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Dizem que durante a Revolução Emancipacionista de 1932, os paulistas se reuniam nas fazendas dos cafezais como esta.
De certa forma, foram passados muitos segredos militares neste Gashuku.
Saindo um café com leite e pão na manteiga com o coordenador de Minas Gerais.
São Paulo e Minas formam uma boa parceria.
O aprendizado do Dai Ichi Kihon no Kata é aberto a todas as idades
e as crianças surpreenderam no aprendizado.
Incrivelmente o assimilaram no Gashuku.
Em breve aparecerá algum vídeo para ver e crer.
O ensino deve ser de coração.
Assim como no Kenjutsu, o Jojutsu (técnicas do bastão) reune várias posições para o combate.
Esta expõe praticamente todo o corpo, mas nem por isto deixa de ser eficiente.
No kenjutsu, a criança se diverte aprendendo.
Aqui , vemos desvencilhando de um golpe no antebraço.
O sentimento ecoou ao som do taiko no fundo da alma guerreira de cada um dos que estiveram la.
Hajimeeeee!!!!!
" Naquele domingo, desejei imensamente que as palavras do Sensei ecoassem pelo mundo. E que suas palavras não fossem meramente ouvidas, mas verdadeiramente sentidas e aplicadas.
Tachibana (Unidade Fortaleza)
"Foi a primeira vez que tive a oportunidade de treinar o Sekiguchi Ryu. Gostei muito. É um estilo vigoroso, vibrante, e muito diferente do Suyo Ryu com o qual estava mais familiarizado. Pena que o treino passou tão rápido!!"
Wellington (unidade Ribeirão Preto)
"Não apenas Niten Ichi Ryu, Sekiguchi Ryu, mas o Kenjutsu foi muito bom, lutamos com várias pessoas, vendo vários ritmos, vários tempos de reação, foi algo ótimo, um grande encontro de samurais, um grande campo de batalha"
Caio Cesar (Unidade Fortaleza)
"Estive no Japão (Hiroshima) em 1996, como filho de japoneses, estranhei muito a paixão (e idolatria) dos japoneses pelos americanos, quando questionei os meus tios japoneses que participaram da guerra, eles me responderam que a bomba de Hiroshima salvou o Japão,
"eles eram loucos tentando derrubar aviões com espingardas", e que encontraria "verdadeiros japoneses" no Brasil, pois aqui se ensina o Bushido e a cultura japonesa. " - Ishida (Unidade Vila Mariana - Templo Nikkyoji)
Hoje com 55 anos, sou o que sou graças aos ensinamentos que me foram passado pelos meus pais, e que reencontrei no grupo Niten com o Sensei.
Nem a bomba atômica conseguiu destruir o Bushido.
Domo Arigato Gozaimassu Sensei.
"Enquanto o Sensei falava nos Momentos de Ouro, me veio à lembrança uma passagem do final do filme Yume (Sonhos), de Kurosawa:
“— Mas e a respeito das luzes?... [pausa]
— Nós temos velas e óleo de linhaça.
— Mas a noite é tão escura...
— Sim. É assim que a noite deve ser. Por que a noite deveria ser clara como o dia? Eu não iria gostar da noite clara, em que não fosse possível ver as estrelas."
Eu vejo em Kurosawa um grande descompasso entre sua visão de vida e as ideias de progresso e desenvolvimento desmedidos de nosso tempo. Tomando mais pensamentos emprestados, eu lembro do Momento de Ouro que o Sensei explicava o “lamento da árvore que chora”: às vezes nos preocupamos tanto sobre nosso trabalho, sobre juntar, sobre atribuir a nós mesmos as conquistas que tivemos... mas será esse o real valor da vida?
Relembrar as vítimas do massacre de Hiroshima e Nagasaki é pôr em evidência as dimensões da tristeza e da falta de sentido que a busca pela riqueza, poder e crescimento econômico desenfreado podem causar. Milhares de vidas que desapareceram “instantaneamente”. O Sensei disse que não há um consenso sobre a necessidade da bomba para pôr um fim à guerra, mesmo que os japoneses já estivessem preparando seu plano de rendição, mas eu acho que a pergunta sobre essa “necessidade” já é em si um contrassenso, pois a guerra já foge de qualquer sentido mais humano da vida.
Eu acredito que uma nação que despeja vidas através de uma bomba nuclear terá sempre o vento soprando sua calma, e se a árvore não se mexe, é simplesmente porque faltam as folhas, a sensibilidade em buscar algum valor para a vida." - Meloni (Unidade Ana Rosa)
"a arvore que chora"
"No Momento de Ouro durante o relato do Sensei, sobre os 65 anos da explosão da bomba atômica que destruiu Hiroshima e Nagasaki, um nó na garganta e lágrimas contidas, surgiram ao imaginar a destruição e as mortes fatais causadas no momento da explosão, bem como o sofrimento daqueles que sobreviveram, devido a fome e as doenças decorrentes da radiação.
A cada palavra havia a lembrança dos meus avós paternos que diziam, que não devíamos deixar um grão de arroz no prato, pois em tempos de guerra muitos morreram de fome, e que devíamos ter profundo respeito pelo alimento, como algo sagrado e que nunca deveria ser desperdiçado. As palavras do meu ditchan (avô) sobre o sofrimento, a fome e a perda de familiares, nesta época da guerra, serviram de exemplo e foram importantes na formação de alguns dos meus valores.
Compreender através daqueles que tiveram que recomeçar do zero, sem nada e com as próprias mãos, sentir que cada dia de vida é uma luta, valorizar e preservar tudo aquilo que temos e viver sendo guerreiros até o fim."- Nuria Yonamine (Unidade Sumaré)
Hoje, peço a você 1 minuto de silêncio em memória as vítimas da bomba de Nagasaki:
" Na manhã de 9 de Agosto de 1945, a tripulação do avião dos E.U.A. B-29 Superfortress, batizado de Bockscar, pilotado pelo Major Charles W. Sweeney e carregando a bomba nuclear de nome de código Fat Man, deparou-se com o seu alvo principal, Kokura, obscurecido por nuvens. Após três voos sobre a cidade e com baixo nível de combustível devido a problemas na sua transferência, o bombardeiro dirigiu-se para o alvo secundário, Nagasaki - a maior comunidade cristã do Japão. Cerca das 07:50 (fuso horário japonês) soou um alerta de raide aéreo em Nagasaki, mas o sinal de "tudo limpo" (all clear, em inglês) foi dado às 08:30. Quando apenas dois B-29 foram avistados às 10:53, os japoneses aparentemente assumiram que os aviões se encontravam em missão de reconhecimento, e nenhum outro alarme foi dado.
Às 11:02, uma aberta de última hora nas nuvens sobre Nagasaki permitiu ao artilheiro do Bockscar, Capitão Kermit Beahan, ter contato visual com o alvo. A arma Fat Man, contendo um núcleo de aproximadamente 6,4 kg de plutónio-239, foi largada sobre o vale industrial da cidade. Explodiu 469 metros sobre o solo, a cerca de meio caminho entre a Mitsubishi Steel and Arms Works (a sul) e a Mitsubishi-Urakami Ordnance Works (a norte), os dois principais alvos na cidade. De acordo com a maior parte das estimativas, cerca de 40.000 dos 240.000 habitantes de Nagasaki foram mortos instantaneamente, e entre 25.000 a 60.000 ficaram feridos. No entanto, crê-se que o número total de habitantes mortos poderá ter atingido os 80.000, incluindo aqueles que morreram, nos meses posteriores, devido a envenenamento
radiativo. " - Wikipedia
"um cemitério sem uma lápide em pé"
Há 03 dias, Hiroshima já havia sido destruída e nada menos que 80 mil vidas foram dissipadas em uma fração de segundo.
Qualquer nação, depois desta catástrofe, optaria por sua rendição
Nagasaki é prova da crueldade ao extremo.
"O dia começa, mas estava frio e desligo o alarme sem perceber. Quando dou por conta, o senpai Fugita já está a vestir o kimono. Levanto em um pulo e me preparo para o treino.
Caminhada bastante fria a caminho do Hokkaido, nem parecia a mesma cidade em que dormi. Chegando lá começamos o treino somente eu e o senpai Fugita, mas para minha surpresa após alguns kihons de piloto, o Sensei chega e fico surpreso sem saber o que fazer, mas o Sensei logo comanda para revezarmos keiko entre nós três.
Sempre que guardei ou montei o bogu do Sensei vi um par de tabi estranho, pois eles não pareciam servir para terrenos irregulares, proteger do frio ou melhorar atração. Sem nem mesmo perguntar o Sensei explica que é para treino, e fiquei mais surpreso ainda em ver com meus própios olhos (e tomar vários kotes e mens) que o Sensei tem seu própio jeito de treinar. Keiko (treino) com o Sensei foi completamente diferente de todos que já lutei, pois o Sensei simplesmente deslizava pelo chão, e o hakama (veste de baixo) escondia completamente os pés. Me restando somente destreza com a espada, mas é desnecessário dizer que são dois mundos diferentes, quem sabe em algumas décadas.
A melhor parte foi o Sensei utilizando kodachi e fazendo irimi. Ao ponto de utilizar os himo do meu men como uma kusarigama. No começo fiquei maravilhado e achei que o fosse ser solto para recomeçar o keiko, mas depois que notei que isso não importava. Não importava mesmo. Tudo que exista naquele momento era o nosso keiko. O Sensei deslizando como se estivesse patinando e soltando mens como trovões, mas de certo modo parecia se divertir como uma criança que nunca cansa de brincar do seu jogo ou brinquedo favorito.
Meu men cai, mas a luta não para por motivo algum. Mesmo sem o men, eu não sentia nada dos tsukis ou mens do Sensei. Para mim só existia o momento do keiko e a chance de lutar com o Sensei.
Ao termino do treino, mais uma surpresa. Alongamento com um céu límpido motivando a respirar mais fundo. Apesar do terrível frio ainda ser o mesmo, naquele instante a brisa gelada parecia só contribuir para a paisagem. Foi um momento do que eu imagino ser uma fração de paz interior.
Domo arigatou gozaimashita senpai Fugita e principalmente domo arigatou gozaimashita Sensei."
Renan (Unidade Fortaleza)
"Este gashuku de Ibiúna me lembrou muito os momentos de peregrinação no Caminho de Santiago:
Cortes (Unidade Rio de Janeiro)
"No treino inicial de revisão de técnicas, percebi o quão pouco eu sei e o quanto é necessário estudar para me aprofundar no caminho. Passei a ver kamaes que teoricamente já havia aprendido, como Yagyu ou correnteza do leste, com outros olhos e percebi novas possibilidades para as quais nunca havia me atentado. E voltei a estudá-los durante as lutas do gashuku, mas agora com outros olhos. Eu pude perceber o quão fatal é o erro de achar que já aprendemos um kamae quando na verdade não aprendemos quase nada. Quando menos se espera acontece o que aconteceu comigo, um verdadeiro men ippon!"
" Foi extremamente interessante e instrutivo ver na prática a versatilidade que o kenjutsu nos dá ao permitir-nos treinar diferentes kamaes e quão restrito pode ser lutar apenas de chudan. E mais ainda, ver o grande aprendizado que o aluno de kendo obteve ao perceber que o caminho seria estudar outros kamaes.""
"Esse gashuku em geral foi muito técnico e aprendi muito treinando com meus colegas de outras unidades. O treino de Niten Ichi Ryu foi muito intenso e rico em detalhes."
Salomão (unidade Ribeirão Preto)
Hoje deixo as palavras de nosso aluno diretor do planetário. "Com grande honra, o Planetário Aristóteles Orsini (Ibirapuera) recebeu o SENSEI, alunos do Niten e membros do Templo Nikkyoji.
Meus agradecimentos a todos os pais e parentes que acompanharam o evento.
As crianças nunca vão se esquecer deste dia:
"Niten e Nikkyoji na via láctea"
"Piquenique num cenário de filme!"
Como diretor dos planetários e aluno do Niten, para mim foi algo muito especial. Agora eu penso com alegria nos momentos da visita, então eu me lembrei de uma história:
Sasa no ha sara-sara
Nokiba ni yureru
Ohoshi-sama kira-kira
Kin Gin sunago
Tradução um tanto grosseira:
As folhas do bambu, murmuram, murmuram,
balançam as pontas.
As estrelas brilham, brilham,
grãos de areia de ouro e prata
Essa canção faz parte de uma das maiores festas populares do Japão, a Tanabata, também conhecida como “Festa das Estrelas”. Essa festa ocorre justamente nesse mês da visita aqui no planetário. Que coincidência! A festa é baseada em uma lenda que diz que duas estrelas, Vega (Orihime) e Altair (Kengyu) são um casal, ligados por amor, mas só tem permissão de se encontrarem uma vez por ano, quando atravessam a Via Láctea.
Depois do evento eu tive uma sensação muito boa porque eu ajudei no encontro de duas, das coisas mais sérias que tenho na vida: meu trabalho e meu treino. Bastou atravessar a Via Láctea...
Arigato gozaimashitá SENSEI."
João Paulo - Unidade Nikkyoji Vila Mariana
"Após um ano da minha entrada no Niten, finalmente tive a oportunidade de conhecer e treinar no Gashuku obtendo um novo aprendizado de vida. Há tempos tentava encontrar um tempo para minha dedicação ao Gashuku, mas infelizmente devido ao trabalho e estudos, isso era impossível, só tinha conhecimento do Gashuku através dos relatos do Sensei, dos Senpais, outros colegas ou através de fotos no site do Niten, mas desconhecia o “gosto” do Gashuku. Então, a oportunidade apareceu, durante o mês de julho consegui férias do trabalho, assim como dos estudos ficando o último final de semana de julho livre para minha participação deste grande evento.
De fato os dias passaram, e o dia do Gashuku chegou. Eis que partimos de tarde para a fazenda de Ibiúna, depois do treino ocorrido de manhã no Templo Nikkyoji da Vila Mariana.
Ao chegar, descarregamos nossas malas e tão logo iniciamos o treinamento ao ar livre em meio a um gramado com vários companheiros vindos de lugares longínquos, cercados ainda pela bela paisagem e tranqüilidade que aquela fazenda emanava, mesmo com o dia nublado e meio chuvoso.
Mesmo com o tempo frio treinamos com vontade adquirindo novos aprendizados sob as orientações do Sensei e dos Senpais, ora garoava fracamente ora essa garoa passava, mas mesmo assim continuamos até o fim do nosso objetivo. E como diria o cantor Raul Seixas na música Como Vovó já dizia: “ ...a chuva é minha amiga e nunca vou me resfriar...”.
Niten Ichi Ryu na garoa
De noite, depois do treino, fizemos um jantar de confraternização onde tive a oportunidade de conhecer melhor os meus companheiros que vieram de outros Estados. Nos divertimos bastante através de conversas alegres e descontraídas, com direito a muitos risos até tarde da noite, quando todos se recolheram para acordarem cedo para um novo treinamento.
Momento de confraternização
Levantamos cedo e preparamos o café da manhã, e depois fomos a uma quadra esportiva fechada iniciando nosso treinamento com o Bogu, e depois tivemos momentos de ouro com o Sensei que nos passava uma lição de vida para refletirmos sobre nossas atitudes no mundo afora, que no caso foi a importância de respeitar e cuidar dos mais velhos, como os nossos pais e avós, por exemplo.
Momentos de Ouro: Respeito e gratidão na vida
Fizemos uma pausa para o almoço, e então pude assistir aos treinos de Iaijutsu e Jojutsu, uma oportunidade que não podia perder naquele momento. Após, o encerramento desses treinos iniciamos um novo treino de Kenjutsu com o Bogu.
Fosse o que fosse, treinamos intensamente naquela enorme quadra que, aliás, é excelente, suando bastante, mas seguido em frente com toda nossa vontade e determinação, colocando o nosso coração a disposição no caminho da espada.
Seguindo em frente com toda vontade e determinação
Enfim, encerramos o treino e ouvimos atentos às palavras do nosso Sensei, que nos agradecia e elogiava a nossa participação e treinamento. Fui para casa, com essa experiência marcada na mente e na alma, que sem dúvida jamais será apagada não importa quanto tempo se passe, pois finalmente descobri o “gosto” de um Gashuku no meu caminho do aprendizado."
Loureiro - Unidade Ana Rosa
Felizes fomos nós...
Recebemos esta mensagem de um de meus primeiros assistentes da época inicial do Niten.
Era a época que dividia o tempo entre os plantões nos hospitais e o Niten
Carregávamos todo o material no Uno CS 1.5 verde e que mais tarde viria a ser o Renault 19 RT vinho, quando Sergio fazia a parte do atendimento e arrumação dos materiais.
Vez ou outra levava uns "puxões de orelha"( não que isto o desabone, pois sempre foi um rapaz honesto e confiável), desses que só os alunos que convivem aqui comigo sabem como são. Ou seja, mais do que adverti-lo pelas falhas cometidas profissionalmente, procurei sempre orientá-lo para que se tornasse um ser melhor ainda , para o futuro. Serginho no começo ficava um tanto cabisbaixo, mas passados alguns minutos estava sempre pronto no seu posto, sem guardar mágoas ou ressentimentos.
Mais do que isso, chegou a treinar o kenjutsu e colocou o bogu (armadura) . Aqui, também levou os meus "puxões de orelha".
Tinha todos os motivos para me mandar para o inferno.
Ao invés disso, resolveu me mandar este email:
Bom dia
O meu primeiro emprego foi no Instituto Niten,fico feliz com o crescimento do Kendo no Brasil,eu pratico um esporte que não é tradição no Brasil mas o futebol americano também está crescendo no Brasil.Um grande abraço para o Doutor Jorge.
Aos que tem gratidão, os "puxões de orelha" são como remédio a iluminar seus corações puros;
Aos que não tem, são como querosene a inflamar o ódio em suas mentes obscuras.
Boa sorte Serginho!