Retornar para últimas postagens
Hoje, aqui em São Paulo, fazem 13 graus ao meio dia, momento que escrevo este Café.
É a tal da massa polar que vem do sul e passa pela Argentina
Um frio de arrebentar la. A mínima de 2 graus e a media de 7 graus. Foi o Gashuku( treinamento intensivo) mais frio que vivenciei neste ultimos anos e , segundo os argentinos, não é sempre assim... uma fria.
O pessoal aqui fala que o dia de hoje esta frio, mas para quem esteve la , esta refrescante.
Leia então as palavras de uma aluna enquanto toma um Café quentinho:O Frio Não congela o Espírito.
O prognóstico do tempo havia dito que o Domingo começaria com uma nova onda de frio polar na cidade, porém eu não senti até que levantei-me para preparar-me.
Arrumei minhas armas e todas as coisas que devia levar; enquanto eu vestia meu uniforme pensava no Audio visual que veriamos:
Quando cheguei ao Clube, um grupo de Samurais estavam firmes esperando, apesar das baixas temperaturas, não pude ver nenhum Kimono, só casacos grossos, tocas e mantas; o ar gélido endurecia a pele, não podia sentir minhas faces, porém, o frio não endurecia o espirito.
Ao transcorrer das três horas que durou o documentário, não fiz mais que chorar, tratei de dissimular o mais que pude, porém estando sentada diante de tudo, se fez complicado, cada relato contado era doloroso, ver como uma mãe sofria a partida de seus filhos para a guerra e logo ficar esperando na beira do rio, o barco que trazia-os de volta a casa , foi duro.
Terminei com os olhos inchados e pensando nas consequências que traz a cobiça humana, o ambiente da tristeza era generalizado. Tinha que recuperar-me rápido porque um dia de treinamento longo viria mais adiante.
Logo depois do duro momento e do almoço, começou o treinamento, o frio não se sentia, salvo quando começou a cair o sol. As horas passaram rápido, se bem o cronograma era extenso um sempre fica com vontade de um pouco mais, para aproveitar a sorte que tivemos com a vinda de Sensei.
Cada minuto que vivi com Sensei foi incrível e não posso deixar de pensar no filme e nestas famílias que sofreram , quero transmitir a minha família e amigos a emoção que senti , por isto é algo que só podem chegar a compreender vendo.
Agradeço el Sensei por haver vindo a estas frias terras e haver trazido o oculto que o mundo não está acostumado a ver pela televisão.
Vanesa A. Loretta