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Bom saber que todos se fartaram em comer o arroz feijão, como prometido. Voltaram todos reforçados a suas cidades
"Também busquei outras artes como fotografia, música, literatura e a contemplação da gastronomia como forma de conhecer a cultura e expressão do espírito criativo. Surpreendente como o Caminho se manifesta em nossas vidas. Comecei a cozinhar melhor depois que entrei no Niten. Mais foco e atenção, dedicação, disciplina, tentativas sucessivas para melhorar cada vez mais. Em minhas viagens pelo mundo, pude experimentar sabores e temperos.
Hoje quando me perguntam qual a combinação mais harmônica e complexa de um prato, respondo sem exitar: arroz e feijão. Esse prato aparentemente simples transmite uma lição muito valiosa, constantemente ensinada pelo Sensei, que considero verdadeira iluminação: A Importância dos Fundamentos.
Quando o Sensei anunciou o Gashuku de Katas, como o treino para fortalecermos nosso "arroz e feijão" tive imediata associação do tesouro que seria e da importância de fazer o possível e o impossível para ir. Fundamentos. Mais que isso: Fundamentos passados diretamente pelo Mestre. Como deixar de apreciar esse prato tão especial? Só tenho que agradecer por esse banquete que pude vivenciar, dos Katas dos estilos antigos mas principalmente, dos Katas para vida. Volto renovado, empenhado em querer aprender e melhorar mais como ser humano." - Donegá (Unidade Ribeirão Preto)
"Mais uma vez tive a oportunidade de estar próximo do Sensei para aprimorar minhas técnicas, moldar minha conduta, trilhar o Caminho. Muito mais que reforçar o "Feijão com Arroz", sinto que aprendi algo novo em cada Kata, cada repetição, algo que estava ali mas não podia perceber. Eram segredos que se revelavam, ou melhor, me eram revelados." - Rovere (Unidade Ponta Grossa)
"Desde o Gashuku com o Sensei realizado no Rio de Janeiro, estive ansioso para a chegada do Gashuku de Katas! O Sensei nos falou que seria essencial para fortalecer o nosso "feijão com arroz".
Aguardando o feijão com arroz, recebemos de brinde um "caviar". Muitas dicas, aprendizados e atualizações em apenas dois dias." - Pinheiro (Unidade Rio de Janeiro)
"Quando recebi as palavras do Sensei sobre o gashuku de katas ("Fortalecer o feijão com arroz...") imediatamente me veio a memória de uma situação ocorrida em minha adolescência. Eu treinava Judô e durante um torneio tentava fazer algumas "firulas" e "poses" apenas porque alguns parentes estavam assistindo e eu queria fazer "bonito". Não deu outra: tomei um Ippon que me tirou da disputa do primeiro lugar. No intervalo meu professor havia me puxado a orelha dizendo que o "feijão com arroz ganha a luta" e que seu não tivesse "inventado moda" tinha grandes chances de ir para a final. Ressaltou a importância de sustentar as posições e movimentos básicos executados com perfeição. Absorvi e lição e até hoje guardo a medalha de terceiro lugar." - Vilela (Unidade Belo Horizonte)
Feijão com arroz
Neste final se semana, realizamos o nosso Gashuku (treinamento intensivo) em meio ao frio
¨Pouca gente¨, deduzirão os afoitos.
As quadras ficaram lotadas que nem o frio nem a chuva puderam espantar o tanto que havia de calor humano: isso é Niten.
Treinamento na chuva ? Isso é Niten.
Apoio aos imprudentes? Isso é Niten!
Veja o que achou um aluno que veio lá do Sul para fugir do frio:
¨É para poucos.
Imprudência.
Palavra presente nesse Gashuku.
Característica reconhecida em espíritos livres,
Capazes de assumir as sérias dificuldades e consequências por estar condenado a ser livre.
Diante de condições iniciais adequadas e sabendo aproveitar o grande potencial,
Desbravou o desconhecido para trazer ao Brasil o que tantos buscavam,
Mas não encontravam e não poderiam criar os meios para realizar o sonho,
O sonho de trilhar a senda do samurai.
Imprudência e coragem foi preciso no início.
Mais ainda para dinamizar, dar vida ao sonho.
Arigato gozaimashita, Sensei.¨- Oliveira (Unidade Porto Alegre)
No frio e na chuva!
Imprudência!
"Quando decide-se iniciar um Shugyo (treinamento intensivo com o Sensei)
Pensando no meu objetivo, fui agraciado logo no primeiro dia com um Momento de Ouro que dizia exatamente o que eu precisava ouvir. Parece que foi o empurrão que eu precisava para me manter firme até o final do Shugyo. Para manter essa firmeza só dependerá de mim e nada mais, logo a conclusão que fui levado a chegar (levado porque só cheguei a ela por estar no Shugyo com o Sensei e os Senpais) é: as únicas coisas que devem ser feitas no Shugyo (extrapole para vida também) é lutar, lutar e lutar. Com zelo aos detalhes e sem pensar negativamente (ou sem pensar em nada).
Um pensamento ruim é suficiente para tirar sua energia e estragar o bom andamento do Shugyo.
Pensando novamente nos Momentos de Ouro e na batalha em terra gregas, arrisco a dizer que os guerreiros vencedores só tiveram sucesso por não deixar qualquer pensamento ruim (ou pensamento no geral) influenciar a luta e é óbvio que assim eles lutaram, lutaram e lutaram".
Pacheco -(Unidade Brooklin)
É obvio que pensamentos ruins (diga-se "negativos") não devem fazer parte do Caminho e, muito menos em uma luta.
O problema é que muitas vezes ficamos cegos (ou surdos) para perceber o mal que estamos fazendo e, movidos pela pseudo-razão, deixamos nos levar pela estupidez, preguiça ou ignorância .
"Vou prestar exame de graduação ate morrer", "Vou fazer o que eu bem quiser" ou "Já aprendi o bastante" são pensamentos ruins que freqüentemente desviam dos momentos de despertar no Caminho.
Se as consequências são desastrosas no Caminho, imagine então na luta que chamamos de "vida"': m-o-r-t-a-l.
É por isso que você precisa de vez em quando de um "empurrão".
Com dor e com D'oro
Iaijutsu - Numa (Uberlandia - MG)
Iaijutsu - Pacheco (Brooklin -SP)
Não deveria, mas cada um à sua maneira e livre espontânea vontade pensa diferente quando tem aula com o seu mestre.
Existem aqueles que agradecem de coração por ter aprendido algo novo, uns que reclamam porque é sempre a mesma lição (não sabem que a repetição é para tirar seus vícios), ou outros que ou pela ignorância ou pela arrogância, entendem à sua maneira e depois deturpam tudo.
Mas o relato que nos acompanha neste Cafe é de um aluno que está imbuído de plena gratidão e senso de dever, de "tirar o chapéu" e, pasme: que nem no Japão encontramos nos dias de hoje.
Não deveria, mas é de deixar todo mestre orgulhoso.
Preste atenção:
Kussarigama
¨Vou deixar aqui meu relato aos colegas sobre o momento maravilhoso que tive ontem:
Tive a honra de participar do treino do Sensei de Kusarigama (Foice e corrente). Empunhei o Bokuto (espada de madeira) e fiquei em posição de combate.
Sensei então girava aquela corrente em uma velocidade impressionante e disse que acertaria o kote (antebraço). Quando meu cérebro entendeu o recado e mandou a mensagem para os braços, eu já havia tomado um golpe!
Tentei entender como tomei aquele golpe e nesse milésimo de segundo, tomei outro! Por sorte desviei de um. Mas o próximo veio com muito mais velocidade e tomei novamente!
Que velocidade incrível! "Arigato Gozaimashitá" eu dizia em cada golpe que levava. Kororo Kara (de coração). Aí você me pergunta: Por que agradecer de coração por "apanhar" tanto?
Também porque o Sensei se dispôs de um momento do tempo dele pra me ensinar. E eu aprendi MUITO. Mas não apenas por isto. Principalmente por eu poder exercitar um dos votos do Bushido: "Ser SEMPRE útil ao Mestre". Espero ter sido e continuar sendo útil ao Sensei no percurso do Caminho.
Sensei disse que Musashi Sensei vencia duelos com esta poderosa arma. Já pensou quantas armas ele teve que dominar e o quanto se dedicava à isto? O Caminho é longo!
Bem... não pense. Vamos treinar! ¨- Albuquerque (Unidade Ana Rosa)
Yoshimitsu de Naginata x Pedro de Ito (uma espada)
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Obs: O Dia do Samurai é uma data oficial também no Estado do Paraná
Abaixo transcrevo, por achar de bom astral, as palavras de dois dos Guardiões da Tradição homenageados esse ano:
¨Okaguesamade
Creio que esta homenagem não é apenas ao "Guardião", mas a todos os samurais verdadeiros que formam este grupo coeso do Niten.
Também aos familiares, principalmente pais e avós que me criaram de forma que eu chegasse até aqui. Afinal apesar de todo esforço individual devemos sempre nos lembrar de onde viemos e de quem nos orientou.
Vamos continuar com perseverança nesta missão de servir ao Sensei e ao Niten, mantendo e transmitindo a tradição do Bushido (código de ética dos Samurais).
Domo arigatou gozaimashita. ¨- Uehara - (Ana Rosa/SP)
Aqui vale a pena prestar atenção as palavras que são sempre esquecidas pelos ingratos: ¨sempre nos lembrar de onde viemos e de quem nos orientou¨.
¨Os infelizes são ingratos; isso faz parte da infelicidade deles¨, escreveu Victor Hugo.
Logo, para sermos felizes, devemos ter gratidão por todos que nos orientaram...
¨O Niten foi um divisor na minha vida. Antes de iniciar no Caminho estava sem foco e por vezes desiludido com a vida.
Avancei no Caminho, mas sinto que tenho ainda uma longa jornada e a cada dia me surpreendo com o que ganho do Sensei e dos meus Senpais, mesmo nos “puxões de orelha”.
Receber agora a homenagem de Guardião da Tradição Samurai me dá a resposta para a pergunta “O que você busca no Niten”, além de renovar o meu compromisso com todos do Niten, e viver conforme o Hagakure Shi Sei Gan. Sei que não é e não será fácil, pois se fosse não seria Bushido.
Estou feliz e honrado em receber a homenagem e irei sempre me empenhar para continuar digno de ser Guardião da Tradição Samurai.
Domo arigato gozaimashita Sensei, Senpai Wenzel, todos os meus Senpais e companheiros do Niten!¨ - Delai (Unidade Espirito Santo)
¨O que você busca no Niten¨.
Não sei o que você busca. E eu tenho quase a certeza que nem você sabe.
Mas uma coisa eu posso lhe mostrar o que você vai encontrar aqui: um templo de samurais e um exercito de espartanos.
Aqui a ordem é : meditar e treinar!
Uehara em visita com Sensei ao Templo Yuseiji - Kyoto - Japão
Semi-final de Iaijutsu - Coordenador Vaz - Niten Rio
"O Japão passou por um período de grande turbulência por volta de 1600 DC, fase da divisão do reino.
Para sobreviver à elas era preciso disposição (ki), técnica (ken), condicionamento físico (tai), e uma pitada de sorte (un), como mencionado no livro do Sensei, o Shin Hagakure.
Sekigahara Kassen Byōbu.
Musashi Sensei participou nessa época da batalha de Sekigahara, uma das mais sangrentas da época. Mesmo pertencendo ao lado perdedor, Musashi Sensei sobreviveu.
Voltando para o período presente, durante o meu Shugyo (treinamento espiritual com o Sensei), eu (31), Senpai Meloni (23) e Senpai Cavalcante(28), treinamos com o Sensei três horas e vinte minutos de Keiko constante (combate). Foram lutas intensas utilizando diversas armas. Eu nunca havia experimentado algo do gênero.
Durante todo esse tempo o Sensei foi o único que não baixou a energia ou demonstrou sinais de cansaço. Sem dúvida nenhuma o Sensei sobreviveria às batalhas do Japão antigo.
Gambate mina-san, vamos treinar à exaustão para quem sabe também sobreviver as batalhas do dia à dia, sem precisar da pitada de sorte, é claro.¨