Retornar para últimas postagens
Falei que iria mostrar as fotos.
Esta é de um ponto de ônibus onde eu esperava todos os dias para ir ao dojo.
07h21 em ponto. Pontualidade nipônica.
Sakura, flor da cerejeira, afloravam por todos os cantos como que lembrando os dias maravilhosos e curtos do shugyo...
Este combate, depois de retornar do Shugyo*, é mais dificil do que ter um oponente real na sua frente. É contra um adversário invisível.
Ele faz você confundir uma nota de 10 com uma de 50. Não deixa você ouvir o que está ouvindo. Não deixa você ver o que está vendo.
Tira-lhe das mãos a força e energia nas ações do cotidiano.
As 10 da manhã, puxa você para a letargia.
As 3 da manhã, tira você da cama.
Trata-se de um adversário insistente** e que não se abate com a espada.
O último combate:
Contra o fuso-horário.
*treinamento fisico e espiritual no Caminho da Espada que realizo no Japao
** fica de 1 a 2 semanas
Está escrito em O Livro dos Cinco Anéis, de Miyamoto Musashi (pag 123, editora Conrad), ou seja, Mudar da Montanha para o Mar:
"O princípio de mudar da montanha para o mar ensina que não é bom repetir várias vezes a mesma tática durante uma luta. Mesmo que (...) quando o inimigo se prepara para se defender da montanha, você deve atacar com o mar. Se ele se preparar para o mar, ataque com a montanha."
É necessário estar aprofundado no Caminho, pois poderá ser mal compreendido, e daí mal aplicado e inevitavelmente o resultado será a catástrofe.
Mas, uma coisa é certa: Nama Heiho wa Ookega no Moto.
Deixo para traduzir amanhã...
Agora que começou o friozinho, está na hora do cafezinho...
Com licenca que vou rever o filme...
A minha chegada em Cumbica obedeceu sempre a um ritual quando retorno do Japão, e também não foi diferente desta vez.
Mesmo depois de 29 horas de vôo, cansado e com o fuso horário ao avesso, o cafezinho lá no saguão é sagrado.
Depois de uma jornada de Shugyo (treinamento físico e espiritual no Caminho da Espada), o cafezinho no balcão faz cair a ficha:
É um cafezinho especial:
-Cheguei!
Sensações vêm no coração. Agradecimento, saudades e recordações dos dias lá no Japão.
Em suma, para quem esteve ao relento, no frio, na chuva e no fuso horário, um momento especial:
-Missão cumprida!
Chegou o tal do Second Life no mundo virtual. Dizem que é a sensação do momento e que vai revolucionar a internet.
Em breve, segundo o que ouvi dizer, não estaremos tomando o café deste jeito. Siiim. Voce vai estar sentado comigo tomando um capuccino, um expresso, um carioca. Tudo isto, pela tela do seu computador.
Você pode, através do PC, ter a sua identidade e fazer o que quiser, como quiser e onde quiser. Pode visitar a muralha da China, ser o Homem Aranha ou fazer sexo com tudo e com todos em qualquer canto do mundo!
Este pessoal que não sabe viver nem o First Life e acha que vai viver no Second Life.
Vamos viver melhor a primeira vida e deixar para depois a segunda?
Lealdade. Uma virtude que está em falta. Mas por que procurar por ela atualmente?
Porque a guerra existe.
Se a guerra existe, temos que confiar nos nossos soldados, nossos companheiros e nossos comandantes.
No mundo onde a competição é acirrada e chega até a ser desleal, o maior erro é contar com os mercenários. Depois vem o prejuízo.
Leal à organização, ao chefe, ao subalterno.
É a arma mais forte para se vencer na guerra.
Mercenários e desertores não podem ser contratados.
Então o Mc Donalds do Japão tem mais aspectos positivos, por assim dizer, que o do Brasil ???
Tem. E muito.
E é uma coisa que o brasileiro poderia ser melhor que o japonês. Latino americano, nativo da terra do carnaval, a maior festa do mundo, e que mora num país tropical. Tudo para ter.
O que é isto então, que:
- é tão diferente
- que a atendente japonesa de um Mc tem e que a brasileira não tem
- e que faz a diferença?
Sorriso e simpatia, meu caro(a)...
Mas isto também, que nem o hambúrger de camarão e teriyaki: Só provando você vai entender.
E é uma delicia!
Dizem que Mc Donalds é tudo igual.
Não é.
Pelo menos no Japão.
Primeiro, no Japão, tem o hambúrger de camarão. Chama-se ebifileo. Ebi, quer dizer camarão. Fileo, filé.
É uma delícia e não tem como eu te explicar o sabor. Só comendo.
Em segundo, tem o teriyakiburger. É um hambúrger de teriyaki, carne de frango com um molho adocicado. E daí surge o nome do prato, teriyaki teishoku, que vem com arroz e outros acompanhamentos.
Não entendo como, numa metrópole como São Paulo, temos que continuar a comer sempre a mesma coisa. Nenhuma novidade, nenhuma atração?