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Vi no noticiário que as vítimas do terremoto ocorrido há 2 dias, na província de Ishikawa estavam felicíssimas ao tomar o primeiro banho após 3 dias.
Trata-se de um grande terremoto que ainda tem possibilidade de ocorrer.
Os idosos diziam que tomar o banho foi um processo de revitalização, e por outro lado, as criancas eram as mais felizes na face da Terra.
Tudo no furô.
Aí sim, lava-se a alma.
Se não tem o que fazer, desligue tudo que estiver a sua volta.
TV, rádio, luz, geladeira. Tudo.
Só o silêncio e a escuridão.
Se estiver longe de tudo isto, melhor ainda. Você tem sorte. Provavelmente está longe de tudo e de todos. No alto da montanha, na praia deserta, ou numa praça de uma cidadezinha do interior.
Continue a não fazer nada, desde que o tempo lhe permita. Mas aproveite estes poucos minutos para não fazer nada mesmo. Escrever emails pelo celular? Nem pense isso. Já basta os emails que tem que escrever pelo PC.
De repente, um tênue raio de luz ilumina à sua frente e você consegue enxergar com os olhos da verdade. Assuntos não esclarecidos ou mal resolvidos ganham uma solução.
-Eureka! Entendi.
É isto que vai lhe acontecer.
A iluminação da mente.
Experimente. Mal não vai fazer.
Quem já não teve um subalterno que esquece tudo que você fala e a todo momento? Como no se diz no ditado popular:
-Ele só tem 1 neurônio.
É incrível. Esquecem. Esquecem mesmo. E não é força de vontade, não.
No entanto, pelo menos uma coisa eles não podem esquecer: o seu chefe.
Tem que pensar no seu chefe. Em primeiro lugar.
É óbvio que só pensar e lembrar dele não adianta. É necessário pensar no bem estar dele. Só isto.
BEM ESTAR do CHEFE. Isto não é "puxar o saco" dele. É pensar, de coração, a todo momento. Estar pronto para servir. Se necessário, não dormir, nem comer. Tudo pelo CHEFE.
É a única salvação para os burros, mas competentes.
Um burro desses vale mais que ouro
Detalhes que fazem a diferença numa companhia aérea:
1. A aeromoça responder ao chamado imediatamente. Em menos de 1 minuto!
2. O café que você estava tomando esparramou-se do copo devido a turbulência e a aeromoça vem imediatamente, e com um pano úmido e produto anti-mancha faz questão de limpá-lo, pedindo desculpas. Desculpas do quê?! Se a causa foi a turbulência?!
3. O comandante desejar aos passageiros uma boa estadia no seu destino, e que por ser equínocio de primavera, ou de outono (mudanca de estação), tomar cuidado com as mudanças freqüentes de temperatura e não ficar resfriado. Aí já é demais!
maita = "me dou por vencido!" (nota do editor )
Saiu na NHK que neste ano a flor da cerejeira, sakura, está dando mostra de que vai florescer antes. É o efeito do aquecimento global, que agora já muda a natureza e, por conseguinte, a cultura japonesa. O que era para ser em meados de abril, será na semana que vem, final de março.
Independente disto, a sakura continua sendo sinônimo de beleza manisfesta num curto espaco de vida. Apesar dos jovens japoneses não a sentirem.
Bem, mas talvez seja exigir por demais aos jovens a brevidade da vida. Deixemo-los em paz.
Mas e os mais velhos, já com seus 30, 40 que continuam percorrendo sonhos inúteis, ou os de 70 que ainda não encontraram a paz no coração?
Que cada um não se esqueca de curtir bem a sua sakura.
"A Cerâmica Marajoara é fruto do trabalho dos índios da Ilha de Marajó. A fase mais estudada e conhecida se refere ao período de 400/1400 dC.Para se chegar à ilha leva-se 3 horas de barco, ou 30 minutos, de avião, partindo-se de Belém, capital paraense. Visando manter a tradição regional, o museólogo criou um ateliê de cerâmica onde são reproduzidas e comercializadas peças copiadas do acervo. O barro é modelado manualmente com a técnica das cobrinhas (roletes), sem o uso do torno de oleiroOs índios de Marajó faziam peças utilitárias e decorativas. Confeccionavam vasilhas, potes, urnas funerárias, apitos, chocalhos machados, bonecas de criança, cachimbos, estatuetas, porta-veneno para as flechas, tangas (tapa-sexo usado para cobrir as genitália das moças) – talvez as únicas, não só na América mas em todo o mundo, feitas de cerâmica. "
o Pote Marajoara | final de treino com alguns colegas da Unidade Ana Rosa |
Acabou o verão. Ontem, dia 21, deu-se aqui o início do outono. Lá no Japão, acabou o inverno. Deu-se o início da primavera. Chamamos de "shunbun no hi".
Shun é o ideograma primavera. O kanji por si só é lido como haru.
Bun é o ideograma dividir . Lê-se wakeru.
No é a preposiçao "da".
Hi significa dia.
Shunbun no Hi. Ou seja, equinócio da primavera.
Primavera. Para os japoneses, a primeira associação é com a Sakura, a flôr da cerejeira... Preferida dos samurais. Por ser tal como a vida é - bela e curta.
Mais uma vez para lembrarmos da efemeridade da vida, que a maior parte dos homens teima em não aceitar...
Ao assunto de ontem, Hamon (20/03 - "Com Licença"), tenho um comentário a lhe acrescentar.
Um ex-diretor da Embraer, ao saber do assunto, deixou-me as seguintes palavras, fruto de seus 35 anos de experiência no mundo corporativo:
"No Brasil, nos altos escalões também não é diferente. A diferença com o Japão é que assuntos como estes só não são explícitos, e não estão escritos. A cultura do brasileiro é de dar um tapinha nas costas, um sorriso, um abraço. Mas, lá em cima eles exigem sim, que você tenha lealdade, fidelidade e honestidade. Esperam de você uma conduta decente.
E quem não se enquadrar é sutilmente afastado, ou, como no Japão, sumariamente 'cortado' ".
Entendi...
Nenhum presidente ou empresa gostaria de ter um vice presidente ou diretor com a sua lealdade colocada em dúvida. São milhões, bilhões ou trilhões em jogo. Bem como se envolver com o concorrente.
Faz sentido.
Hamon.
Em português tem como significado: excomungar, expulsar
Palavra utilizada nos grupos tradicionais (monges, escolas tradicionais de chá, kenjutsu, flores e todos os Caminhos do Japão).
Conversamos um assunto semelhante há algum tempo (Hikyo na Furumai - 09/03).
Como se portar da forma nipônica, bushido, perante aqueles que foram feitos hamon.
Geralmente, não há problemas no Japão, pois aqueles que foram feitos hamon não tendem mais a se aproximar do grupo onde "aprontaram". Tem um pouco de vergonha.
Mas desde que o mundo é mundo, e como já citei no Shin Hagakure, existem os piores. Os sem-vergonha. Os sem-escrúpulos.
O que fazer quando eles vêm te abordar? Um email, um telefonema, ou até, casualmente te encontram na calçada e vêm lhe dizer:
-E aí, como vai?
Ou do tipo:
-Olá meu irmão, como é que tu tá?
Nestas circunstâncias, cito as mesmas palavras do nosso atual diretor técnico da CBKO (Confederação Brasileira de Kobudo). Empresário japonês, de família tradicional e que faz os katas do bushido há mais de 45 anos. Que como eu, fica metade do tempo no Japão, metade no Brasil, e conhece as várias nuânces que entremeiam as duas culturas.
Ele diz, após um breve silêncio:
-Estou bem..."Com licença".
Depois de dizer isto, se afaste.
O Seu Caminho agradece..