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Café com o Sensei

Pensamentos e comentários do Sensei Jorge Kishikawa




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    20-jul-2011

    Tirar a mão no Shugyo

    "Durante esta semana que fiz shugyo (retiro espiritual em meio a treino intensivo) com o Sensei, me aconteceram muitas coisas interessantes. A princípio, fui fazer Shugyo para me tornar mais forte, descobrir e ajudar a trazer os novos conhecimentos que aprenderia com o Sensei para os amigos que treinam comigo aqui no Rio de Janeiro.

    Não sabia que seria tão difícil! Provavelmente a coisa que mais aprendi foi a lidar com minhas limitações e a resistência da minha força de vontade. Realmente aguentar o frio que estava fazendo em São Paulo não foi fácil (para mim que sou Nordestino e moro no Rio de Janeiro)! Me lembro que a primeira coisa que o Sensei me falou foi para tirar as mãos dos bolsos do casaco ao fazer a reverência em pé, ficou marcado na memória "fazer a reverência assim só mostra que você não está com disposição para fazer nada!", disse o Sensei. Também as dores físicas que advém de não estar acostumado a treinar todos os dias como o Sensei e os sempais.

    Os dois primeiros dias foram realmente muito difíceis. Não pelo frio ou pelas dores musculares, mas sim por não ter nenhuma companhia durante o dia. Depois desses dois dias as coisas foram ficando melhores e me adaptei às tarefas que tinha que executar durante o dia. Outra das coisas que me marcaram, foi o dia em que o Sempai Wenzel disse para que eu limpasse a rua, mas foi a rua inteira! Me lembro das pessoas pararem para perguntar porque estava limpando a rua, e quando dizia que fazia parte de um treinamento elas me desejavam força, os vizinhos me agradecendo, pessoas que eu nunca havia visto! Achei isso muito interessante. Nunca esperaria isto das pessoas à minha volta.

    Por fim, em todos os treinos aprendi muito! Nos treinos matinais com o Sensei e os sempais, e nos noturnos também. Conheci muitos sempais, fui à São José dos Campos (agradeço muito ao sempai Alexandre pelo treino, pelo birudo e por me mostrar um pouco da cidade de São Paulo na volta do treino), enfim, treinei bastante. Tentei dar o máximo de mim, e acho que valeu a pena! Agora estou com mais certeza da força que tenho e com mais vontade ainda!"

    Aretakis - unidade Rio de Janeiro

    Recebo durante todo o ano, alunos vindos de todas as partes do continente e, no inverno , principalmente durante as férias, eles tem que vencer, além das adversidades inerentes ao treinamento com a espada, a queda de temperatura. Ou seja. o frio. Durante o treino da manhã a temperatura chegou aqui a 7 graus durante alguns dias.
    Sensato é aquele que aproveita as férias para assimilar conhecimentos que poderão somar-se ao que já possuem para poder, um dia, utilizarem em prol da solução dos problemas que se apresentarem no decorrer da travessia do mar da vida. Generoso poderia ser qualificado este aluno que, veio a mim não só para assimilar e guardar os conhecimentos para si só, mas também para levar aos colegas do Rio de Janeiro tudo o que foi aprendido durante a sua estada. Belo exemplo a ser seguido. "A luz deve ser levada a todos"...

    O mais difícil aqui não é aguentar as duas, três horas de treinamento ou levar as "pauladas" por estar faltando com a vontade no treinamento. O treinamento, se você tiver um pouco de persistência, conseguirá "dar um jeito". Além de que treinamentos beirando a exaustão, somente, não mudam o homem. É necessário um algo mais que o treinamento. E aqui, no shugyo, oportunidades não faltam para lapidar a mente, o espirito e a alma dos que buscam no treinamento com a espada o "algo mais" para desencadear a "virada"em suas vidas.
    Com a mudança dos tempos, seja pelo fato de pais e mães trabalhando full-time e mal podendo dar atenção a seus filhos, seja por estarem todos dentro deste turbilhão onde o materialismo e o consumismo impera (aqueles que acreditam que tudo nesta vida se resolve com dinheiro), fazem destes filhos "monstros" que um dia acabam, se não tirando as suas próprias, a vida de outros inocentes que nada tem a ver com isto. Por exemplo, colidindo e matando com o seu "brinquedo" a 150 km como pudemos assistir nestes ultimos dias aqui em um dos centros mais movimentados de SP.

    É aqui que entra o shugyo. Uma chance que damos a nós mesmos para corrigirmos as nossas falhas, eliminarmos as nossas fraquezas, despertarmos para o verdadeiro. Aprender o que não foi aprendido.

    Como já escrevi no Shin Hagakure, o shugyo não se faz na companhia de amigos. Não é uma excursão a um retiro espiritual. Não é um spa onde amigos vão perder calorias. Ocidentais precisam parar com este costume de querer ficar sempre acompanhados!
    E, também, como atestado no Shin Hagakure, limpeza nunca é demais.

    Sendo assim, tire a mão do bolso enquanto há tempo e venha por a mão na massa.


    "os dois dias foram realmente difíceis" (observe o braço direito)


    "missão cumprida" (observe o braço direito)

    15-jul-2011

    Gashuku Brasilia 3 - Adrenalina Pura

    “Um dia de superação, cheguei ao meu limite. Porém não desisti !.
    Viviane – unidade Brasilia
     

    “Tive a oportunidade de lutar com o Sensei hoje pela primeira vez. Foram três lutas. O Sensei simplesmente não dá espaço sequer para retornar ao Kamae. Foi um dia de muito aprendizado, não apenas pelas lutas, mas por tudo que foi tansmitido.
    Domo Arigato Gozaimashitá.”

    Carlos Bravo - unidade Brasilia


    “Quando em meio a luta, a visão clareia e o vento bate no rosto, só significa que o Men saiu da sua cabeça. Kiai e continue!”
    Tairã -  Unidade Brasilia

     

    “Até a lua sorri com a vinda do Sensei à Brasília. Seu sentimento nos dá garra para seguir em frente, sempre com o Bushido em mente.
    Domo Arigato Gozaimassu.”

    Jackson – unidade Brasília
     

    13-jul-2011

    Gashuku Brasilia 2 - A Surpresa

    “Um treino muito puxado, e ao mesmo tempo com uma energia muito grande. Mesmo tirando fotos, podia ver o Chi (Ki) emanando de todo mundo.
    Arigato Gomaishitá Sensei, pelo treino e pelas coisas que ensinou.”

    Fernando - Brasilia

     

    “Nesse Gashuku, percebi o quão grandiosas são as técnicas do Kobudo. Percebi que meu conhecimento é um grão de areia em um imenso deserto.
    Domo Arigato Gozaimashitá Sensei, por nos conceder o privilégio de conhecer o Bushido.”

    Laís Reis – Distrito Federal

     

    “Treinar com os meus coordenadores é sempre uma honra, mas este treino com o Sensei é uma experiência única. Agradeço todos os dias por ter encontrado o Instituto Niten e por todos os ensinamentos.
    Arigato Sensei.”

    Ayres - unidade Taguatinga

     

    “No meio do combate a surpresa: o Men já está no chão e a luta continua. Muito Kizi e coragem.”
    Derek – Brasília

    11-jul-2011

    Gashuku Brasilia 1 - Seco , seco e seco

    "Gostaria muito de agradecer em meu nome, de minha família e de todos os alunos das unidades do DF pelo Gashuku.

    A cada vez que um evento deste tamanho se aproxima, ficamos sempre com uma sensação que parece que vai ser o primeiro gashuku que vamos participar; e assim aguardamos. E assim que ele acaba, temos a certeza que não foi o primeiro, mas foi único!

    Desta vez pude ver o Sensei, por 3 horas sem interrupção, de bogu, lutando mais de uma vez com cada aluno. Acredito que, devido às minhas limitações, não achava que isso era possível. Colocar bogu mesmo com o clima extremamente seco de Brasília e lutar por 3 horas. Alguns colegas precisaram tirar o men  para se recuperar, mas também logo em seguida voltavam.

    Vi alunos com 4 meses de treinos e alunos com mais de 4 anos de Niten, todos buscando forças e energia para não desistir e ter oportunidade de, no rodízio, chegar à frente do Sensei mais uma vez para lutar.

    No período da tarde, almoço leve, pois estava por vir Niten ichi Ryu, Iaijutusu  e Shiai!

    No fim, todos estavam felizes por vencer  “barreiras” como cansaço, dores, exaustão física  e psicológica, e terminar o dia sabendo o quanto ganhamos com uma verdadeira aula de estratégia e visão de combate para vida.

    Com certeza temos o melhor da cultura japonesa à nossa disposição e temos que fazer  valer  a oportunidade de estar no Niten e aproveitar cada treino, cada “Momento de Ouro” que temos.  Pois, assim como o gashuku...  são únicos !

    Arigato gozaimashita, Sensei.
    Arigato gozaimashita a  todos colegas das unidades Brasília, Asa Norte, Taguatinga, Ribeirão Preto, Volta Redonda, Curitiba e Goiânia."


    Silvana - Unidade Brasilia


    "Desta vez pude ver o Sensei, por 3 horas sem interrupção"


    "aproveitar cada treino, cada “Momento de Ouro” que temos"


    "terminar o dia sabendo o quanto ganhamos"

    Aqui em São Paulo, onde o clima é propicio para um bom treinamento na maior parte do ano, jamais senti algo como o que senti la em Brasilia: o clima seco dos cerrados.
    Para você ter ideia do que estou dizendo imagine que apesar da temperatura registrar os 16 graus , por ser inverno,  ao pendurar o kimono  molhado após o treino , este secou em apenas 10 minutos!
    No treino de 3 horas , citado por Silvana , foi assim:
    Na primeira hora, praticamente senti como se estivesse em um treinamento habitual aqui em São Paulo. Ou seja, nada de mais.
    Na segunda hora, comecei a sentir que a minha frequência cardíaca havia aumentado um pouco além das minhas duas horas habituais.
    Foi na terceira hora que me dei conta que alguma coisa estava diferente. O clima estava seco e, segundo a meteorologia,  inviável para a prática de exercícios de forte intensidade me fizeram lembrar que , caso eu nao respeitasse o meu limite , poderia desmaiar a qualquer momento. Desconforto respiratório que inconscientemente pediam para que eu encerrasse dos 180 minutos estipulados foram vencidos com o espirito guerreiro: o ki.
    Não tinha me dado conta que "aquela vontade incomum"de cessar o treino tinha como causa o clima seco de Brasilia. Às vezes a natureza tenta pregar algumas peças sem nos dar conta.
    Felizmente , fui até o fim.
    Brasilia esta com uma boa equipe de vanguarda (e nova), o que oferece, para a alegria de todos nós, um futuro para lá de promissor.
    Vamos torcer.

    08-jul-2011

    Kir Empresarial com Sensei 2


    Reunião no Hotel Royal Palm Plaza


    Momentos de ouro com o Sensei

    05-jul-2011

    Kir Empresarial com Sensei 1

    "Nesse primeiro Kir Empresarial (Hotel Royal Palm Campinas) pude aprender o Método KIR  bebendo direto da fonte. Nesses momentos em que participei, pude observar que o Sensei manteve o estado de espírito sereno durante todo o dia,  e manteve uma postura atenta a tudo ao seu redor mesmo com alguns percalços – pois estava tomando antibióticos e o seu carro quebrou no final do evento. A noite ainda fomos ao dojo de Campinas para passarmos os Momentos de Ouro aos alunos da unidade, e ainda saímos para uma cerveja de confraternização.

    Sem palavras e extremamente agradecido fiquei pela compaixão do Sensei para comigo e o Fujita em querer que nós nos hospedássemos no Resort onde ocorreu o Kir Empresarial, mas como não havia vaga, conseguiu um jantar para nós.

    O objetivo desse Kir Empresarial foi mostrar ao grupo determinação e coragem para enfrentar o dia a dia do mercado de trabalho competitivo. Mostramos que a espada do Kir realmente existe, e é ela que dá a vida.

    Logo no começo conversando com o grupo o Sensei passou o comportamento Samurai:  "quando o Sensei estiver falando, escutem com atenção, e, ao término falem Hai com energia".

    Esse Kir Empresarial foi atípico uma vez que o Sensei explicou que iria lutar com cada um dos participantes. No ensinamento de bater o men, kote e do, pude observar quem tinha energia no kiai(grito) daquele que nao tinha. Pelo kiai podemos perceber quem tem garra para o trabalho para enfrentar as batalhas diárias. Ao colocarmos o bogu(armadura) nas pessoas do grupo e ao lutarem com o Sensei cada um teve uma postura de luta diferente.. Após o término da parte do combate, Sensei passou a parte mais importante do Kir Empresarial: os Momentos de Ouro. E este foi especialmente voltado para aqueles que estao saindo de uma zona de conforto para  uma guerra propriamente dita. Pude observar os olhos deles todos brilhando de energia e esperança após ouvir as palavras fortalecedoras do Sensei. Todos atentos a cada mínimo detalhe e palavra. Eram líderes  representantes de industria farmacêutica, vindo de todos os cantos do Brasil e responsaveis pelos seus respectivos estados com o objetivo de lançar um novo medicamento no mercado.

    Com certeza despertamos uma chama de guerreiro em cada um, e só vai depender de cada um para que essa chama se torne uma fogueira.

    Interessante que na manhã seguinte encontramos com o grupo no hall do hotel. O Sensei de longe acenou e perguntou se todos estavam bem, e , para meu espanto, um HAI com energia foi o que escutamos. O Sensei conseguira seus objetivos!
    "
    Fujimura - Unidade Florianópolis
     


    Energização do guerreiro


    "esperança nos olhos após os Momentos de Ouro"

    Fui lá para dar uma força a uma guerra e acabei entrando numa outra.
    Estava saindo de uma gripe e tive que tomar antibiótico, o que foi uma pena pois não pude tomar nem uma cerveja durante a confraternização.
    Na hora de retirar o carro após o evento, não conseguia, pois (fiquei sabendo depois), o cabo que se conecta a caixa de câmbio havia se rompido. Depois foi chamar seguro e etc, etc, que todo aquele "que ficou na mão" sabe como é essa novela. consegui voltar a São Paulo.
    Desejo que todos os que participaram deste treinamento lembrem-se de cada palavra e cada gesto que ocorreu naquele dia, e que tenham a coragem e a fé para prosseguirem com os seus objetivos.
    A nossa espada continuará disseminando a Vida.




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