Retornar para últimas postagens
Mas o que tem a ver uma escola , "academia" ou organização
Talvez nada. Pois hoje em dia, estão muito ocupadas em promover torneios, exames de graduações, olimpíadas e por aí vai. Em busca de medalhas e troféus. De títulos e "dans".
Mas no Niten, isto não importa.
Fazemos porque nos sentimos bem.
Fazemos porque o mundo se sente bem.
Fazemos porque nesta vida, medalhas ou títulos valem muito pouco (ou até nada?) diante do tempo que estivemos felizes enquanto estivemos no Niten.
Dentro deste contexto, você há de concluir que o Niten realmente NÃO é uma academia...
Aos Hayabusa, jovens guerreiros que levam a espada que dá a vida em abundância, meu arigato.
Texto do Jornal Nikkei traduzido:
"O grupo de Jovens do Niten apresenta o Kenjutsu a Casa de Repouso Ikoi no Sono e idosos ficam emocionados.
O grupo de jovens Hayabusa do Instituto Cultural Niten (Presidente Jorge Kishikawa), visitou a Casa de Repouso Ikoi no Sono em Guarulhos no dia 21 de setembro para uma apresentação e confraternização.
20 integrantes do grupo Hayabusa apresentaram o Kenjutsu, Iaijutsu e Jojutsu alegrando aproximadamente 80 idosos com idade entre 70 a 90 anos.
O objetivo da visita, foi colocar em prática o que é ensinado no Instituto, como Exercer compaixão e tirar o sofrimento das pessoas.
O Membro do grupo Felipe Gisondi comentou "Foi uma honra conviver com os idosos. Pode passar anos, que vou recordar dessa experiência"
A Coordenadora Social, Akatsuka Teresia falou "Foi uma tarde muito proveitosa que os idosos puderam passar e, certamente, muitos voltaram a recordar com carinho a sua pátria"
E a Chefe de enfermagem, Evelyn Nascimento relatou " Percebi o olhar atento dos idosos, todos envolvidos com a apresentação, muitos deles vibravam com lagrimas nos olhos. Não imaginei que a apresentação fosse causar tamanha comoção aos idosos" superando suas expectativas.
O grupo Hayabusa conta com membro com idades que variam de 10 a 30 anos e atualmente, somente na capital conta com aproximadamente 66 membros que atual diretamente em ações sociais."
"Ame Agaru". É o nome do filme que aqui no Brasil ficou conhecido como "Depois da Chuva"
Misawa Lhei, um samurai habilidoso e sem emprego (ronin) demonstra a sua técnica de Kenjutsu aos dois mais experientes de um castelo, perante o senhor feudal.
Os desafiantes de Misawa armam a postura tchudan (ponta direcionada sobre Misawa) do qual ele facilmente se esquiva por várias vezes, e no final, desarma-os sem feri-los. Aparentemente, a deduzir pelos passos e movimentação de braços, os atores que interpretavam os desafiantes foram adestrados no Kendo: ponta da espada apontada sobre o oponente e passos com o pé direito a frente.
Não. O ponto a que eu quero chegar não é falar da superioridade do Kenjutsu ou do Kendo.
O que é então?
É que a postura, o kamae adotado é o nosso katate gedan, do estilo Hyoho NIten Ichi Ryu, de Miyamoto Musashi. Segurando com a mão direita a empunhadura (katate) e a ponta pendente na direção ao solo (gedan). É o nosso primeiro kata, a primeira lição a ser aprendida quando se ingressa no Niten:
- Largue sua espada e segure-a só com uma mão - é a lição numero 1 aqui no Niten.
A partir daí, se desenrola uma série de técnicas aplicadas no nosso treino em combate e que por escrito fica complicado elucidá-las aqui. Tem que vir na aula.
Os golpes são de uma eficácia tal, que nenhum dos dois desafiantes sairia ileso, não fosse a compaixão de Misawa.
Deduzo, a partir desta cena, que Kurosawa e seu discípulo tenham sido extremamente meticulosos e perfeccionistas ao procurar o melhor do Kenjutsu para tornar a obra de arte impecável, mesmo aos olhos de um estrategista.
E até desconfio se Kurosawa não teria sido um dos nossos alunos aqui no Niten...
"Duelo de Kenjutsu"
Uma das maiores confusões a que está sujeito o ocidente - e muitos japoneses - é de que Soke e Shihan tem o mesmo significado.
Quem pensa desta forma, está totalmente errado. Enganado.
Vou falar sobre o primeiro: Soke. Formados pelos ideogramas "principal" e "família", são indivíduos que, praticantes ou não, foram nomeados pelos seus antecessores, representantes da escola a que pertencem. Consanguíneos ou não em relação ao fundador, exercem , em palavras simples, funções comparáveis aos dias atuais a de "presidente de uma organização" perante a sociedade em geral.
Shihan, já exige do indivíduo uma habilidade técnica superior a de todos os seus alunos, pois será aquele que conduzira às aulas e o futúro da referida escola. Certificados concedidos pelo Shihan como Menkyo Kaiden e Menkyo atestam a maestria para um indivíduo ser reconhecido como Shihan. Em poucas palavras: o mestre.
Importante saber que cada estilo tem a sua forma em se tratando de sucessão. Por exemplo, o Suiyo Ryu Iai Kenpo tem o Soke e Shihan em uma única pessoa (Katsuse Yoshimitsu), bem como o estilo de Musashi sensei, o Hyoho Niten Ichi Ryu Kenjutsu (Yoshimochi Kiyoshi) e outros. Por outro lado, o Tenshin Katori Shinto Ryu tem o Soke (Iizasa Yasusada) e Shihan (Otake Risuke) em pessoas distintas e por aí vai.
Ao praticante, interessa saber, desde que busque o aprendizado sem distorções ao longo do tempo, se o seu Shihan tem um certificado legítimo de Menkyo ou Menkyo Kaiden. E, se eu falo legítimo, é porque existem os ilegítimos.
Do contrário, pode se dizer que estará praticando uma técnica falsa e incorreta, pois há grande chance deste que está a sua frente ser um grande "picareta".
A não ser que ele seja um mestre iluminado pelas graças do divino.
Linha de sucessão do Estilo Niten Ichi Ryu
"Quando vou a um evento do Niten, seja torneio, gashuku, encontro, sempre volto para casa mais motivado e com a bagagem mais cheia
Depois de ter feito o meu Duelo de Fukushima em São Paulo,
pude realizar a minha Batalha de Sekigahara em Santo André.
Após participar do meu 5º torneio, posso dizer o quanto que me deixou mais seguro e me deu mais coragem, enfrentar esses desafios como duelos de vida ou morte.
Conforme o Sensei falou, essa sensação de ter aquele frio na barriga, ficar nervoso, dormir pouco, é algo que todos devem experimentar.
Meu desempenho foi até além do que eu esperava nos combates, talvez por eu estar menos tenso do que das últimas vezes. Ainda assim, ficaram evidentes algumas falhas técnicas a corrigir, e isso também me anima a sempre buscar melhorar mais e mais.
E, além do torneio, é sempre bom destacar o convívio que temos entre irmãos de espada de diversas unidades diferentes. Conhecer e reencontrar companheiros com um Caminho em comum.
No dia seguinte, tive a honra de ser convidado para participar do workshop de monitoria. Como não estava com papel e caneta no momento, tentei recordar cada detalhe para escrever durante meu retorno para casa.
Domo arigato gozaimashita, Sensei e Senpai Wenzel, por toda a experiência passada e até mesmo, por ter tido a chance de participar deste workshop!
Estarei priorizando o Gashuku de Fim de Ano, já que estive impossibilitado de participar do último.
Que a minha bagagem de volta esteja cada vez mais cheia!
Sayonara arigato gozaimashita!"
Pinheiro - Unidade Tijuca - RJ
É com alegria que recebo este exemplar da revista "¨Bushido". Tal como escreveu o editor chefe E sobre este assunto, não com orgulho, mas com a certeza de estar cumprindo a missão, acredito que consegui ilustrar um pouco sobre. Hoje, no vôo vindo de Frankfurt ao Japão, sentou ao meu lado um senhor japonês com os seus 70 e poucos anos voltando de um tour pela Alemanha e Itália, cenas comuns entre os aposentados. Mas este, diferente da maioria dos japoneses, estava curioso por me conhecer. Quando soube o que eu fazia, me agradeceu com uma reverência por estar difundindo a cultura e o espirito japonês, este último que está se perdendo aqui com a globalização e mudança dos tempos. Fiquei um tanto sem jeito. Apertou me a mão (coisa rara entre nós japoneses), me entregou seu cartão de visitas, se desculpou pela petulância e, por final, pediu me para que continuasse com a missão. -Ganbarimasu. - Respondí-lhe em nome do Bushido. Clique para ampliar as páginas Texto da Matéria Publicada na Revista Bushido Brasil: "ZEN NO COTIDIANO Espírito Samurai (...) A tradição dos lendários guerreiros japoneses está mais viva do que nunca e é ensinada no Brasil de forma idêntica ao que era no Japão de 700 anos atrás A busca pela perfeição. Essa era a vida dos samurais no antigo Japão. Disciplinados, organizados e com extremo sentido de trabalho em equipe, estes homens foram durante séculos parte da elite japonesa. Em São Paulo, todo este conhecimento e disciplina são repassados por um discípulo direto de antigos mestres da terra do sol nascente. O Sensei Jorge Kishikawa, criador a mais de vinte anos do Instituto Cultural Niten, espalha os ensinamentos milenares das artes da espada samurai. Além disso, em sua escola, o praticante imerge em um mundo onde a filosofia do Bushido e da cultura japonesa são os principais focos. O Bushido (o caminho do guerreiro) era e continua sendo, um rígido código de conduta que regra a vida de qualquer samurai. Este código não é escrito, mas ele é assimilado com o decorrer das décadas de treinamento. A conduta de qualquer praticante da arte da espada, o “Kenjutsu”, ensinado pelo Sensei Jorge, é pautado nas virtudes do Bushido (honra, sinceridade, compaixão, honestidade, lealdade, coragem, humildade, cortesia e polidez). É desta forma que ele comanda seu tradicional “dojo” desde 1993. Atualmente, o Instituto Niten, é considerado um dos maiores centros de ensino das artes tradicionais dos Samurais fora do Japão. Mais de 10 mil pessoas já passaram por lá. São 50 dojos espalhados pelo Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, México, Estados Unidos e Europa. Todos com o mesmo intuito, “buscar a invencibilidade e trazer a espada que dá a vida. Em abundância”. De acordo com o Sensei Jorge, que desde a adolescência visita o Japão – já foi mais de 100 vezes, para poder “beber da fonte” como ele mesmo gosta de dizer, o treinamento consiste em aprender as técnicas (katas) que há mais de 700 anos eram ensinadas e aplicá-las no combate. Este treinamento, aliado a orientação filosófica, possibilita que haja a metamorfose do cidadão comum para o “guerreiro”, permitindo uma melhoria na qualidade de vida do praticante. O mestre é o primeiro 7º Dan desta arte no Brasil. Ele foi aprovado com unanimidade por uma banca de mestres japoneses. Sua educação tradicionalmente japonesa foi complementada a partir dos seis anos quando iniciou na prática do Kendo. Dentre os inúmeros títulos, sagrou-se pentacampeão brasileiro de forma consecutiva, por 2 vezes, invicto em quase 80 embates. Foi vice-campeão mundial em 1985, em Paris e 3º colocado no mundial em 1977, em Tóquio. Sempre buscando incessantemente os conhecimentos do “Kobudo” – (ko – antigo; budo – artes samurais), ele descobriu os segredos dos estilos de combate criados pelos samurais. Dentre eles, podemos destacar o “Hyoho Niten Ichi Ryu” do mestre Miyamoto Musashi, o “Suio Ryu Iai Kenpo”, imortalizado nas páginas do “Lobo Solitário” Kozure Ookami, o “Shindo Muso Ryu Jojutsu” do mestre Muso Gonnosuke Katsuyoshi, o “Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu” criado por Iizasa Choisai Ienao há quase 700 anos, além do “Ishin Ryu Kusarigama jutsu” e do o Ikkaku ryu Jitte jutsu entre tantos outros. “Esse foi o início do caminho em busca das origens e da invencibilidade”, revela o Sensei. Entre tantas outras facetas, o mestre também é formado em medicina esportiva pela Unifesp (antiga Escola Paulista de Medicina). É escritor e também criador do método KIR, que na sigla em inglês significa Ken Intensive Recuperation ou Recuperação Intensiva através da Espada. Dentro da tradição guerreira dos samurais, ele possui o “Menkyo Kaiden”, a graduação mais alta no “Hyoho Niten Ichi Ryu Kenjutsu”, estilo desenvolvido pelo mestre Samurai Miyamoto Musashi, o mais famoso de todos os tempos e imbatível em mais de 60 duelos. Com seu conhecimento acumulado em mais de 40 anos de treinamento nos diferentes estilos, sua educação austera, o convívio com os últimos mestres samurais no Japão, a sua formação e experiência como médico do esporte, uma experiência de 10 anos no meio militar e o fato de ser brasileiro, compõem os seis pilares do método KIR. São esses fatores que tornam as aulas imensamente mais enriquecedoras. É uma profunda viagem em busca da essência da espada e da filosofia samurai. Desse ponto de vista, esse método é a ferramenta fundamental que canaliza os ensinamentos da filosofia e da cultura japonesa no dia a dia do praticante, fazendo com que eles adquiram, sobretudo, tranquilidade, controle, disciplina e autoconfiança. Sua dedicação plena e integral em difundir os legados da tradição guerreira da espada samurai (Kobudo e o Bushido) foi reconhecida em vários estados e municípios do país. Seu legado é tão grande que o dia do seu aniversário, 24 de abril, é considerado o dia do samurai em São Paulo e em outros estados. Os samurais prezavam particularmente o treinamento militar. Através das artes marciais, era fortalecida tanto a sua técnica quanto o seu espírito. Mais do que acertar um alvo com sua flecha ou cortar algo com sua espada, um samurai sempre visava refinar seu espírito, com a autodisciplina e o autocontrole, para assim estar sempre preparado para as situações mais adversas possíveis. Tal preocupação com o espírito, ajudou as artes samurais a se salvarem da extinção na restauração Meiji (época em que os samurais viraram burocratas a serviço do governo). O Kobudo, como são conhecidos os estilos de combate criados pelos samurais, ainda é praticado nos dias de hoje. Ele envolve uma grande gama de armas e técnicas. Entre elas, destaque para o Kenjutsu*, o Iaijutsu*, o Naginatajutsu*, o Sojutsu* ou Yarijutsu*, o Jojutsu* e o Bojutsu*. A maioria destas artes foi modernizada. Elas são chamadas de “Gendai Budo”. É o caso do kendo, do aikido, do judô e do jiu-jitsu. Tanto o Kobudo como o Gendai Budo são praticados hoje em dia, muitas vezes se complementando. Em entrevista a Revista Bushido Brasil, Jorge Kishikawa revela quais suas atuais pretensões com a mais tradicional das artes marciais: RBB – Quais são as diferenças básicas entre os ensinamentos desenvolvidos no instituto e às outras artes marciais? Sensei – Eu não conheço profundamente as outras artes marciais, mas pelo conhecimento que adquiri ao longo das décadas de treinamento me parece que elas carecem da parte filosófica. É difícil explicar, mas vai desde o convívio e passa pelos mestres. É o nosso método KIR. Fui buscar um conhecimento do outro lado do mundo e de uma época muito anterior a nossa. Eu sempre remei contra a maré. Eu ia para o Japão aprender as técnicas antigas, enquanto os japoneses estavam mais interessados em beisebol. Era a americanização gerada depois da 2º guerra mundial. Então eu tive aulas com os últimos samurais legítimos. Filhos e netos de samurais. Faço isso há quarenta anos. Vou para lá de duas a três vezes ao ano. Sou o neto que eles queriam ter e que o pós-guerra não “permitiu”. Fui atrás do conhecimento. Bebi na fonte. Vivi na casa deles e isso me tornou o homem que sou hoje. RBB – O que buscam os alunos que vão até a sua escola? Sensei – Eles buscam por uma mudança interior. Eles têm a esperança de encontrar algo que eles não encontraram nas outras modalidades. Os filhos ou netos de japoneses vêm até aqui na intenção de resgatar as origens. Os jovens de hoje estão interessados nisso. Diferente da minha época onde eles repudiavam. Por isso que disse que eu remei contra a maré. Outros buscam a felicidade. Alguns uma forma de se superar na vida buscando estratégias para melhorar no trabalho, na escola e no convívio de uma forma geral. RBB – No que o ensinamento samurai pode ajudar em nosso mundo moderno? Sensei – Ele ajuda desde prevenir um acidente de trânsito, até você acordar mais cedo e aproveitar o dia. Nosso treinamento não deixa que a pessoa se envolva em um problema banal. Você é respeitado por seu colega de trabalho. Você melhora seu desempenho no estudo e obviamente você melhora sua saúde. Isso faz com que seu dia a dia fique muito melhor e muito mais suportável. Nosso ensinamento serve para orientar a vida. RBB – No que a vida do senhor como médico ajudou na arte marcial ou vice-versa? Sensei – Dentro do ponto de vista médico esportivo, alguns conceitos estavam um pouco ultrapassados. Então tínhamos muitas lesões. Em cima disso verifiquei que alguns exercícios não eram adequados para determinada técnica. Outro detalhe é que com minha formação eu consigo ver o que cada discípulo carrega de problema e que traz para o instituto. Não me importa sua medalha. Não me importa sua graduação. O importante é que nosso aluno seja feliz. RBB – Todos os equipamentos para a prática desta arte não são baratos. O instituto dispõe de alguma bolsa para aqueles que querem iniciar neste caminho? Sensei – Sim. Temos bolsas em todas as nossas escolas. É só entrar em contato com o instituto mais próximo e verificar as possibilidades. RBB – Sensei, o nome da nossa seção é “Zen no Cotidiano”. O senhor se considera um cara zen? Sensei – O zen do ponto de vista mais tradicional diz que não devemos nos apegar a nada. Por este lado eu não sou zen. Sou muito apegado a minha saúde, sou muito apegado a minha família, aos meus alunos. Então do ponto de vista religioso eu não sou zen. Eu sou budista, mas não sou zen. Agora no sentido do zen popularmente dito e que diz respeito a uma pessoa calma e tranquila eu me considero zen. Eu tenho muito claro em minha mente tudo o que devo fazer e tenho muita segurança em tudo. Tenho esclarecimento do mundo e é por isso que eu me considero zen. Todo o meu minuto é vivido de forma intensa. Kenjutsu* – Arte da Espada Iaijutsu* – Arte de desembainhar a espada Naginatajutsu* – Arte do bastão longo com lâmina Sojutsu* ou Yarijutsu* – Arte da lança Jojutsu* – Arte da Paz Bojutsu* – Arte do bastão Continua (post completo) |
RESULTADOS DO 13º TBEK
Torneio brasileiro por Equipes de Kobudô
Kenjutsu Sem Bogu
1º Erick (Santos)
2º Germano (Ribeirão Preto)
3º Larissa (Belém)
Kir Jovem
1º Equipe Itto
- Tiago (São Paulo)
- Hiro (São Paulo)
2º Equipe Nitto
- Fuji
- Alexandre (São Paulo)
3º Equipe Itto
- Raphaela (Santos)
- Takemitsu (São Paulo)
Kir Jovem Sem Bogu
1º Ichiro (São Paulo)
2º Akira (São Paulo)
Jojutsu
1º - Ivan (juiz de Fora) e Cortes (Rio de Janeiro)
- Pinheiro (rio de Janeiro) e Hideo (São Paulo)
- Bergamini (Porto Alegre) e Rodolfo (Recife)
2º - Marques (São Paulo e Kimura (São Paulo)
- Joyce (São Paulo) e Toshi (São Paulo)
- Impieri (Rio de Janeiro) e Akio (São Paulo)
3 º - Holschuh (Americana) e Danilo (Campinas)
- Gardenal (Ribeirão Preto) e Guerreiro (Ribeirão Preto)
- Kodama (Tatuapé) e Campelo (Ribeirão Preto)
3º - Drawin e Fonseca (Minas)
- Massao e Márcia (São Paulo)
- Cadu (Braslília) e Bianca (Curitiba)
Iaijutsu
1º - Gilberto (Adm)
- Zambon (São Paulo)
- Ivan (Juiz de Fora)
- Dembergue (Piracicaba)
2º - Drawin (Belo Horizonte)
- Brasil (Vitória)
- Tatiane (Sorocaba)
- Toshi (São Paulo)
- Humberto (Santos)
3º - Cavalcante (São Paulo)
-Guilherme (Campinas)
-Delfino (São Paulo)
-Hiromitsu (São Paulo)
Kenjutsu Feminino
1º Equipe Nitto
- Márcia (São Paulo)
- Kate (Sorocaba)
2º Equipe itto
- Bianca (Curitiba)
- Mariana (Santos)
3º Equipe itto
- Ana Lúcia (São Paulo)
- Tatiane (Sorocaba)
- Naomi (São Paulo)
Kenjutsu Masculino 0 a 5º Kyu
1º Equipe Nitto
- Radha (São Paulo)
- Neves (Santos)
- Humberto (Santos)
- George (Santos)
- Ekman (São Paulo
2º Equipe Nitto
- Fábio (Sorocaba)
- Pinheiro (Rio de Janeiro)
- Regis (São José dos Campos)
- Cavalcante (São Paulo)
- Siqueira (Santos)
3º Equipe Itto
- Fusari (Campinas)
- Del Vechio (Ribeirão Preto)
- Bergamini (Porto Alegre)
- Souza (Volta Redonda)
Kenjutsu Masculino 4º e acima
1º Equipe Itto
- Gilberto (Adm)
- Jeffernson (São Paulo)
- Ivan (Juiz de Fora)
2º Equipe Itto
- Estevão (São Paulo)
- Numa (Uberlandia)
- Demberg (Sorocaba)
3º Equipe Naguinata
- Delfino (São Paulo)
- Webber (Santo André)
Desta vez não consegui acertar os 10 golpes consecutivos.
¨No mínimo frustrante. O aluno devia ser habilidoso¨- pensará você.
A verdade que não era aluno, mas aluna.
E olhe que não encaixou nenhum:
¨A natureza possui uma regra básica para os carnívoros: para que um animal sobreviva, outro deve morrer. O predador desenvolve técnicas infalíveis para comer e permanecer vivo, enquanto a presa... Bem, a presa corre.
Em um momento do último treino, Sensei pegou as duas espadas e as apontou na minha direção. Esse Kamae (posição de combate) se chama Nito Migi Waki, uma postura de combate contra a qual nunca lutei. Portanto, minha primeira reação foi estudar o Kamae em busca de pontos abertos. Como não obtive sucesso na busca, tentei encontrar um meio de desarmar o Kamae atacando, mas todas as tentativas resultavam em contra-golpes certeiros.
A luta seguia e os resultados das minhas tentativas de ataque eram cada vez mais frustrantes. De repente, o Sensei preparou o Kamae e começou a caminhar em minha direção lentamente. Naquele momento ele parecia extremamente ameaçador e eu, por instinto, recuei.
Era um rato diante de uma cobra, consciente do bote certo, buscando desesperadamente uma saída, mas com os olhos fixos nos olhos de seu predador, temendo que qualquer desvio de olhar desencadeasse o ataque. Enquanto o roedor recuava, ainda tentava buscar um meio de desarmar o bote. A concentração no ataque era tão grande que só percebeu que estava encurralado quando sentiu a parede em suas costas.
Desabei.¨- Tais (Unidade Porto Alegre)
Quando algum segredo (Hiden) nos é passado de forma não verbal, uma sensação de plenitude, espanto e até de felicidade nos preenche. Um vislumbre mágico. A descoberta da pedra filosofal.
Sempre que passei por estes momentos, fico imaginando o quanto fui abençoado por ter descoberto esta senda de guerreiros samurais e o sentimento de gratidão brota do fundo do coração...
Estes momentos são difíceis de serem transcritos, mas hoje temos a sorte de ter algumas palavras de um aluno, também faixa preta de karate, que habilmente conseguiu expor momentos deste ¨vislumbre mágico¨.
Foi anteontem, no treino de Jojutsu:
"Shitsurei Shimasu, segue o relato sobre o que senti quando me foi aplicado o Tsukizue:
Preparação
Confesso que estava com dificuldade para me focar naquele dia, inclusive no treino de Jô e levei alguns belos Uchikotês de Jô do Sensei para acordar.
Depois de ter muitos detalhes corrigidos da minha postura, corte e atitude, o Sensei começou o movimento do Tsukizue.
O Primeiro Golpe
No começo, olhei para os olhos do Sensei mas logo senti meus olhos puxados para o movimento "vagaroso" e preciso de seus braços. Enquanto estes alcançavam a altura do ombro, voltei meus olhos aos do Sensei e a última coisa que vi foi uma súbita mudança na expressão e no ki do Sensei, e um golpe ligeiro começando: minha visão tremeu e recuei três passos instintivamente. Foi uma energia invisível intensa me sobrepujando e meu corpo gritou para que eu recuasse, como se uma fera tivesse aparecido subitamente na minha frente. Meu espírito foi totalmente quebrado antes que o primeiro movimento do Sensei tivesse se completado. Mesmo depois do movimento, meu coração estava acelerado e levei alguns segundos para acalmar minha respiração.
O Segundo Golpe
Na segunda vez, em que me preparei melhor para levar o golpe, também não consegui conter o espanto. Embora não tenha recuado como da primeira vez, meu corpo tremeu e tentou se jogar para trás. Mesmo se o corpo não recuou, o espírito o fez. Entendi que não fui surpreso pelo medo de uma fera que de repente apareceu, mas por algo que estava na na minha frente e que eu sabia que estava por vir.
O que me foi mostrado naquele dia foi um segredo do caminho que não pode ser entendido só de ser simplesmente contado, e quero entendê-lo algum dia.
Um tempo atrás, li em um café que "Jô é combate" e achei que havia compreendido. Depois desse treino, acredito que começo a ter uma ideia do significado." - Akio (Unidade Ana Rosa)
Voltei de Santos satisfeito e contente.
Palavras não são suficientes para se fazer sentir,
Alunos emocionados com o crescimento do grupo; resolutos em continuar da direção correta do Caminho;
determinados em lutar por melhorar mais e mais a Unidade Santos.
Esta nova geração é uma grande promessa para o futuro.
E veja se não é:
"É emocionante ver a unidade de Santos crescendo a cada dia e ouvir do Sensei que tudo isso é devido a persistência não só minha como de todos os irmãos de espada que ingressam na unidade de Santos, só posso agradecer ao Sensei esperar o surgimento de novos samurais em Santos." - Tengan
"Cada segundo que passamos com o Sensei nos garante continuar na direção correta do Caminho. A convivência com o Sensei é necessária para a lapidação do samurai existente em cada um de nós." - Siqueira
"Vamos botar em prática tudo que o Sensei nos orienta todos os dias e fazer com que o Niten cresça cada vez mais, com nossos alunos lutando para num futuro estarem no nosso lugar também ajudando outros jovens a melhorar como pessoas!" - Neves
O sábado deste fim de semana foi agitado.
Mesmo sendo uma manhã fria
A turma das 07:30, do Katori, pôde vivenciar um pouco do Kangeiko (treinamento de inverno) realizados no Japão.
Iai, Kenjutsu e Kir Jovem aqueceram o dojo e "matando" o frio.
Findo o treino, peguei o carro e descemos a Serra. Aqui no Niten, quando falamos em "serra", temos a Serra da Cantareira e a Serra do Mar. Desta vez, foi a Serra do Mar.
Destino: Unidade Santos.
Foi um dia que, apesar do "bate-volta", rimos bastante.
Veja:
"Ver o Sensei pela primeira vez, nesses primeiros meses desde que ingressei no Instituto Niten, me deu ainda mais força de vontade em trilhar o Caminho." - Erick
"Achei que a energia das pessoas do treino estava elevada e que todos estavam empenhados em fazer o melhor e o correto." - Hada (Unidade Santos)
"Para mim uma certeza: Treinar, treinar e treinar! Isso é o mínimo que posso fazer pelo Sensei e compa nheiros do Niten. Meu esforço, assim como de todos, ajuda o aprimoramento da técnica, da serenidade, da segurança (evitando acidentes e sapinhos) e o fortalecimento do dojo." - Humberto (Unidade Santos)
"Já tive a oportunidade de viajar com o Sensei e treinar como um visitante, desta vez pude ver o "outro lado", treinar como um anfitrião, junto a todos que treinam em Santos.
Certamente aprendemos muito neste dia, pois as correções do Sensei são capazes de iluminar nosso entendimento das técnicas e nos fazer focar ainda mais. Mesmo não tendo colocado o bogu completo aprendi muito, não só da parte técnica mas também da maneira de passar essas técnicas aos que estão iniciando o caminho.
Agradeço ao Sensei, a Sensei e os meninos pela visita.
Suamos, gritamos, levamos bronca, aprendemos e rimos bastante.
Realmente foi uma ótima tarde!" - Hideki