Palavras dos Alunos sobre o 8º Torneio Brasileiro de Kobudô - Instituto Cultural Niten Ir para o Conteúdo

Palavras dos Alunos

Como foi o torneio para você?



Uma Grande Confraternização
Omar Carlos Furtado - Brasília


"Passado uma semana do "8ª Torneio Brasileiro de Kobudo", o sentimento que fica é de saudade. Foram dias de guerra onde cada um pôde demonstrar seu kiai, força de vontade, determinação e técnica. Dias para cruzar espadas, fazer novas amizades, confraternizar e perceber que o Niten é um só.
Independente da idade, sexo, etnia são todos samurais, ricos de espírito e que estão sempre prontos para qualquer adversidade.

Lembro-me que no Café do dia 25 de setembro o Sensei falou que os embates seriam decididos nos detalhes, o que foi a pura realidade. Fico muito feliz por ter visto combates onde o nível de técnica era tanto que somente um detalhe faria a diferença entre a vida e a morte. Isso mostra que o samurai precisa ter uma visão geral de tudo e que para chegar à perfeição. O hakama precisa estar passado.

Domo arigato gozaimashita.
Sensei pelo amor e carinho que vem dedicando ao Niten
Sempai Ricardo por nos auxiliar no caminho.
Unidade Campinas pela excelente organização do Torneio e por dois dias que valerão por meses de aprendizado.
Unidade Brasília e todas as outras Unidades por fazer do Torneio uma grande confraternização.


De Pai pra Filho
Fábio Oguri - São Paulo


"Neste torneio combinei com meu filho Arashi que passaria a ele toda a minha experiência em torneios adquirida em vários campeonatos que participei (vôlei, tênis de mesa, etc), e poderiam ser úteis também no Kenjutsu. Assim foi, na 6ª feira discutimos Sun Tsu, conhecer a si mesmo e ao adversário, tirar proveito do campo de batalha. E montamos nossa estratégia de combate, antes de dormir ensinei-o à meditar. Meditamos por 30 minutos, mentalizamos a estratégia de combate.
No sábado, a preparação para o combate, aquecimento, visualizar o adversário, respirar fundo e seguir.
Arashi vence o 1º combate, discutimos a luta. 2° combate foi melhor. 3º combate foi bem, faltou pouco. Fiquei orgulhoso e feliz comigo mesmo, pois havia cumprido minha missão como pai.
Chegou minha vez na categoria Senior, meu adversário é muito superior tecnicamente, decidi tentar surpreendê-lo com um ataque muito rápido, mas não deu.
No domingo para minha suprema alegria, Arashi me passou o “Gokui” que aprendeu observando as lutas no sábado da categoria Senior. Venci o combate no domingo.

Neste torneio pude crescer e vencer lado a lado com meu filho.
Só quem é pai sabe o quanto isto vale!"



Laura Caous no Shiai com mãe ao fundo incentivando
Preparar para o Combate
Karina Caous - São PAulo


A chuva cai e o guerreiro após a grande batalha, organizando e limpando seu equipamento, começa a refletir como tudo ocorreu...
Após muito treinar durante o ano, treinos com bokuto, shinai, Iaitô e os Momentos de Ouro, se prepara para o grande e decisivo momento que antecede a batalha. Não podendo de forma alguma esquecer de rever os detalhes: o detalhe da roupa do samurai (o kimono e Hakama sempre limpos e arrumados), equipamento em condições de guerrear, armas de reserva (bokuto, shinai e naginata), mapas, meios de locomoção, como e onde descansar e fazer as refeições. As horas parecem correr...
Chegado o dia e o exército a posto, recebe as últimas e importantes recomendações. E a batalha dá início.
Primeiramente, nosso pelotão de elite nos mostra quanto de técnica e Kiai devemos ter (kenjutsu masculino graduados), logo em seguida os pequenos samurais entram em ação, nos mostrando o quanto são fortes e valentes apesar do tamanho e idade. Os jovens demonstram muito Kiai e habilidade no manuseio da espada, alguns já são guerreiros forjados, outros com muita determinação estão quase lá. Os homens lutam bravamente entre si. As mulheres pequenas e grandes de tamanho guerreiam em igualdade nas técnicas e habilidades da espada. E, na retaguarda, os guerreiros(as) que nos proporcionam força e vontade de lutar (nossa família).
Durante dois dias, todos nós pudemos participar e observar as diferentes modalidades: Kenjutsu, Iajutsu, Jojutsu. As vitórias e derrotas fazem parte de uma guerra (8° Torneio Brasileiro de Kobudô). Aos vitoriosos que continuem assim, aos que não conseguiram colocar na luta tudo que aprenderam, treinar com mais afinco e seriedade. Parabéns a todos os participantes. Até a próxima guerra (Torneio).
Parou de chover melhor levantar e me preparar para os próximos combates....
Eu e meus pequenos guerreiros tivemos dois dias memoráveis.



Um só Kiai
Piero Folly- Rio de Janeiro


Tudo foi inesquecível. Os combates, as demonstrações, a organização, o birudô, as amizades, todos ficarão marcados no Caminho da Espada que trilho junto com meus Senpais, Kohais e meu Sensei. O "gokui" que captei deste torneio foi muito especial para mim, e real tanto dentro quanto fora do Dojo. Se fosse resumi-lo em uma palavara seria "Integração". Na vida não somos tão independentes quanto achamos, sempre dependeremos de algo maior ou menor que nós. Se quisermos ser vitoriosos teremos de aprender a ser gratos pelos que nos ajudaram no passado e ser humildes para perceber que não realizamos nada sozinhos.

O torneio teve esta energia de integração, de conhecimento dos que estão à nossa volta, de amizade e de confraternização. Fiquei muito feliz de ter conseguido o primeiro lugar no torneio de equipes, mas percebi que minha felicidade maior foi de ter cumprido meu papel como parte da equipe e ter levado cada um a ser vitorioso. Isto só foi possível a meu ver quando percebi que teríamos de agir como uma unidade e não individualmente. Eu havia ficado sem dormir algumas noites antes do torneio pensando o que poderia fazer para que fôssemos vitoriosos. Me lembrei que a muitos anos atrás uma equipe do Rio de Janeiro, mais conhecida como equipe Edo, marcou história pela sua de postura e forma de combate.

Tracei minha estratégia de combate pensando como a equipe Edo se portaria. Pensei que para agir com postura seria preciso agir como unidade, como uma máquina de combate só, e para isso teríamos de nos integrar. Com a energia de confraternização que estes dias tiveram pude conhecer melhor com quem estaria lutando lado a lado e isto nos tornou mais próximos como grupo.

Um pouco antes de entrarmos na quadra pedi para nos reuníssemos e juntos ali demos o nosso grito de guerra até acabar nossos fôlegos enquanto as outras equipes apenas nos olhavam, depois disso eu soube que nossos espíritos estavam integrados apontando o kamai para um mesmo lugar.

Arigato Sensei por mais um evento inesquecível e por nos guiar no Caminho.



Uma Bela Opotunidade
Omar Carlos Furtado - Brasília


Minha primeira participação nesse Torneio foi inesquecível.

Participamos do NARABÊ e de um aquecimento inicial. Durante o torneio sempre acompanhava tudo que podia. Na verdade, era difícil tirar os olhos das disputas. Havia tanto para aprender e apenas dois olhos para fazer MIGUEIKO.

Senti honrado com uma oportunidade de servir quando fomos ajudar a organização do evento. Servi à mêsa do SENSEI e SENPAIs mais velhos. Ali, só servindo água e suco, aprendi muito. Vi como o SENSEI se comporta com seu filhinho e como ele corresponde. Educar com rigor não é falta de carinho o menino permaneceu, educadamente no colo do pai, amado, esperto, brincando, vivo, mas sem atrapalhar ninguém. Lembrei de tantos pais que vejo engatinhar diante de seus filhos nos dias de hoje. Os filhos carentes controlam a casa e os pais.

Depois fui comprar refrigerantes com SENPAI que tinha uma braço quebrado e ajudamos a servir o BENTO e refrigerantes para todos. Nos organizamos e fizemos um bom trabalho. Não formou fila.

No final, ajudamos a retirar banners, recolher cadeiras, mesas e outros materiais. Eu e os colegas de unidade lavamos o banheiro masculino até ficar cheiroso. Nada mudou, foi um treino como qualquer outro. Fazíamos tudo com técnica, dedicação e compromisso.

A primeira luta eu perdi. Não achei caminho para libertar-me da ansiedade. Depois da perda, seguem-se inúmeros pensamentos e um desejo grande de voltar no tempo e tentar de novo. Fiz tudo errado, tudo a que me havia proposto fazer. Verbos no futuro do pretérito: se eu ... eu faria...eu acertaria...eu conseguiria...

Quanta bobagem! Eu estou morto e o tempo não volta! Levei um MEM e ponto final !
O SAMURAI deve saber o passado, mas não vivê-lo, disse SENSEI. Eu aprendi que enchi demais a cabeça e esqueci de relaxar. A oportunidade era única. O torneio promove essa importante experiência! Os atletas olímpicos conhecem bem.
Essa foi a maior lição que o torneio me deu: Só há uma chance! Aproveite-a ou abandone. Outras lutas aparecerão, mas não será a mesma luta, nunca mais.

Minha vida é única e as oportunidades também. Devo saber aproveitá-las, sem ansiedade mas com bravura e nunca lamentar o que já passou.

Mais tarde, venci a segunda luta. Sem postura correta, mas com KIAI, estratégia e o oponente, de KYU superior.

QUE BELA OPORTUNIDADE FOI ESSE TORNEIO!!!


topo

+55 11 94294-8956
contato@niten.org.br