02-abr-2007
Em um dos intervalos entre os treinos de kenjutsu no Japão, conversávamos eu, duas colegas de treino e o mestre. As colegas, senhoras de meia idade e que tinham tempo vago durante o horário comercial (era de manhã por volta das 10h), comentavam a evolução de um dos colegas que treinou alguns dias comigo. Kikugawa, bombeiro, com os seus 20 e poucos anos e que nos dias de folga (no Japão é por turnos de 36 horas) estava sempre a me acompanhar nos treinos durante o horário comercial, horário em que todos têm o seu trabalho e ficam impossibilitados de, claro, nem pensar em treinar!
Comentavam que ele tinha um bom porte físico e aprendia muito rápido em relação aos colegas que iniciaram com ele. Bonitão, forte e todo tipo de qualidade que as mulheres gostam de comentar (é claro, tudo na esportiva).
Como é de praxe no Caminho, veio a pergunta:
- Mestre, ele é Majimê, não?
- Ah sim, ele é um rapaz Majimê - foi a resposta imediata do mestre
Majimê.
Palavra que interessa no Caminho e que é o divisor de águas daquele que o mestre vai ou não ensinar:
Sincero, Puro e Correto.