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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




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    10-jun-2011

    Sensei no Rio de Janeiro 1- Até eu me impressionei

    "O Gashuku aqui no Rio foi muito gratificante. Esperei a semana inteira para treinar com o Sensei, até porque sabia que seria puxado, só não esperava que seria puxado também para o Sensei. Esta é a primeira coisa que realmente me impressionou. Por mais que já tenha participado de intensivos, torneios, kangueikos(treinamento de inverno), shugyo(sacerdócio na espada) e diversos outros eventos, nunca tinha visto o Sensei lutar com mais de 40 alunos... duas, tres vezes! E não era só "ippon"(valendo um ponto), mas um keiko(treino) de alguns minutos onde o Sensei ainda corrigiu e explicou. E ainda por cima machucado. No final o Sensei comentou comigo "O meu kimono está bastante molhado!", isso porque estava frio, imagina se estivesse quente! Acho isso uma lição para alunos e mestres de todas as artes marciais e até de modalidades esportivas, o professor suar a camisa e mostrar como se faz, e não ficar apenas sentado, calado, olhando o treino de longe.
     
    A segunda coisa que gostei muito, apesar de ter me cansado bastante, foi a 1 hora de Iaijutsu, que até passou rápido, mas no dia seguinte parecia que tinha feito sapinho o domingo todo. Durante toda essa 1 hora, ficamos todos fazendo katá, com mínimas pausas de demonstração do Sensei. Não sei quantos katás(sequencias de movimentos pre estabelecidos) fizemos, mas foram 5 diferentes sequências, durante uma hora, logo repetimos cada katá durante mais de 10 minutos ininterruptos. Isso foi depois de já termos feito 3 horas de kenjutsu. Acho que consegui fazer boas sequências e aprendi algumas técnicas, quase sem querer, no meio das repetições. Todos estavam muito concentrados e ninguém quis parar muito para descansar o joelho ou algo assim, então o clima também ajudou a focarmos no treino. Foi ótimo!
     
    Ainda treinamos Katás de Niten Ichi Ryu e lutamos mais um pouco, tentando aplicar técnicas que vimos com o Sensei nas lutas anteriores. Outra coisa que sempre me esqueço é que lutar usando estes diferentes kamae(posiçoes) e golpes não é fácil como o Sensei faz parecer quando luta, senti que ainda tenho um longo caminho pela frente para assimilar as novas técnicas.
     
    No final do treino, os Momentos de Ouro. Realmente de Ouro, pois o Sensei nos passou bastante conhecimento sobre Kenjutsu, samurais, técnicas, história e sobre nós mesmos, o Instituto Niten. Acho que os alunos que ainda não conheciam o Sensei ficaram impressionados, e eu mesmo que já conhecia me impressionei com as palavras sinceras de meu mestre.
     
    Tive também a oportunidade de conversar com o Sensei no almoço e depois no jantar final. Aproveitei para fazer algumas perguntas (não muitas para não ser um incômodo), mas algumas para saciar um pouco da minha sede de conhecimento e aproveitar a oportunidade de "beber direto da fonte". Todos confraternizamos juntos, e foi muito bom conversar com todos nossos colegas de unidade e nosso Sensei, sobre todos os assuntos, desde técnicas até algumas bobagens.
     
    O Sensei deixou de passar tempo com sua família, com seus afazeres, com seu lazer, com seu descanso, com seus outros alunos das várias outras unidades, para estar no Rio e treinar conosco, nos ensinar, nos mostrar um caminho. É por isso que, inevitavelmente em todos os e-mails, relatos e impressões, sempre terminamos com as mesmas palavras:
     
    Arigatou gozaimashitá ,Sensei"
    Kenzo - Niten Rio de Janeiro
    "Sensei em corte ascendente sobre o antebraço com a kodachi(adaga)"
     
    As palavras do coordenador Kenzo Dino mostram o panorama do que aconteceu neste fim de semana no Rio de Janeiro.
    Ao que respondi:
    Kenzo,
    Nem eu pensei que sairia vivo com esta distensão na coxa, pois nem para puxar a perna  para entrar no carro eu conseguia
    Aconteceu 3 dias antes de ir ao Rio e sabia que não iria melhorar
    Mas tudo deu certo okagesama...
    Mas ai é que esta o segredo: o kenjutsu é a técnica da sobrevivência , e não um esporte
    O que significa que sobrevive  aquele que dominar as técnicas,e não aquele que estiver com um bom condicionamento físico
    Vou lhe confessar que enquanto resgato as técnicas antigas, cresce a minha admiração e alegria em ter escolhido o Caminho para descobrir os segredos enterrados destes já conhecidos guerreiros - os Samurais.
    Até eu me impressionei!

    08-jun-2011

    10° TBIK 14 - O sopro que dá a vida

    "Shitsurei shimassu, Sensei!

    Escrevo porque gostaria de dividir com o Sensei algumas impressões e sentimentos que tive neste último evento de BH. Já fui a alguns torneios e eventos do Niten antes, mas é engraçado como a minha forma de enxergar as coisas mudou desde que me tornei coordenador de unidade, e este foi o primeiro torneio ao qual fui, desde que assumi esta responsabilidade. Acho que esta nova visão traz uma perspectiva mais apurada sobre o esforço de organização de um evento destes, e a importância dele para o funcionamento do Niten.

    Para mim foi um torneio de consolidação de laços com o Niten. Eu passei muito tempo (3 anos) sem freqüentar os eventos, e só voltei no ano passado, no Gashuku de inverno. Desde então, fui ao encontro de coordenadores, e agora o torneio, e é muito boa a sensação de começar a criar laços com as pessoas, e poder ficar sempre feliz em revê-las para mais uma batalha. Acho que é essa sensação e estes laços que geram aquele clima de família no Niten, do qual tantos falam. Hoje, mais do que nunca, consigo me sentir parte desta família. E compreendo quando o Sensei diz que é preciso ir aos eventos para entender certas coisas, pois a energia é totalmente diferente.

    Também foi um evento no qual eu pude colocar em nova perspectiva a importância do trabalho realizado no Niten. Lembro de quando o Sensei me chamou na mesa, e conversou comigo sobre o mesmo assunto que foi dito a todos no final do Torneio: Somos os únicos no mundo que conseguem preservar e resgatar as técnicas e artes antigas.

    Em um aspecto somos diferentes dos japoneses, que conseguiram preservar muito bem as artes antigas, mas se limitam a isso, sem testar a aplicabilidade das técnicas; e dos europeus, que por outro lado tentam resgatar o espírito real de suas artes, mas encontram dificuldades porque não conseguiram preservá-las de outra forma que não em livros. Nós treinamos as técnicas como elas eram há séculos, e  as colocamos à prova diariamente através do treino com o bogu. Ou como o Sensei disse, nós sabemos o quanto é difícil ir lá e acertar um Tora Buri na prática.

    Nós temos um vislumbre (mínimo que seja) do sangue frio que é necessário para acertar a defesa do Haritsuke sem piscar. O iai praticado no Niten, por sua vez, não se preocupa em ser estético, e sim eficiente. E o mais curioso é que para nós do Niten, que tentamos colocar as técnicas em plano prático, este iai acaba sendo mais bonito ainda, pois vemos a beleza na aplicabilidade e eficácia.

    Shitsurei shimashita se eu estiver equivocado, ou dando peso demais às coisas, mas levando tudo isso em consideração, pensei que apenas preservar uma técnica de forma imutável, é louvável sim, mas é como manter um corpo embalsamado: inerte, mas ainda assim intacto. Testar sua aplicabilidade é como devolver a ele um sopro de vida e movimento. Creio que é isso que o Sensei faz, e é único: devolve vida às técnicas e artes que foram preservadas através dos séculos.

    Refleti sobre isso durante todo o meu vôo de volta a Salvador, enquanto mais um sentido para o termo “espada que dá a vida”, e fico muito grato ao Sensei por me permitir participar de algo tão grandioso como dar vida às tradições antigas. Ao me tornar parte disto, a minha própria vida, por sua vez, ganha um sentido a mais, e acho que mesmo nos momentos mais difíceis dela, vou sentir que vale a pena viver, por estas coisas boas e preciosas. E tenho certeza de que muita gente pensa o mesmo!

    Shitsurei shimashita pelo relato longo, espero não ter sido muito cansativo!

    E arigato gozaimashita, Sensei, por encher sempre os nossos corações de vida!” – Takei (Unidade Salvador)


    "Dando um Sopro de vida...


    ...aos katas antigos...



    ...no Combate"

     

    Fundei o Niten há 18 anos e ainda estamos na nossa 10ª edição , o 10º TBIK realizado em Belo Horizonte no mês passado. Como apontado por Takei, um dos alunos mais antigos de Salvador, muito mudou nos torneios do Niten: mais técnicas, novas modalidades (iaijutsu, jojutsu, kusarigama, jitte   e kobudo) e novas Unidades. Mas o fundamental continua o mesmo: um evento que resgata a adrenalina dos combates antigos sem perder a gregariedade e a consolidação dos laços que unem os guerreiros Niten.

    Somente o convívio poderá propiciar a todo aquele que deseja conhecer a magia do Niten descobrir a energia geradora de tanta satisfação. Obviamente que tem de ter a mente aberta , pois senão de nada valera o convívio. Sera perda de tempo. Tanto para aquele que veio como para mim.

    "Dar o sopro que dá a vida aos katas"...palavras profundas que explicam o resgate das técnicas antigas (katas) com o uso de armaduras de proteçao (bogu).
    Um trabalho inédito no mundo.

    07-jun-2011

    10° TBIK 13 - Kobudo Kodachi Hidari Do


    Quartas de final da categoria Kobudo - 10° Torneio Brasileiro de kobudo

    06-jun-2011

    10° TBIK 12 - Jojutsu finais


    Cortes - unidade Rio de Janeiro/RJ


    Holschu - unidade Campinas/SP


    Drawin - unidade Belo Horizonte/MG


    Apoena - unidade Ana Rosa/SP


    Uehara - unidade Ana Rosa/SP e Patrick - unidade Taguatinga/DF
    ao fundo: Borges - unidade Belo Horizonte/MG e Rocco - unidade Curitiba/PR


    Holschu e Danilo - unidade Campinas/SP

    03-jun-2011

    Em busca dos sentimentos perdidos

    "Estamos entrando no segundo semestre, muita coisa já se passou. Não me lembro muito bem dos detalhes do começo e dou graças por ter sempre mantido registro escrito.

    Sinto que preciso amadurecer minhas atitudes e minha forma de pensar, e estou no caminho certo. Aqui, em treinamento.

    Quando o Sensei falou sobre gratidão, talvez tenha sido um dos momentos mais importantes até agora. É um dos sentimentos atrofiados em mim. Vivendo como um jovem do mundo moderno, onde precisamos realizar feitos e nem sempre as pessoas são simpáticas, agimos por interesse. Sem demonstrar devida gratidão às pessoas. É um dos motivos que me trouxeram aqui, aprender com o Sensei sobre os sentimentos perdidos."


    aprendendo sobre sentimentos perdidos

    Estas são as palavras do campeão do Troféu Kobudo 2011 (CS 16-05-2011 10°TBIK1-resultados), Victor Fugita.
    Enquanto a grande maioria , levada pela multidão, opta por estudar matérias para o vestibular sem mesmo ter certeza do que quer fazer na vida , Fugita resolveu dedicar o ano de 2011 para os estudos da alma. Do sentimento. Do coração.
    Raspou o cabelo e está comigo 24hs por dia no seu 6° mes.
    Os estudos do coração começam de manhã e não tem hora para acabar.
    "Sapinhos", flexões e "cutucões" com a espada já fizeram parte da "lição", quando se fizeram necessários.

    Fico contente ao ver que este pelo menos tem salvação.
    E isto merece uma explicação:
    Ao longo de minha carreira no kendo e no kenjutsu, formei vários campeões.

    O resultado ?  Nenhum deles prestou.
    O ego inflou eliminando a humildade.  A humildade desapareceu dando lugar a ingratidão. E daí a história se repetiu com o já esperado final do filme: "chutaram o balde" e "cuspiram no prato em que comeram".
    Se você leu com atenção as palavras dele verá que é por isto que digo que talvez este filme não se repita. Talvez tenha salvação.
     E é por isto que entenda que não estou aqui para formar campeões. Estou aqui para , tomando as palavras do nosso aprendiz, resgatar os "sentimentos perdidos".
    Agora, se este filme se repetir, não tem jeito:  vou pensar seriamente em abolir as próximas finais...

    02-jun-2011

    10° TBIK 11 - Não "engessar"

    "Esta nova forma de semifinal foi uma experiência ímpar, ter que colocar a prova tudo (ou melhor todas as posições, os Kamae) que foram treinados e não somente uma parte muito pequena, utilizar um Kamae (que normalmente é o que acontece nos torneios) seria como se estivesse engessado. Com essa nova forma de disputa os guerreiros tem que se mostrar preparados para qualquer desafio, como um kamae o qual ele não descobriu tantos segredos ou lutar contra kamaes que ele nunca teve chance de lutar ou lutou pouco contra ele e não sabe o que fazer.

    Os guerreiros que foram os mais completos e que souberam se utilizar de todos os seus recursos, foram os que se destacaram, superando suas dificuldades, limitações e até frustrações no momento do combate. Pessoas como o Massao que não tem costume de utilizar a kodachi(espada menor) entrou contra o Senpai Numa para se igualar, pois todos que entraram contra o Senpai Numa com qualquer outra arma perdeu por causa de 2 Irimi Yukos (bloquear o braço do oponente ). Um momento em que pensei que perderia, foi na primeira luta da semifinal contra o Marques que perdi e quando sorteamos os kamaes e ele sorteou o mesmo Kamae que ele ganhou a luta livre e eu com nito hidari waki (uso de 2 espadas com uma delas colada ao flanco esquerdo) que fazia muito tempo que não treinava este kamae e me superei vecendo a luta e indo para a terceira. Esses foram momentos que ficaram marcados em grande destaque na minha memória.

    Pessoalmente acho que ficou bem interessante essa forma de disputa adotada para a semifinal".

    Mendes - Unidade Vila Mariana - templo Nikkyoji


    Em medicina , engessamos o paciente quando este sofre algum tipo de lesão como contusão, luxação ou fratura.
    O objetivo é mantê-lo imobilizado . Estático.
    Uma , duas , três semanas e, dependendo do caso, até meses.
    Durante todo este tempo, o paciente fica com o segmento engessado "inutilizado", e muito limitado, mesmo que seja um dedinho mínimo. Não tem condições de ir para a guerra.
    Retirado o gesso, entra para fazer fisioterapia por um longo período para recuperar os movimentos.
    No meio militar, mesmo sendo um "gessinho"no dedinho, é o suficiente para afastar de suas funções relacionadas ao uso de qualquer armamento.
    De maneira análoga, aquele que mantem as mãos engessadas no cabo da espada , na posição de luta (Kamae), estará "engessado" tanto no aspecto físico quanto no mental, limitando o seu poderio no combate e  na  criatividade de fazer do uso da espada o seu pincel.
    Pior que isso, engessar por tempo demasiado nem sempre devolverá a liberdade dos movimentos mesmo com muita fisioterapia...

    01-jun-2011

    10° TBIK 10 - Enkai

    Eliminatórias de Iaijutsu no 10° Torneio Brasileiro de Kobudo

    30-mai-2011

    Abrace o mundo

     
    "Disse -me o Sensei que certa vez Miyamoto Musashi  foi convidado a ir a um castelo, chegando lá foi convidado a demonstrar a sua tão famosa técnica de duas espadas (Nito), enfrentando então, o mais experiente samurai do castelo.

                Então , utilizando a posição de “abraçar o mundo”, com as duas espadas ( a curta, Kodachi e a longa tachi), posicionou-se em frente ao seu desafiado e lentamente caminhou em sua direção. O desafiante armou o Jodan no Kame, levando a espada acima da cabeça, afim de buscar uma brecha por cima, já que aparentemente estava aberto a cabeça de seu adversário.

                Porém, não sentia abertura alguma para desferir o golpe certeiro, enquanto isso Miyamoto Musashi aproxima-se de seu oponente, que lentamente ia recuando, até que sem perceber a parede atrás, caiu de costas no chão, ficando a mercê de Miyamoto Musashi, assim sem desferir nenhum golpe foi demonstrada a eficácia do estilo Nito.

                Bem, talvez muitas pessoas fiquem pensando como isso é possível?

                O Sensei sabe!! E eu pude sentir isso! Isso aconteceu comigo quando estava frente a frente com o Sensei, já havia levado vários tipos de golpes nos Kotes, então pensei Jodan no kamae e Sensei armou um Kamae de Nito (duas espadas) chamado de chudan no kamae, “abraçando o mundo com duas espadas” e lentamente caminhou em minha direção, eu só pensava em atacar. Pensava vou no Men pelo lado direito, e tentava avançar mais meu pé direito recuava, pensava no  Do (flanco)pelo lado esquerdo, então mais um passo pra frente do Sensei e meu pé esquerdo recuava, assim foi caminhando para trás sem encontrar ponto algum para atacar e Sensei continuava a caminhar em minha direção, a sensação era de que havia vários pontos abertos, mas quando pensava em ir naquele ponto já não tinha mais brecha alguma, e aí recuava, até de repente sem perceber estava caindo em cima de uma mesa afasta de onde estávamos lutando, porém tinha caminhado até lá ou melhor o Sensei me fez ir até lá, sem eu perceber e sem dar um golpe sequer.

                Que experiência fantástica! Miyamoto Musashi  viveu há muito tempo e não podemos conhecê-lo, porém o Sensei esta aqui e já enfrentou muitas batalhas em sua vida para encontra a resposta para o que nos perguntamos, como é possível? O Sensei sabe como abraçar o mundo com duas espadas e eu pude vivenciar isso, assim como há muito tempo atrás o senhor do castelo sentiu ao enfrentar Miyamoto  Musashi.

                Sou agradecido ao Sensei por essa maravilhosa lição!!"
    - Pierin (Unidade Florianopolis)  
         


    A lição citada acima ocorreu em um dos treinos matutinos da semana passada.
    Abraçar o mundo.
    Sem medo, ganância ou estupidez
    Sem ansiedade, ambição ou mesquinhez
    Para incorpora-lo em nossos corações , somente o treinamento livre de apegos:
    sejam eles a corrida em busca de medalhas, títulos ou condecorações
    Mas apenas conhecer, refletir e experimentar.
    Isto é viver intensamente
    Abrace o mundo. E você será feliz e imbatível.

    27-mai-2011

    10º TBIK 8 - Kenjutsu - Kodachi Chudan Do


    Quartas de final do 10° Torneio Brasileiro de Kobudo




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