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No Café de hoje , quero mostrar a você esta homenagem recebida pelo Instituto Cultural Niten:
Guardião.
Palavra afim a nós, guerreiros, teve origem no latim wardianus, que tem o sentido de "sentinela", "aquele que tem o encargo de vigiar".
E hoje em dia utilizada nos seguintes termos:
- Pessoa ou entidade que, por forte afeição, defende aguerridamente algo ou alguém; protetor, conservador, depositário .
No caso do Instituto Cultural Niten, conservador das tradições guerreiras dos samurais.
- Pessoa ou entidade que acompanha outra para protegê-la de agressões; guarda-costas
Proteger a tradição.
De quem?
Dos picaretas.
Se for assim, vamos ter muito trabalho pela frente...
Neste sábado, estive no Rio e aproveitei para, junto com os alunos, participar do "Japão-Brasil - 100 anos e Imigração", realizado pelo SESC Tijuca e Karate Shotokan.
Além de ser um fim de semana divertido, a começar com o cabrito marinado e os vinhos portugueses na noite anterior, foi produtivo pois surgiram idéias novas para os próximos eventos.
Recebi esta mensagem, e por se tratar de um tema universal inerente a todos os povos, raças e idades, mostro a você:
"Sensei
Como vai? Já faz tempo que não nos falamos...
Por aqui, as coisas continuam firmes e fortes...Muito trabalho (estou prestes a ser promovido, ao que tudo indica), estudo (ano que vem eu me formo, Graças a Deus!) e treinos. Muito cansaço, mas a vida continua e não temos muito tempo para descansar...
Agora estou de férias, um tempo pra poder treinar mais e descansar a cabeça um pouco.
Alguns problemas pessoais, mas nada que eu não tenha lidado e saiba lidar... Aliás, gostaria de fazer uma pergunta...
Sensei, gostaria de saber, como um samurai se comporta em relação a uma mulher? Em relação ao seu amor? Manter a razão sobre o coração não é o mais difícil, mas parece não agradar muito o sexo oposto... Ou meu problema seria justamente querer agradar demais?
Muito confuso... Talvez essa seja a razão de ter passado por tantas namoradas...
Abraços Sensei, cuide-se!
Sayonara!"
O tema a que me refiro hoje é aquele que é o querer estar preso por vontade: o Amor.
Se esse é o seu problema, tenho algumas "estratégias" para sair vivo.
Mas não ouso a lhe falar, pois cada caso é um caso.
É difícil até para um Menkyo Kaiden*.
* Menkyo Kaiden = mestre com título máximo de conhecimento em determinada arma ou estilo
É nesta cadeira que Kotaishi ( 23jun - Kotaishi Denka) , mesmo com todas as dores e com a
dor do fuso horário, se mostrou inabalável e sorridente.
Se você não sabe ainda o que é a dor do fuso horário depois que volta
do Japão, entenderá que é praticamente impossível se manter "antenado" das 11 às 13 da tarde...
Esta foto que recebi hoje, ilustra o início das atividades do Instituto Cultural Niten há 15 anos.
Nesta época, o treino era às 08 da manhã de sábado, e nestas manhãs de inverno, a temperatura a 10 graus.
O chão então nem se fala. Por ser cimento, mesmo que liso, congelava dos pés a cabeça.
Foi também quando ganhei uns quilinhos a mais, pois gostava de uma comida mineira com sobremesa farta
e aqueeele cafezinho no final do almoço.
Resultado: 80 kilos!
As comemorações para o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil alcançaram seu auge com a vinda de sua alteza imperial Kotaishidenka, o Príncipe Herdeiro do Japão.
Na ocasião, fui homenageado no Palácio do Planalto, com uma medalha alusiva à integração entre Brasil e Japão.
Se hoje o Brasil é considerado, ao lado do Japão, como o lugar que melhor guarda a tradição Samurai, isto só foi possível porque há 100 anos os primeiros imigrantes tiveram a determinação e a perseverança de plantar a primeira semente.
Foram estes primeiros imigrantes que deixaram o terreno fértil, sobre o qual brotou a floresta que hoje é o Niten.
Recebi esta foto de um aluno de Teresina em alusão ao Café do dia 23 de junho
Trata-se de um monge chamado Thich Quang Duc, nascido em 1897, no Vietnã, que se sacrificou até a morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Dizem que enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel.
Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído.
Ele protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião budista em seu país. Após sua morte, seu corpo foi cremado conforme a tradição budista. Durante a cremação seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.
Posto isto, penso cada vez mais que Kotaishidenka, é de certo, uma divindade...