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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




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    23-set-2015

    Reflexões de Fim de Semana 7 - Tengu

    A união faz a força.
    Esta força incomum que só os que participam de um evento no Niten sabem o que eu quero dizer tem como resultado o que os comuns ou não acostumados denominam de inimaginável. Surreal. Fantástico.
    É um sonho real e que temos a certeza de pelo menos uma coisa: vivemos cada evento intensamente:



    "Seres sobrenaturais tidos como detentores dos Segredos da Espada, os Tengu habitavam as montanhas sendo consultados por aqueles que buscavam Compreensão. Imersos no ambiente de batalha por um final de semana, foi praticamente possível ver os Tengu por entre os guerreiros do Niten, sobrevoando a batalha, supervisionando o treinamento. O amadurecimento pela espada somente virá ao experimentarmos a ‘atmosfera da montanha’, em contato direto com o Sensei e Senpais." - Navarro (Unidade Uberlandia)

    *Tengu (天狗) são criaturas fantásticas do folclore japonês, uma espécie de elfo cujas lendas possuem traços tanto da religião budista quanto xintoísta. Habitam florestas e montanhas. O traço físico mais marcante dos Tengu são seus longos narizes. A maioria deles também possui barba. Alguns Tengus têm cabeças de pássaro; estes eram tidos como grandes artistas marciais. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Tengu)






    "NIR-O que parece simples e fácil não é, necessita-se no mínimo mil vêzes praticar para entender o simples…
    Kendo X Kenjutsu- 28 golpes de Kenjutsu contra 22, e isto que no Kenjutsu. Éramos iniciantes contra 3º e 4º Dans do Japão…
    Kenjutsu combate- Assim como a base de um Prédio, se necessita do Prumo
    Para poder erguer as paredes e não cair.
    Nós temos o Sensei que é nosso prumo, aponta e mostra com clareza qualquer falha de nossa construção
    E que mostrou que um Kamae é a Base mais segura!
    Iaijutsu-É para mim uma Ciência tão complexa e difícil
    Que só me resta treinar e treinar, Sensei mostrou detalhes de Kishikawa ryu
    Que deixa de longe o estético para o verdadeiro combate com a Katana."  
    - Joel (Unidade Chile)












    "Mas, levei também felicidade. Sinto-me sinceramente feliz por fazer parte do Instituto Cultural Niten. Surpreendeu-me a forma humilde, não obstante enérgica, com que o Sensei transmite ensinamentos complexos e tão profundos em significado; e como compartilha de sua experiência. É uma bonita missão de vida trabalhar para que as pessoas sejam melhores nos dias de hoje, ensinar pelo exemplo e perpetuar ensinamentos antigos e valorosos. Eu compreendi porque todos os Senpais desenvolviam, no Gashuku, suas atividades tão contentes. A atmosfera era de cooperação para o melhor de todos e, sobretudo, de respeito." - Karina (Unidade Belo Horizonte)










    "Assim como quando chegamos ao gashuku, quando vamos embora e chegamos em casa ficamos com aquela impressão de estar fora de lugar, como se sexta tivesse sido um dia há muito tempo atrás, e de agora tudo estar muito diferente. Senti em casa a mesma sensação que no gashuku, de sempre achar que eu podia ser um pouco mais. Essa sensação é estranha, mas muito boa. Me faz apreciar o Niten cada vez mais."  - Adriano (Unidade Curitiba)














    "Por fim, considero que o fim de semana foi muito proveitoso pois pude me aprofundar um pouco mais no Caminho e conhecer pessoas que vão me influenciar muito daqui pra frente, e ainda tive a felicidade e a honra de receber o Certificado de Sétimo Kyu das mãos do Sensei, coroando o final do treinamento. Com certeza pretendo participar desses eventos sempre que for possível!" - Matta (Unidade Ponta Grossa).






    17-set-2015

    Reflexões de Fim de Semana 6 - Para não ficar devendo

    É certo que o Caminho é longo.
    Mas só há uma forma de encurtá-lo: exercitar com muita intensidade - até ralar a pele, moer os musculos e triturar os ossos.
    Normalmente, pela vida atribulada que temos no dia a dia, deixamos para fazer o ¨com intensidade¨e ficamos no saldo negativo.
    O Gashuku serve para saldar o que cada um deve para não ficar devendo no Caminho.







    "Este fin de semana pudimos viajar desde Buenos Aires una comitiva de alumnos para para asistir al Gashuku en el Templo Nikkyoji.
      Fueron 2 días de entrenamiento sin tregua que me llevaron al límite de mis fuerzas. Esto, explicado luego por Sensei, es que nunca sabemos cuándo podemos llegar a necesitar de esta energía y para ello hay que entrenar."
    - San Giorgio (Unidade Buenos Aires)












    "Me considero uma pessoa de sorte por poder participar de um Gashuku de Kenjutsu combate com apenas dois meses de treino. Quando ingressei no Caminho e escutava os mais antigos falarem sobre os gashukus que haviam participado, não fazia ideia de como seria participar de um. Achava que isso era coisa de quem já era mais graduado e que não seria bem visto um zero kyu se "aventurar" num treinamento desse nível. Com o tempo e conversando com os Senpais(veteranos), vi que, muito pelo contrário, era bastante recomendável um iniciante participar de um gashuku pois valeria por "meses" de treinos regulares e seria uma ótima oportunidade de evoluir. Quando recebi o email do Niten informando sobre a realização do evento, não pensei duas vezes, comprei as passagens para São Paulo e na próxima aula me inscrevi para o gashuku. Confesso que fiquei um pouco ansioso, imaginando o que encontraria por lá e como seria conhecer pessoalmente o Sensei. Essa ansiedade passou no momento que vi o dojo , que por si só já passa uma grande tranquilidade, e também pela amigável recepção dos Senpais vindos de todos os cantos do Brasil e até da América do Sul. Iniciado o treinamento, já me senti bem confortável e pude desfrutar de várias horas de combate com os colegas, verificando impressionado ao final do dia, o quanto consegui melhorar minhas técnicas de combate. Lutar contra adversários mais altos, mais baixos, mais habilidosos ou menos habilidosos, contra duas espadas ou contra uma, tudo isso proporciona um desenvolvimento espantoso de nossas técnicas que não conseguimos ter num treino regular." - Matta (Unidade Ponta Grossa)












     

    "O gashuku deste final de semana mudou meus parâmetros sobre exaustão. Eu nunca tinha passado por um treino tão intenso e prolongado usando bogu. Ainda estou refletindo as experiências do gashuku e absorvendo as mudanças, mas posso garantir que a convivência nesse final de semana me preparou melhor para os próximos eventos e os treinos em Juiz de Fora."  -  Calzolari (Unidade Juiz de Fora) 


    + Relatos no Mural

    15-set-2015

    Reflexões de Fim de Semana 5 - A Forma e a Estratégia

    Apesar do enfoque ter sido a Estratégia (combate) neste Gashuku, a Forma (katas) não foram deixados de lado.
    Aliás, o Caminho verdadeiro se constitui de ambos: A Forma e a Estratégia.
    É o Caminho do Guerreiro, segundo Miyamoto Musashi.
    Treinar os katas de Musashi Sensei é conhecer os segredos da Estratégia escritos no seu Livro Go Rin No Sho.



    ¨Me lleve muchas cosas del Gashuku, la primera fue hacer los katas de HNIR, y en especial el séptimo, haritsuke, a pulirlo mas, también podemos decir, a saberlo bien. La séptima fue viajar con los algunos Sempais (veteranos)de Argentina, porque ellos, me acompañaron, me tranquilizaron durante el viaje, (porque estaba muy nerviosa y ansiosa al mismo tiempo ).¨- Melissa (Unidade Buenos Aires)



















    "Poder ver o Sensei fazendo os katas de iaijutsu e Hyoho Niten Ichi Ryu me permitiu ver o espírito e a energia de um verdadeiro samurai. A energia que emanava do Sensei, o kamae (fortaleza) impecável e imponente me fez perceber como o kamae certo, o básico, é importante no combate. Como manter a postura correta, o espírito firme e a execução correta representa a diferença entre a vitória e a derrota num duelo."- Vasconcelos (Unidade Juiz de Fora)






















    "Em se tratando da parte técnica, foram os pequenos detalhes corrigidos pelo Sensei que fizeram enorme diferença na hora do combate ou de um kata de Niten Ichi Ryu ou Iaijutsu - detalhes que eu não teria reconhecido se eu tivesse ficado em nossa unidade naquele final de semana." - Tiemi (Unidade Curitiba)

     















    08-set-2015

    Reflexões de Fim de Semana 4 - Kendo x Kenjutsu

    Em 2009, durante as comemorações do Dia do Samurai, universitários japoneses praticantes de kendo vieram ao Niten para, segundo orientação de seu professor, conhecer as antigas técnicas do Kenjutsu.
    Vídeos técnicos foram enviados para que pudessem se ambientar com o que encontrariam aqui no Dia do Samurai.
    A confraternização, entre as várias demonstrações do Niten, incluiu também combates para o aprendizado dos japoneses.
    O vídeo dos combates em São Paulo foi exibido neste Gashuku e as impressões de cada um dos alunos foram as que se seguem:








    "A confraternização (Dia do Samurai 2009) tornou-se uma situação de combate. Porém, se fosse um combate real, ao final não teríamos nenhum participante do time de Kendo vivo para contar sobre os acontecimentos. Ficou claro que a técnica supera a força. Ficou clara a eficiência do Kenjutsu. E infelizmente, o árbitro utilizou um evento de confraternização para um desafio. Uma pena, pois os alunos de Kendo perderam a chance de aprender. Uma pena, pois com o registro em vídeo, ficam claras as falhas dos instrutores de Kendo em ignorar regras que previamente foram apresentadas." - Guimarães (Unidade São José dos Campos)

    "También pudimos asistir al vídeo de kendo x kenjutsu, donde pudimos apreciar como los practicantes de kenjutsu, con sus variedades de kamaes (posturas) y estrategias fueron ampliamente superiores a los practicantes de kendo, apegados a un único kamae rígido y tácticas fuera de toda lógica de combate real. Somos afortunados al poder entrenar una variada cantidad de armas (una y dos espadas, espada corta, naginata) lo que nos aporta una gran variedad de estrategias a elegir dependiendo la ocasión." - Huarte (Unidade Buenos Aires)

    "Entendo que seja difícil para um árbitro deixar de lado décadas de entendimento sobre o que é um ippon (ponto) pela ótica exclusiva do Kendo, mas me pareceu que houve uma incapacidade ou ausência de vontade em manter a mente aberta a novas possibilidades. A resistência em marcar diversos golpes, como aqueles com a Kodachi (espada menor) ou de técnicas de Soete (mão sobre a lamina), chegou a ser absurda. Se o cenário fosse transmitido para lutas reais, o desfecho de vários embates obviamente teria sido favorável aos alunos do Niten.
    Por outro lado, achei bastante interessante ver a velocidade com que alguns alunos do Kendo desferiam seus golpes. Houve pelo menos dois mens que eu gostaria de ver de novo.
    No fim, a sensação que ficou foi de tristeza pela postura dos membros da delegação de Kendo. Preferiram competir, de forma inflexível, e usar apenas as regras que lhes favoreciam, ao invés de aproveitar uma grande oportunidade de crescimento."
    - Matsuda (Unidade Caxias do Sul)


    "O filme do encontro entre Kendô e Kenjutsu não foi menos relevante para minha formação. Além de um sentimento de vergonha pelo caráter mostrado pelo mestre japonês, pude ver quando a competição destrói centenas de anos de tradição pelo simples gosto pela vitória. Pude entender por que o Sensei repete tantas vezes que o objetivo não pode ser apenas ganhar medalhas. Agora posso dizer com o espírito em paz: concordo totalmente com o Sensei. Não menos importante, com base nesse filme, entendo que o mestre Baba esqueceu-se porque aqueles jovens subiram a montanha. Afinal, não se precisa subir a montanha para ganhar medalhas. É mais fácil passar em uma loja de esporte e comprar quantas você quiser. " - Germano (Unidade Sorocaba)


    "Pela noite, pudemos assistir o vídeo do kendo X kenjutsu e foi um tanto quanto revoltante a atuação dos árbitros japoneses, chegando a beirar a arrogância ou até mesmo a incompetência, o que não seria lógico, levando-se em consideração a origem cultural e os longos anos de experiência que eles possuem no kendo. Golpes perfeitos de brasileiros que não pontuavam, críticas à torcida dos alunos do Niten, anulação de técnicas com as duas espadas, entre outras observações me fizeram pensar se valeu a pena a vinda dessa comitiva de atletas japoneses ao Brasil...
    A única coisa que me deixou mais aliviado foi saber que, ao chegarem no Japão, três quartos dos alunos daquela universidade desistiram do kendo, o que mostra que pelo menos eles perceberam o quanto as técnicas do kenjutsu eram eficazes e que acabaram ganhando injustamente, por simples "ego ferido" de seu mestre."
    - Matta (Unidade Ponta Grossa).







    Mais relatos no Mural dos Alunos

    04-set-2015

    Golpear é Facil

    Um golpe "fácil", não deve ser realmente fácil.
    O Mestre precisa manter o rigor em cada um dos movimentos,
    para evitar o risco dos alunos acreditarem que golpear pode ser "fácil".


    01-set-2015

    Reflexões de Fim de Semana 2 - Buscar a resposta

    Há quem possa estar equivocado e perguntar:
    - O Niten não é uma academia onde se ensina o verdadeiro Budo?
     Não é onde se ensinam as artes mais tradicionais, como o Kenjutsu e outros?
     Então por quê dedicam tanto tempo falando sobre guerra e outros temas que nada tem a ver com o Budo?
    A resposta pode não agradar aos que apenas buscam medalhas e graduações em artes marciais, mas darei uma explicação, para que fique mais claro a todos:
    - Aqui ensina-se o Budo, o Kenjutsu e também assuntos relacionados ao espírito do povo japonês. Sua História, Cultura e Filosofia.
    Aquele que busca as origens e o modo de pensar de um povo, jamais conseguirá isto apenas se exercitando.
    O Niten não é apenas exercício, é um Instituto Cultural. É onde juntos, vamos buscar as respostas de nossa existência.












    "Para mim esse Gashuku foi o melhor, pois, vi o filme/documentário com os comentários do Sensei.
    Desde que entrei do Niten estou descobrindo a tradição que existia em minha família e eu não via.
    Com isso me arrisco a afirmar que entrar no Niten foi a melhor escolha de minha vida
    ."- Kiryu (Unidade Campinas)



    Kiryu (Unidade Campinas)


    "Um dos principais motivos para a minha ida também foi para assistir aos audiovisuais. Sendo de descendência japonesa, desde mais nova eu carregava um sentimento de incerteza sobre a Segunda Guerra, sobre como me sentir ao me posicionar a favor ou contra o Japão por ter entrado na batalha. E percebi que era imprescindível ir até São Paulo para tentar sanar essa dúvida e tentar buscar uma resposta."- Tiemi (Unidade Curitiba)



    Tiemi (Unidade Curitiba)


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