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Pensamentos e comentários do Sensei


13-mai-2017

Cuidando de Perolas - Família Lopes





"Treinar em família é algo único, que a cada ano que passa eu percebo novos benefícios que traz para todos nós. Lembro de quando era criança e não podia treinar, como meus pais já faziam questão de levar eu e meu irmão ao dojô. Longe estávamos de entender que aquilo era muito mais que uma luta, com espadas e gritos.
  Nesses 11 anos de Niten com a família inteira treinando, aprendi muito do que meus pais já falavam, reforçado pelo treinamento espiritual, o que me orientou durante as primeiras batalhas de minha vida, como o vestibular. E que venham muitas outras!
  Nos últimos anos, o Caminho em família tem me mostrado uma nova perspectiva. Devido à profissão de meu pai, nossa família acabou se dividindo entre Brasília, Goiânia e, mais recentemente, Rio de Janeiro. Mais do que aproximar-nos uns dos outros, o treinamento nos manteve unidos, independente das distâncias. Seja ao recitar os votos do Hagakure, lembrando de seus primeiros Senpais, que são seus pais, e querendo servi-los da melhor forma possível; ou ao reencontrar um irmão após semanas ou meses e, mais do que querer sair juntos, querer cruzar espadas novamente. São as pequenas coisas, como uma luta para comentar, sentarem todos juntos para almoçar e tantos outros detalhes que passam despercebidos principalmente pelos mais jovens, como eu.
  Para nós, que treinamos, podem parecer coisas naturais, mas já não estranho quando os pais de meus amigos comentam "como a família de vocês é unida!" ou "como você e seus irmãos se dão bem!".
  É quase impossível calcular quantas horas nós passamos juntos durante esse tempo, entre treinos, gashukus, torneios, shiais no dojô e, principalmente, fora dele. E, infelizmente, é tão difícil quanto imaginar quantas famílias tiveram a oportunidade de passar por tantas coisas juntas. A oportunidade de conviver, crescer, e permanecerem unidas e fortes. Em minha opinião, isso é ser Família.
 
Domo arigatô gozaimashitá Sensei, por ter acreditado e contribuído tanto para a família Lopes nesses mais de 20 anos!
Domo arigatô gozaimashitá Senpai Ricardo Lopes, Senpai Patrick Lopes, Senpai Silvana Lopes e Derek Lopes, por me fortalecerem e trilharem comigo esse Caminho que já é parte do nosso cotidiano!"

Erick - Filho - Coordenador do Niten em Brasília

"Em nossa casa, o Niten está presente há anos. Lembro-me de ter 6 ou 7 anos e ir ao dojô assistir treinos, ficar empolgado com as lutas e em silêncio durante o mokusô, que, na época, eu não fazia ideia do que era. Lembro-me de participar dos eventos como familiar, conhecer as pessoas e experimentar aquela “luta legal” que meu pai e meu irmão mais velho faziam, mas de ainda não poder treinar devido à idade. Mais do que isso, lembro-me da “Tarde de Samurai” o evento de 2006 que deu início ao Kir Jovem na unidade Brasília e, assim, ao meu caminho no Niten.
Nesses 11 anos, vários momentos de convivência familiar surgiram a partir do treino. Conversas no carro a caminho do dojô, lanches comentando sobre o treinos e viagens a outros estados formaram um forte elo entre nós, que nos mantêm indo para frente e nos apoia, não apenas no caminho, mas no dia a dia. É a junção da “cumplicidade” de familiares, do respeito aos Senpais (mesmo na família) e da honra de lutarmos juntos, com o mesmo kanji estampado no kimono e dizer: eu faço parte dessa família.
Nesse tempo, senti na pele a tensão de enfrentar minha primeira guerra: passar no vestibular de medicina em uma instituição pública. Apertei o nó do kabutô, lembrei dos ensinamentos do Sensei e dos meus pais e estabeleci minha meta. Com muito senki e estudo, fui aprovado em 3 instituições, sem ter deixado de treinar. O que o Sensei e meus pais falavam se complementava, e me direcionaram para alcançar isso. Ler o Shin Hagakure, ouvir os Momentos de Ouro e sentir que em casa as pessoas me apoiavam e concordavam que sim, era essencial continuar treinando (embora alguns professores em cursinhos digam que não) formaram meu alicerce para o combate.
 
Domo arigatô gozaimashitá Sensei, por não apenas nos ensinar a técnica, mas por colaborar para unir e fortalecer ainda mais os Lopes e nossos princípios. À medida que vou me tornando mais velho, percebo cada vez mais que isso, a família e os valores, são essenciais no dia a dia!"
 
Derek Lopes - Filho - Coordenador do Niten em Brasília



 
"Lembro como se fosse ontem. Meu pai chegou em casa e comentou que de alguma forma (que não fez muito sentido na época) conseguiu contato com “um Sensei” de “uma arte marcial” até então desconhecida por mim, que ele tinha feito quando eu ainda era bebê. O mais impressionante, disse ele, é que por coincidência (ou não) ele viria para Brasília realizar o primeiro workshop e iniciar uma nova unidade. A cultura japonesa sempre foi presente na nossa família e esse momento despertou meu interesse. Essa conversa evoluiu para uma pequena apresentação do meu pai do que era Kenjutsu, mostrando revistas, fotos, seu antigo material de treino. É claro que eu fiz minha inscrição para participar do workshop, foi amor à primeira vista!
Os treinos começaram, os anos foram passando e cada vez mais minha família foi se envolvendo. Até o momento que todos treinaram juntos. No momento que compartilhamos essa energia, nunca mais fomos os mesmos. Tudo parece mais fácil, as relações e interações entre nós ficaram mais puras, a dedicação de todos aumentou. Somos uma alcateia, e faremos tudo para continuar unidos e firmes. Mesmo quando tivemos que nos afastar e morar longe, é só colocar o kimono e cruzar espadas que nos reencontramos.
De um lado mais pessoal, durante toda a minha formação intelectual e desenvolvimento das relações interpessoais tive a oportunidade de ter a presença, os ensinamentos e o convívio com o Sensei. Desde momentos mais simples do cotidiano (conversas, apresentações, seminários) até os momentos decisivos em minha vida (vestibular, monografia, prova do mestrado, entrevista no primeiro emprego) o Niten sempre esteve presente. A cada decisão, a cada ação o caminho estava sempre lá, sussurrando para mim através dos dias. Sempre vem uma lembrança de uma conversa com o Sensei ou um Momento de Ouro antigo para iluminar os próximos passos.
A conclusão que tiro hoje é que não pratico uma arte marcial simplesmente, muito menos aprendo sobre cultura e tradições japonesas somente. Hoje minha família (e todos os alunos do Niten) respira Bushido, segue os 4 votos não de uma forma automática, mas sim de maneira sincera e com o coração (kokoro kara).
A verdade é: o Niten me ensinou a viver.
 
Domo arigato gozaimashita Sensei, por ter visto potencial e acreditado em minha família, e por todos os ensinamentos dentro e fora do dojo. O Sensei
Domo arigato gozaimashita Senpai Wenzel, ADM e outros coordenadores do Niten, por todos os momentos e experiências de convivências que compartilhamos. Cada um deles foi importante para minha formação.
Domo arigato gozaimashita família Lopes, meu clã e minha fortaleza. Vocês são os grandes responsáveis por quem sou hoje. Serei eternamente grato."

Patrick Lopes - Filho Mais Velho - Coordenador do Niten em Taguatinga




 
"No mundo atual, alguém que tem uma boa formação, saúde e até um bom trabalho não deveria ter muito do que reclamar. Afinal, problemas e desafios vêm e vão; mas a vida segue e o tempo parece que sempre dá um jeito. Mas porquê, então, tantas pessoas são infelizes, mesmo que aparentemente bem-sucedidas, e a Humanidade parece viver uma crise de valores?
No meu pensamento, uma das causas disso é a ausência, para muitos, de dar valor a duas coisas que considero fundamentais: um Mestre e uma família. Ambos no conceito preciso da palavra.
Me permitam repetir essa História. Há pouco mais de vinte anos, quando resolvi que iria buscar conhecer a técnica e a filosofia do kendô, não tinha noção de o quanto aquela decisão mudaria minha vida, e também a da minha família.
Conhecendo pouco ou quase nada da cultura samurai, fui atrás do Caminho da Espada e encontrei exatamente o Mestre que precisava. Sorte? Coincidência? Não. Algo deve ter me guiado a me encontrar com aquele que influenciaria meus passos, e até muitas das minhas decisões, a partir dali.
O Sensei não é uma pessoa comum. Nunca foi. Nunca o vi lutando em Campeonatos, apesar de saber que ele era melhor, por muito tempo; acontece que eu não buscava isso. Mesmo tendo conhecido-o ainda jovem, e ter idade semelhante à minha, irradiava uma energia, autoconfiança e maturidade que pareciam me dizer: “o que você quer? O que quer para sua vida? Nem o treino, e nem a vida, são brincadeira. Levante-se e lute!” Desde aquele momento, eram as palavras do Mestre, o que eu precisava ouvir. Ainda hoje são.
Na verdade, creio que ele acabou me dizendo isso várias vezes, em intermináveis (pelo menos na minha impressão) treinos e combates em que eu era, sistematicamente, posto à prova. E nas nossas conversas, desde sempre Momentos de Ouro, que eu ouvia e levava comigo. Guardo até hoje alguns destes...
Não era fácil para mim pois, apesar de ter tido o privilégio de uma boa educação familiar, fundamentada em valores, educação e no esforço, na busca pelo crescimento na vida esquecemos ensinamentos importantes, deixamos de valorizar pessoas importantes, de agradecer, esmorecemos. Ao mesmo tempo que aquilo me fascinava, era sempre um desafio. Bushidô é difícil.
Mas que é bom para você, você quer para os seus. Não significa forçá-los a gostar do que você gosta, mas ensiná-los a valorizar o que é certo. E quando algo assim muda sua vida, a família parece sentir isso, e acompanha. Treinando ou não.
No meu caso, treinando.
Por isso, sou extremamente grato a eles por terem acreditado nesse Caminho que eu busquei há tantos anos e que eles, seguindo-o também, permitiram à nossa família crescer unida, transmitindo aos filhos uma criação que valoriza a honra, o respeito, o esforço, a gratidão; mas que também vive com alegria e busca superar os problemas. Que valoriza a própria família, em síntese.
E somos eternamente gratos ao Sensei, que nos mostrou um Caminho para crescermos juntos."

Ricardo Lopes - Pai - Coordenador do Niten em Brasília



 
"Desde pequenos, até por influência do pai, meus filhos começaram a ter grande fascínio por espadas e, como os filhos são o maior bem para uma mãe, eu queria que tivessem para a vida algo que agregasse valores, que junto com a base familiar fizesse deles homens de bem.
Nossa história com o Niten começou há mais de 20 anos, passou por missões da profissão do Senpai Ricardo, e-gans na época datilografados (alguém imagina isso?) e muito mais...
Meus filhos chegaram ao Niten na idade escolar primária e hoje um é formado e os outros dois estão na universidade. Sem jamais deixarmos de estar juntos, fazer passeios e treinar.
Os treinos e principalmente os Momentos de Ouro nos trouxeram mais união, cumplicidade e muitas conquistas. Até por que, no mundo atual, é muito fácil perder nossos filhos para amigos errados, drogas, jogos, e quem sabe o que mais?
Não é fácil, você levar meninos, depois adolescentes a manter o treinamento. Nem mesmo nós adultos costumamos fazer algo por tanto tempo! As vezes iam “emburrados” e no final do treino saiam sorrindo. Era o que eu e meu marido precisávamos para ter certeza que estávamos no lugar certo.
O tempo foi passando, os espíritos sendo forjados e a cada treino aumentando o amor e o respeito pelo Niten, pelo Sensei e pela família.
Por que escrever e contar parte da nossa história? Para dividir gratidão com todos aqueles que têm realmente importância na vida de minha família.
Infelizmente, não posso estar com eles o tempo todo, pois também temos que seguir nossas  vidas de trabalho e obrigações diarias. Então, além da minha presença como mãe, outras presenças fizeram a diferença em nossas vidas; e eu não poderia deixar de registrar a importância do Niten.
 
Tenho muita alegria em dizer que sou mãe de homens de virtudes samurais!
Domo arigato gozaimashitá Sensei."
 
Silvana Lopes - Mãe - Coordenadora do Nitem Brasília




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