2018 foi um ano de desafios para mim e o Mundial de Kenjutsu era um deles, porque até um mês antes do Mundial, ainda não estava treinando Kenjutsu, apenas o Iajutsu e o Jojutsu.
Iria para o Mundial para torcer por meus colegas de espada e também para meu irmão e Senpai Perazzini. Foi então que meus pais me falaram que se eu fosse para o Mundial, teria que ter a experiência por completo e ao invés de torcer, iria também lutar, e desta forma, iniciei meu caminho no Ken.
Como todos que iniciam, senti a dificuldade da respiração e da explosão, que são muito diferentes das outras modalidades, mas elevei meu espirito para supera-las e muitas vezes pensei que não poderia chegar até o final de um treino, mas com ajuda dos meus Senpais de Brasilia, sempre consegui.
Quanto mais o mundial chegava perto, mais nervosa ficava e quando o dia finalmente chegou pensei várias vezes que não ia conseguir superar meu nervosismo e medo. As mãos ficaram geladas e não sabia se meu Kiai iria sair.
Meus Senpais de Brasilia ficaram comigo até a minha categoria e nome ser chamado, e isso me deu toda a força que eu precisava, mesmo que ainda meu medo dominasse meu corpo, mas a hora de supera-lo havia chegado.
Como 0 Kyu e sem bogu dei meu melhor com ajuda dos Senpais que se disponibilizaram em abrir seus Mens, Kotes e Dos para que todos nós da categoria conseguíssemos mostrar nossas habilidades.
Para minha surpresa, meu Kiai saiu e meus golpes foram desferidos como gostaria que fossem, no mesmo dia ganhei e perdi batalhas, mas tenho a certeza de que ganhei algo muito mais importante para meu caminho, a superação.
Nos dois dias do Mundial e comemoração dos 25 anos do Niten pudemos sentir diversos tipos de emoções e ensinamentos valiosos para nossos caminhos, como também, conhecer novos amigos de caminho no qual gostaria de encontrar em breve.
Arigato Gozaimashita Sensei e ao Senpai Wenzel por tornar o Mundial possível e em especial, Arigato Gozaimashita ao meu pai Renato, minha mãe Rejane e meu irmão e Senpai Perazzini que me incentivam a crescer e superar os desafios de meu caminho.
Luiza Perazzini, Unidade Brasília