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Lavar a alma
¨Estamos passando por uma data especial, os 370 anos de Musashi sensei. Nos Momentos de Ouro, falamos sobre os ensinamentos do Sensei,
Todos esses fatores formaram dentro de mim um sentimento, que nunca havia sentido. Por um breve momento minha alma pesada, cansada, desanimada começou a inflar, a ser preenchida por uma vontade incontrolável de gritar, dar tudo de mim, lavar minha alma.
Nesta data comemorativa, com muito, mas muito kiai (grito) mesmo, treinei e dei tudo de mim. Último treino do mês, último problema, e com toda a energia que tenho dei tudo que tinha e também o que não tinha.
Treinar hoje foi com toda a certeza uma benção, uma luz no final do túnel, relembrar o porquê trilho o "DO" (Caminho) e quais foram meus objetivos de entrar na família NITEN.
Gracas ao Sensei posso viver pela espada, posso dizer que sou capaz de entrar na faculdade que sonho, os ensinamentos me dão forças para lutar em minhas batalhas diárias e gracas ao Sensei posso toda semana ter minha dose de NITEN.
Por fim, se alguém ha dois anos me dissesse que existe uma espada que da a vida, eu teria dado gargalhadas. Hoje sou e serei eternamente grato por ter descoberto o Niten, a espada que da a vida!¨
Demonstração de Kodachi Seiho de Niten Ichi Ryu em comemoração aos 370 anos
de Musashi Sensei - unidade Vila Mariana/SP (Yoshimitsu x Takemitsu)
Página 11 da Matéria publicada no Jornal Nippak
"Comecei a escrever estas palavras várias vezes, porém as apagava e recomeçava.
Voltei para casa e passei a noite pensando nisso. Hoje após sair do assamairi no Otera (culto matinal do templo), resumo meu sentimento numa palavra: Gratidão. Gratidão ao Sensei, ao Niten, ao Gohonzen (Buda primordial), a família, aos colegas de espada e a todos que me acompanham na jornada. Afinal, após ouvir a jornada de Musashi Sensei não posso me queixar da minha.
Faço das palavras do Senpai Holschuh as minhas: "o que me segura é o Niten."
Ana Tomita (Unidade Ana Rosa)
A final da categoria máxima no Kobudo combate foi entre o vencedor com a espada Kodachi
Trouxe para você as palavras do campeão, que revela o seu sentimento pós torneio, e se você observar bem, estão contidos os segredos para ser imbatível:
não ser preguiçoso,
encontrar um bom mestre e
lutar!
Kuhn (Unidade Brasilia) x Mendes (Unidade Caxias do Sul)
"Na oportunidade que tive ao fazer o Shugyo (convívio com o Sensei) em fevereiro, havia levado a Naginata (alabarda) para poder treinar. Estava em duvida se seria uma "boa ideia" levar de Caxias do Sul até São Paulo, pois o transporte é um pouco trabalhoso.
Em certo treino matinal do Shugyo o Sensei me perguntou se eu havia lutado com todas as armas naquele treino. Eu falei que tinha trazido a Naginata mas ainda não havia usado. Então o Sensei sem perder tempo me disse:
-Ta esperando o que??!! Pega a Naginata, rápido!!.
Esse treino com o Sensei de Naginata de certo modo me "despertou" para algumas possibilidades desta arma. Algo que não seria possível se eu tivesse ficado treinando sozinho em Caxias ou não ter levado a Naginata por achar ´trabalhoso` o transporte.
Eu sei que tenho muito para assimilar ainda, mas agora tenho mais certeza do que nunca que treinar sozinho te ajuda só até certo ponto. É necessário ter um Mestre de verdade no teu lado para te dar um empurrão e dizer algo como:
-Tá esperando o quê?? Acorda!.
Felizmente isso é possível. Basta ir para São Paulo treinar com o Sensei!!
Não vejo a hora de poder treinar ainda mais essa arma com o Sensei, bem como todas as outras que treinamos no Instituto Niten e, quem sabe um dia, entender um pouco do que era ser um guerreiro de verdade."
Mendes (Unidade Caxias do Sul)
Hoje, 19 de maio, há 370 anos, um grande homem se despedia deste mundo.
Indubitavelmente, o guerreiro que participou do
Único a dedicar sua vida exclusivamente ao treinamento da espada, a fim de chegar à compreensão nunca antes alcançada, Musashi Sensei, mestre e fundador de nossa escola, sempre deixou claro que o objetivo no Caminho
da Espada é ser imbatível.
Após 370 anos de sua partida, seus ensinamentos continuam tão vivos quanto antes, do outro lado do mundo.
¨Niten Ichi Ryu - A nova geração¨
Vimos no último Café (Café - 13º TBIK 8 - Semi-final Kobudo Combate 14/MAI/2015) que o que importa não
Este aprendizado inicia-se empunhando a arma com as próprias mãos, passando por sucessivos treinamentos, até que o corpo se habitue a manipulá-la.
Assim que o corpo estiver mais habituado, passa-se para a próxima etapa: lutar contra a própria arma. Ou seja, contra um oponente empunhando a arma almejada.
É o conhecimento de "dar", assim como "receber", nesta atitude de descobrir uma arma, que torna a prática do kenjutsu singular, completo,
segundo o treinamento dos antigos samurais.
É preciso coragem e determinação, para estar aberto a novas formas de lutar, assim como os antigos samurais em Musha Shugyo (peregrinação guerreira).
É o que pode ser visto neste vídeo de hoje:
Danilo (Unidade Campinas) e Mendes (Unidade Caxias do Sul)
Que uma arma longa é mais vantajosa do que a mais curta é consenso geral.
O atleta à direita com a naginata (alabarda) venceu todas até chegar à semi-final.
Por outro lado, o da esquerda vinha vencendo com a espada maior ou com as duas espadas, e para espanto de todos , resolveu trocar por uma espada - acredite - menor.
Não poderia ter sido outro o resultado:
Kuhn (Unidade Brasilia) x Mitsuo (Unidade Suiça)
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Veja a Matéria completa no Site do Jornal Nippak
As palavras de hoje são de Paula, nissei, residente em São José dos Campos.
Foi espectadora no TBIK
"Neste sábado (25/04) tive a oportunidade de assistir a um torneio de Kobudô. Fui neste torneio motivada a assistir meu noivo (Regis) e o pessoal de São José dos Campos.
Ao entrar no Dojô, a primeira impressão que tive foi: “Nossa, quanta gente!” Estava mais acostumada com os treinos de São José dos Campos e, algumas vezes assisti as aulas de sábado na Vila Mariana. Na Vila Mariana, o volume de praticantes é bem maior que São José, mas me impressionei mesmo com a quantidade de samurais no torneio, com pessoas de diversos estados do Brasil. E, não importa de qual Estado seja, a dedicação, a educação e o amor pela espada é o mesmo.
Sou japonesa então vivo nesse meio de responder rápido com “hai”, a fazer as coisas rápido quando meu pai pede e, é exatamente assim que funcionou no torneio. Acredito eu que, sem essa tradição, a realização do torneio seria impossível. A organização foi incrível, se existiu falhas, aos meus olhos não consegui enxergar e apontar como ponto negativo do evento.
Outro ponto é o ambiente harmonioso criado pelo próprio Dojô, com as bandeiras das virtudes, combinado com a música e o tratamento de um samurai com outro ou com os visitantes, como por exemplo, pedido de licença, ou até mesmo para parabenizar o outro que foi vitorioso.
É difícil explicar o que senti nesse dia. Só sei que me senti bem, me senti em família mesmo não conhecendo muitas pessoas. Assistir aos samurais lutando, mostrando suas habilidades junto com as tradições da cultura japonesa foi um privilégio!"
Paula Sugahara