ILUSÃO
por Luís Eduardo Jason
Lá estava ela mostrando que não devíamos precisar dela
A expectativa era grande e, como sempre, errada;
A reverência pelo conhecimento produziu em mim a ilusão - esperava ver uma mestra sagrada e misteriosa, guardiã de segredos além da compreensão mortal. Coen Sensei, entretanto, veio destruir a ilusão; aliás, muitas ilusões.
Numa simplicidade que me tocou pessoalmente mais do que qualquer outra coisa naquele dia, ela conseguiu mostrar, apesar da imensa dificuldade da tarefa, que somos incapazes de ver que não precisamos aprender nada novo. Acho que este é o verdadeiro objetivo de todo mestre: nos mostrar, dentro de nós mesmos, o conhecimento.
Somos todos feitos das mesmas moléculas que as estrelas, e lutamos as mesmas batalhas todos os dias contra ar e água, fogo, terra e vácuo. Somos todos o mesmo. E foi nas palavras simples e no sorriso fácil da monja Coen que eu vi - pela primeira vez um pouco mais nítido. Lá estava ela me mostrando que não devíamos precisar dela. Todas as coisas ao nosso redor são maravilhosas, há tanto de maravilhoso em nós mesmos, que podemos aprender o infinito em qualquer coisa. Mas é preciso ter uma sabedoria muito especial para mostrar isso; só os maiores mestres conseguem transmitir o óbvio - o conhecimento que se revela por trás de toda a realidade; a verdade que está em cada um de nós. E o único jeito de aprender é lutando consigo mesmo. Só tenho a agradecer ao Kishikawa Sensei e ao Instituto Niten. É um lugar onde o aprendizado nunca acaba. É um lugar onde aprendemos a aprender cada vez mais.
Arigatô Gozaimashita
Luís
COMEMORAMOS OS 2 ANOS DA UNIDADE COM UM TORNEIO DE CONFRATERNIZAÇÃO E FESTA
Há dois anos Sensei Sensei Jorge Kishikawa e mais 3 de seus alunos iniciavam um treino de Kenjutsu no RIo de Janeiro. Foi uma manhã de sábado, chuvosa, entre pingos e vento frio do oceano. Eram as únicas pessoas em quase toda extensão da praia, faziam o primeiro treino do Instituto Niten no Rio de Janeiro, lutando com Bogu na areia.
Após dois anos o Niten conta agora com duas unidades no Rio e mais de sessenta alunos, e neste 9 de novembro realizou o segundo torneio Carioca de Kenjutsu-Jojutsu e Iaijutsu para comemorar a data do aniversário.
O torneio e a festa ocorreram na Unidade Botafogo do Niten, com apresentações das três modalidades, luta demonstrativa dos monitores da Unidade: Wenzel Bohm e Célio Barcellos e as competições divididas em 6 categorias, quatro das quais de Kenjutsu.
No Kenjutsu infantil um surpreendente equilíbrio entre atletas de 9 e 14 anos. Além do infantil no Kenjutsu também as categorias: masculino sem Graduação, feminino, com forte Kiai, e masculino para graduados com 7º kyu e acima.
O torneio de Iaijutsu foi disputado com 3 sequencias do Suiyo Ryu , estilo imortalizado pelos quadrinhos do Lobo Solitário, e a categoria JOJUTSU foi disputada entre duplas que realizaram sequencias do Shindo Muso Ryu.
A festa contou ainda com a presença de familiares, amigos e interessados nas artes samurais e no Instituto NIten, que utiliza o Método KIR, criado pelo Sensei Jorge Kishikawa, focado principalmente no desenvolvimento das qualidades humanas do indivíduo. Após o torneio todos confraternizaram juntos e brindaram a mais um ano de treino, eventos e aprendizado.
"No Instituto NIten treinamos a utilizar a espada do espírito para tomar decisões. Através do treino e da orientação dos mais antigos e do Sensei Jorge Kishikawa procuramos que estas decisões sejam as da espada que traz a vida (Katsu-jin-ken), ao contrário da espada que tira a vida (satsu-jin-ken). O torneio é sempre um momento importante de testar a capacidade de tomar decisões rápidas numa situação de limite, sem de fato ser real. Mas a adrenalina do momento simulam este estado de "vida ou morte", e é importante treinar esta situação para estar melhor preparado para as situações da vida. Todos ganhamos, e os alunos se divertiram muito!" conta o Monitor Wenzel Bohm, coordenador da Undiade Rio de Janeiro nestes dois anos.
Kenjutsu Sem Graduação:
1º lugar: Marcus Vinícius Menezes (15)
Jojutsu (Duplas):
1º lugar: Marcus Viicius Renault (16)/ Márcio Felisardo (24)
Iaijutsu:
1º lugar: Ricardo Silva (12)
Kenjutsu Infantil
1º lugar: Pedro Musacchio (13)
Kentutsu Feminino
1º lugar: Cristina Satchiko Hodge (29)
Kenjutsu Graduado
1º lugar: Marcus Vinícius Renault (16)
Os alunos do Niten nesse domingo,17 de Novembro, foram ao Parque Lage se preparar para o 1º Torneio de Equipes a ser realizado em São
Paulo no início de Dezembro. As 9 horas nos reunimos para iniciar o treino especial desse dia!
Todos começaram o dia treinando 9 tipos diferentes de katas para depois, divididos em duas equipes (ou clãs, como foram chamados) se
enfrentarem ao longo dos inúmeros e tortuosos caminhos do Parque, bem fechados pela vegetação.
O objetivo do jogo era alcançar a "bandeira" adversária (os monitores Wenzel e Célio), mas para isso os componentes de cada grupo teriam que se enfrentar realizando os katas.
O critério de vitória com a prática do kata era avaliado pelos próprios oponentes, de acordo com os detalhes de cada sequência. Quem se sentisse derrotado diria MAIRE MACHITÁ, reconhecendo a vitória do colega e retirando o HATCHIMAKI da cabeça.
O calor era intenso mas os "samurais" estavam para a batalha, e para que não fossem descobertos entre a mata antes da hora certa!
No final, muitas crianças que também visitavam o parque se encantaram ao poder segurar bokutos e shinais e poder gritar banzai junto com todos.
O dia terminou empatado entre o CLÃ do Lago e o da Floresta. Ficamos todos ansiosos por continuar a batalha pelo Parque.
Suzana Elek
Um mestre zen chamado Gettan viveu no período final da era Tokugawa. Ele costuma dizer:
“Há três tipos de discípulos: aqueles que transmitem o Zen aos outros, aqueles que mantêm os templos e santuários. E além deles há os sacos de arroz e cabides de roupas.”
Gasan expressou a mesma idéia. Quando estava estudando sob a direção de Tekisui, seu instrutor era muito severo. Algumas vezes até batia em Gasan. Os outros alunos não agüentaram esse tipo de ensinamento e foram embora. Gasan ficou, e dizia:
“Um discípulo pobre utiliza a influência de um instrutor. Um discípulo justo admira a amabilidade de um instrutor. Um bom discípulo torna-se forte sob a disciplina de um instrutor.”
No Caminho da espada também é assim, existem aqueles que simplesmente fazem uma “terapia ocupacional”, como outra qualquer: corte-costura, jazz, xadrez,... há aqueles que apenas seguem as regras mecanicamente sem saber ao certo o porquê, e há aqueles que perpetuam o Caminho pela compreensão através da sua prática.
Experiente Monitor também lutou com duas espadas contra todos alunos graduados.
No dia 3 de novembro de 2002, três alunos acompanham o monitor Wenzel ao treino de Juiz de Fora, coordenado por Marcelo Kneip todos os Domingos. M.V Renault, Pedro Bittencourt e Ricardo Silva. O resultado dos três no torneio carioca na semana seguinte, e seus desempenhos adiante sugerem que ir a Juiz de Fora é caminhar muito, adiante!
A Unidade Juiz de Fora como sempre recebe calorosamente os colegas do RIO, ARIGATÔ GOZAIMACHITÁ JUIZ DE FORA!
RELATO DE PEDRO BITTENCOURT
PREPARANDO-SE PARA A HORA DE DECIDIR
Domingo, 3 de novembro tive a oportunidade de participar de um treino especial. Pela manhã Sempai Wenzel e eu chegamos à rodoviária Novo Rio, onde estavam a espera Renault e Silva, e embarcamos em um ônibus para Juiz de Fora. Durante a viagem Wenzel e o Renault aproveitavam o tempo para acertar inúmeros detalhes do torneio que ocorrerá esta semana para os dois anos da unidade no Rio.
Após uma viagem tranqüila chegamos no destino. Fomos recebidos pelo sempai de Juiz de Fora Marcelo Kneip na porta do ônibus. Em seguida almoçamos no restaurante da rodoviária, que servia comida mineira, mas pensando no treino logo em seguida tivemos que escolher bem o que íamos comer.
Então, às duas e meia da tarde chagavamos à quadra da CRAC. Na porta do local de treino encontramos os conhecidos da ultima visita e os novos alunos. Nos arrumamos, depois Wenzel conversou com o grupo de Juiz de Fora, coordenado por Marcelo Kneip enquanto Renault, Silva e eu checamos e arrumamos os equipamentos que foram trazidos do Rio.
Finalmente às 3:30 começava o treino, já puxado desde o início. Treinamos exercícios básicos, contra-golpes e luta (com e sem as regras do torneio). Com a ajuda de muito Kiai e um apito, Sempai Wenzel puxava a enerfia de todos até seus limites, com MEN MEN MENs e KIRKAISHES por toda extensão da quadra, novas lutas e lutando ele próprio com todos também.
Quando terminou o treino estavam todos exaustos e de alma lavada. Na conversa final, Sempai Wenzel lembrou sobre as durezas que o treino proporciona, e a vitória que é poder superar elas. Nos despedimos dos colegas com uma vitória e o pessoal do Rio foi direto para a rodoviária novamente com a ajuda do sempai Kneip e Martins.
Compramos as passagens e esperamos num restaurante, onde comemos e falamos sobre o treino em Juiz de Fora enquanto esperávamos o horário de partida do ônibus para o Rio.
Foi um treinamento intensivo e uma grande oportunidade para nós de treinar na unidade Juiz de Fora, conhecer novos companheiros do caminho e poder cansar bastante. Com certeza esse treinamento fará diferença na hora do torneio.
Domo Arigato Gozaimashita
Unidade Juiza de Fora
Unidade Rio de Janeiro
Jorge Kishikawa Sensei
Wenzel Sempai
Sayonara
Pedro Bittencourt e Silva, RJ
de Juiz de Fora vieram ao 2o torneio Carioca de Kenjutsu-Jojutsu-Iaijutsu: Marcelo Kneip e André Martins, com muito Kiai vencendo e dando muito trabalho aos oponentes mais antigos e mais técnicos do Rio de Janeiro,
do Rio de Janeiro participaram do treino em Juiz de Fora neste dia:
Ricardo Silva, 1o lugar IAIJUTSU 2o Torneio Carioca,
Pedro Bittencourt, 2o lugar JOJUTSU e 3o lugar IAIJUTSU no 2o torneioCariocae
Marcus Vinicius Renault, 1o lugar KENJUTSU Masculino-graduados 2o torneio Carioca
Na foto: Rodrigo, Renault, Bittencourt, Wenzel, Marcelo Kneip, André Martins e Gerken, agachados: Silva, Bara eValente
Wenzel levanta JODAN contra Renault, que arma o CORRENTEZA DO LESTE em defesa
Silva, Renault e Bittencourt
Musashi foi convidado pelo poderoso senhor feudal do Clã de Hosokawa para pintar um quadro do Bohidharma (Daruma) o Patriarca do Zen na China. Então, Musashi com poucos e rápidos traços do seu pincel fez a pintura que realmente tinha ficado muito boa e o Senhor Feudal tinha-lhe ficado muito grato e satisfeito, mas... Musashi não tinha se contentado com seu trabalho.
Tarde daquela noite soou o alarme avisando de um intruso na câmara imperial. Guardas chegaram correndo com suas lanças e lanternas e encontraram Musashi no centro do quarto com papel e pincel, exatamente como ele tinha feito antes.
Como todos sabiam que ele era um convidado especial do senhor feudal, eles O chamaram em pessoa para dar instruções sobre o que fazer.
Normalmente um intruso era executado no ato, no local da invasão. O Senhor chegou e Musashi lhe presenteou com uma nova pintura de Bodhidarma. Era uma obra-prima além da imaginação e o Senhor Feudal ficara extasiado.
Foi então que Musashi explicou: "Quando o Senhor me pediu pela primeira vez, eu segurei o pincel como se fosse um pintor. Mas eu não
sou um pintor. Eu sou um Samurai. Por isso eu não fiquei satisfeito com a primeira pintura. Desta vez eu segurei o pincel como uma espada, e agora o Senhor pode ver minha verdadeira arte"
(Tirado do livro "Kodo - Ancient Ways")
Na visita que fizeram ao Rio de Janeiro, os cinco mestres do Nihon Jofdo Kai, incluindo Kaminoda Sensei, conheceram os pontos turísticos da cidade, mas não deixaram sua generosidade e devoção ao Caminho de lado, e treinaram com a Unidade nas areias de Ipanema.