Retornar para últimas postagens
Thaíde e seus companheiros de Shugyo, da esquerda para a direita: Meloni (SP), Costa (RJ),Fugita (SP), Wenzel, Thaíde, Fujimura (SP/Florianópolis), Vaz (RJ) e Gilberto (SP)
Foram dois dias revivendo a minha infância e dos dos outros descendentes de japoneses. 1º – Massao e Mitsuo ( Ana Rosa) 1º – Bispo e Fugita (Ana Rosa) Alexandre (Ana Rosa) 1º – Mateus e Yori (Guarulhos) 1º – Bruna, Márcia e Karine - Técnico: Gilberto (Ana Rosa) 1º – Marques, Massao e Mitsuo (Guarulhos) 1º – Edgar, Osmar e Cesar (Guarulhos) 1º – Jonathas e Pinheiro - Técnico: Madeira (Manaus) 1º – Sanzio e Aguilar - Técnico: Drawin (Belo Horizonte) 1º – Tessari, Morais e Marchese - Técnico: Chiarella (Ribeirão Preto) 1º – Chiarella, Brandolim e Donegá (Ribeirão Preto) 1º – Marques, Massao e Mitsuo (Guarulhos) 1º – Fabio e Stelini (Piracicaba) 1º – Bispo, Fugita e Gilberto (Ana Rosa) 1º – Danilo e Holschuh (Campinas) 1º – Bispo e Fugita (Ana Rosa)
Arigato a prefeitura municipal de Guarulhos e a todos que estiveram comigo nestes dias incríveis de guerra.Resultados do torneio
Jojutsu 0 e 7º Kyu
2º – Yamashita e Mendes (Campinas)
3º – Jobe e Viviane (Brasília)
Honra ao Mérito: Khun (Brasília)Jojutsu 6º kyu
1º – Bruna e Fukuta (Ana Rosa)
2º – Iris e De Palma (Ribeirão Preto)
3º – Fujimura e Marques (Florianópólis)
3º – Gaston e Saieva (Argentina)Jojutsu 5º kyu e acima
2º – Chiarella e Brandolin (Ribeirão Preto)
3º – Holschuh e Guilherme (Campinas)Kenjutsu Yoyonen
Alex (Vila Mariana)
Hiromitsu (Ana Rosa)
Tiago (Vila Mariana)
Takemitsu (Ana Rosa)
Yoshimitsu (Ana Rosa)Kenjutsu sem bogu
2º – Amargos, Silvério, Calazans (Sumaré)Kenjutsu Feminino
2º – Laura, Saieva e Mariana - Técnico: Fugita (Argentina)
3º – Karina, Clarissa e Nuria - Técnico: Cristiano (Vila Mariana)
3º – Alana, Mariana e Maiara - Técnico: Costa (Niterói)
Honra ao Mérito: Moreira (Ribeirão Preto)Kenjutsu Kobudô
2º – Holschuh e Guilherme (Campinas)
3º – Edgar, Osmar e Aguilar (Guarulhos)
3º – Fonseca, Karina e Del Rio (Belo Horizonte)Kenjutsu Senior
2º – Impieri e Del Rio (Volta Redonda)Kenjutsu 0 e 7º kyu
2º – Jefferson, Cardoso e Luigi - Técnico: Meloni (Vila Mariana)
3º – Brito e Jorge - Técnico: Wellington (Ribeirão Preto)
3º – Tadeu, Giovani e Zambon -Técnico: Cristiano (Sumaré)Kenjutsu 7º e 6º kyu
2º – Thalles, Gonçalves e Ridolfo - Técnico: Mendes (Ana Rosa)
3º – Mike, Osmar e Cesar - Técnico: Edgard (Guarulhos)
3º – Felipe, Araújo e Vitor - Técnico: Alexandre - (São José dos Campos)
Honra ao Mérito: Renato (Tijuca)Kenjutsu 5º e 4º kyu
2º – Demberg, Venturelli e Meloni - Técnico: Mendes (Ana Rosa)
3º – Del Rio, Madeira e Fujimura - Técnico: Fabrício (Manaus)
3º – Takei, Urbanavicius e Gaston - Técnico: Alessandro (Salvador)
Honra ao Mérito: Del Rio (Volta Redonda)Kenjutsu 3º kyu e acima
2º – Fugita, Gilberto e Wenzel ( ADM)
3º – Fabricio, Bispo e Mendes (Ana Rosa)
3º – Adeval, Drawin e Fonseca (Belo Horizonte)Naginata
2º – Donegá, Tessari e Brandolin (Ribeirão Preto)
3º – Alessandro e Oliveira (Porto Alegre)
3º – Osmar, Del Rio e Aguilar (Guarulhos)Iaijutsu 0 a 6º kyu
2º – Luigi e Zambom (Sumaré)
3º – Felipe, Araújo e Alexandre (São José dos Campos)
3º – Mitsuo, Marques e Laura (Guarulhos)
Honra ao Mérito: Osmar (Guarulhos)Iaijutsu 5º kyu
2º – Fonseca, Drawin e Adeval (Belo Horizonte)
3º – Costa e Wenzel (Tijuca)
3º – Kimura, Fujimura e Jefferson (Florianópolis)Jitte
2º – Bispo e Fugita (Ana Rosa)
3º – Fonseca e Drawin (Belo Horizonte)
3º – Mendes e Kimura (Ana Rosa)Kusarigama
2º – Guilherme e Wenzel (Tijuca)
3º – Danilo e Holschuh (Campinas)
3º – Edgard e Osmar (Guarulhos)
*Relembro que amanhã (01/11) o Niten ( CS 25 de Agosto - A Liga 2 - Curto e Intenso) vai estar no programa A Liga na Rede Bandeirantes as 22h15.
Dando continuidade ao que escrevi ontem (CS 24-10 O Resgate 10 - A Dinâmica Real do Combate), deixo as palavras de um aluno que resolveu pegar duas horas de avião e chegar aqui para colocar em prática o "dar vida aos katas antigo
"Fiz hoje de manhã o meu primeiro treino com bogu no shugyo (treinamento espiritual com o Sensei). Duas horas e pouco de muito, muito cansaço. Não fazia idéia do quanto estou fora de forma. Mas o impressionante é que, tanto ou mais que o cansaço físico, o cansaço mental e o medo do fracasso são os grandes adversários a serem vencidos.
Tive a honra de poder lutar – se é que pode se chamar de luta o que eu consegui fazer – com o Sensei durante mais de uma hora. Ele me mostrou e lutou comigo usando todos os kamaes (posição, postura) que eu sou habilitado a fazer. E é impressionante como nas mãos do Sensei todos os kamaes fazem jus ao nome: Fortaleza. Depois o Sensei me fez usar cada uma das posturas, para que eu pudesse tentar aplicar o que ele havia feito e também para me mostrar os pontos fracos destes mesmos kamaes, até então imbatíveis. E o Sensei quebrou a minha frágil fortaleza de todos os jeitos, seja com flechas e mísseis por cima, torpedos por baixo, estocadas, ataques aos flancos... às vezes parecia que o golpe vinha de mais de um ponto ao mesmo tempo.
Começo a perceber que cada uma das posturas antigas possui uma essência, um propósito. No entanto, as variáveis possíveis em cada uma delas são inúmeras e talvez nem todos os katas do mundo dêem conta de todas as possibilidades de estratégia. Por isso lutar com bogu: É o único jeito de provar quais as técnicas que realmente funcionam em um combate de verdade. Que eram técnicas cruciais à sobrevivência nos tempos em que, no Japão, vida e morte eram decididas no fio da espada.
Mas para conseguir lançar mão de todo este arsenal não basta ter o conhecimento. Começo a perceber o quanto essa coisa que chamamos de ki, que parece tão abstrata, mas permeia toda a nossa existência é essencial para a realização correta das técnicas. E é justamente nos momentos de maior exaustão que é necessário puxar toda essa energia... se não, mesmo sabendo o que deve ser feito, vai ficar parado levando golpes. Isso aconteceu muito comigo hoje. Fiquei feliz em alguns momentos que consegui reagir um pouco, mas está longe, muito longe de ser o bastante.
Saio do treino com a sensação de que o Caminho é de fato infinito. Os Samurais nos deixaram um legado muito vasto e precioso de técnicas de combate, de forma que chega a ser um pecado se limitar a poucas. Minha vontade hoje é conseguir descobrir as minúcias de cada kamae que eu estudo e também conseguir aprender muitos outros. Com isso, espero fazer parte do propósito do Sensei e do Niten: Dar nova vida às artes antigas, tesouro que os Samurais preservaram até os dias de hoje."
Takei - unidade Salvador
Em busca das minúcias de cada kamae
"Os treinos de katas podem ser considerados como uma versão teórica do combate. Isso porque as seqüências ensinam as formas corretas das técnicas, sem contudo trazer a dinâmica viva do combate real,
A dinâmica real do combate
"Konbanwa Sensei!
Shitsurei shimassu!
Sobre o assunto do Café - Morte no Judô (CS - Morte no Judô - 19-out-2011), muito lamentável e triste saber que um garotinho de 6 anos teve sua vida interrompida
Tive uma breve experiência no Judô quando morava em Teresina/PI em 2008, ocasião em que me encontrava, fisicamente, afastado do Niten.
Resolvi tentar o Judô pois o Piauí gozava e ainda goza de um certo status no esporte por contar com atletas medalhistas nacionais e internacionais.
Indo direto ao ponto! Ingressei como todo mundo. Faixa branca, 0 kyu mas trazia a bagagem do Niten comigo o que logo
chamou a atenção dos professores. Os treinos não eram leves não e logo percebi que era muito fácil se machucar.
Buscava sempre fazer tudo com muito cuidado e com atenção. Entretanto, em um shiai que era realizado toda sexta-feira
me confrontei com um jovem faixa roxa ou marrom, não me recordo. O jovem veio com muita energia! Tentei, dentro do
que eu havia aprendido, aplicar uma técnica, o Uchi Gari, se não me engano. Ele era bem forte e conseguiu reagir rápido mas o contragolpe fora violento de modo que de imediato tive uma ruptura do LCA da minha perna direita. Foi uma dor tremenda! Não sabia se ficava em pé, deitado ou em seiza! Ainda quis continuar mas o Senpai que coordenava o Shiai me mandou sentar e aguardar. Saí do dojo mancando e com muita dor.
Só soube do rompimento após consulta com médico ortopedista que logo diagnosticou a minha situação como caso cirúrgico. Fiz a operação em 2009 e hoje tudo bem, mas ainda sinto alguma dor, suportável felizmente. Isso me tirou de cena! Tive que entrar de licença médica por um mês no trabalho, dentre outras pequenas inconveniências.
Sensei, não quero aqui culpar ninguém. Se alguém foi culpado, possivelmente eu ou pessoa alguma. Foi uma causalidade. Mas no consultório o médico que me diagnosticou, confessara que estava preocupado pois esse tipo de de lesão estava aparencendo com alguma constância.
Felizmente ainda não soube de nenhum caso fatal no Piauí.
Gostaria de deixar uma certa impressão que tive ao assistir treinos de judô e participar de alguns. Observei que à medida que os alunos iam se graduando não iam, infelizmente, apurando a técnica. Lutas de faixas roxas e marrons me pareciam meio truculentas, sem a beleza da ARTE marcial. Eram embates de força. Eu me perguntava: o Judô não é o Caminho da Suavidade?! Cadê a suavidade? Com isso, RESSALTO também não estou querendo desmerecer nenhuma academia, atleta de judô ou mesmo a elevada arte desenvolvida pelo Jigoro Kano Sensei. Ainda hoje guardo meu judogi. Mas já tendo treinado Kenjutsu, ficou muito evidente esse aspecto. Hoje podemos ver graduados de kenjutsu a partir do 5° kyu fazerem lutas com técnica, estratégia e muita energia sem ser simplesmente choques de espadas de bambu.
No mais, rogo para que a família do pequeno guerreiro tenha paz e consiga superar essa perda tão trágica.
Shitsurei shimassu pela extensa mensagem Sensei.
Domo arigatou gozaimashita por sempre buscar nos corrigir a direção no Caminho!
Sayounara"
Helano - unidade Fortaleza
Trago esta matéria veiculada na mídia japonesa neste mês:
"A Japanese court has found a martial arts instructor guilty over the death of a six-year-old boy AFP
A Japanese court on Wednesday found a martial arts instructor guilty over the death of a six-year-old boy, a court official said, in the first criminal case over judo training in Japan. The Osaka District Court found the instructor guilty of causing the boy’s death by repeatedly slamming him to the floor during training, ordering the defendant to pay a fine of one million yen, the official said.
It is the first criminal case filed by Japanese prosecutors against judo trainers, according to a victims’ group, despite over 100 child deaths blamed on harsh training or hazing between 1983 and 2010.
The 36-year-old instructor, who owned a private judo club in Osaka, admitted he threw the boy excessively in training. The boy died in November last year from brain swelling, local reports said.
Ryo Uchida, associate professor at Nagoya University Graduate School of Education and Human Development, said at least 114 deaths during judo training had been reported between 1983 and 2010 at schools alone.
“The number of children’s deaths, including those outside of schools, like the case of Osaka, remains unknown,” Uchida told AFP.
“These serious accidents show that even experienced judo practitioners could give training inappropriately and cause grave injuries or death,” he said.
“Instructors must be well aware of the risk of brain injuries and be prepared for emergency treatment.”
Keiko Kobayashi, whose youngest child suffered brain damage when he was 15, welcomed the “historic” ruling but questioned if the one million yen fine was sufficient “after one child’s life and future was lost.”
Judo, which became an official Olympic sport at the 1964 Tokyo Games, has long been seen as a respectable tool for training the minds and bodies of young Japanese and forms a major part of military and police training.
But many argue that abusive trainers are able to escape criminal charges due to the physical risks inherent to the sport.
The All Japan Judo Federation, which recognizes 86 judo incidents—some of them fatal—in the eight years to 2011, revised safety guidelines in June to warn against the risk of head injuries."
Traduzido em Português:
"Instrutor de Judo considerado culpado por morte de criança durante o treinamentoNa quarta feira um tribunal Japonês considerou culpado um instrutor de arte marcial pela morte de um garoto de seis anos, de acordo com um oficial de justiça, no primeiro processo criminal sobre treino de judo no Japão.
O fórum de Osaka considerou o instrutor culpado de causar a morte do garoto por arremessa-lo repetidas vezes ao chão durante o treinamento. O acusado terá que pagar uma multa de um milhão de ienes, de acordo com o funcionário.
Este é o primeiro caso aberto por promotores japoneses contra instrutores de judo, de acordo com um grupo de vitimas, não obstante mais de 100 mortes já terem sido atribuídas a treinamento severo ou trotes entre 1983 e 2010
O instrutor de 36 anos, que possuia uma escola de judo em Osaka, adimitiu que arremessou o garoto excessivamente durante o treinamento. O garoto faleceu em novembro do ano passado de edema cerebral, de acordo com reportagens locais.
Ryu Uchida, professor adjunto na Nagoya University Graduate School of Education and Human Development, disse que pelo menos 114 mortes durante treinos de judo foram relatadas entre 1983 e 2010 apenas em escolas.
"O número de crianças mortas, incluindo aquelas ocorridas fora de escolas, como o caso de Osaka, continua desconhecido", disse Uchida à AFP
"Esse acidentes sérios mostram que mesmo judokas experientes são capazes de ministrar treinamento de forma inadequada e causar lesões graves ou morte", ele disse
"Instrutores devem estar bem conscientes do risco de lesões cerebrais e estarem preparados para tratamentos de emergência".
Keiko Kobayashi, cujo filho caçula sofreu lesão cerebral aos 15 anos, comemorou a "histórica" decisão, mas questionou se a multa de um milhão era o suficiente "após a vida e futuro de uma criança ter sido perdida"
O Judo, que se tornou oficialmente um esporte Olímpico durante as Olimpíadas de Tóquio em 1964, tem sido vista há um longo tempo como uma respeitável ferramenta para treinar as mentes e corpos dos jovens japoneses e forma a maior parte do treino militar e da polícia.
Mas muitos argumentam que instrutores abusivos conseguem escapar processos criminais pelos riscos físicos inerentes do esporte.
A All Japan Judo Federation, que reconhece 86 incidentes no judo - alguns dos quais fatais - nos últimos 8 anos, revisou suas orientações de segurança em junho para alertar sobre o risco de traumatismos cranianos."
Antes de dar qualquer palpite, reflita.
Não seja afoito para não dar uma opinião superficial de um leigo, que nunca deitou e rolou em um tatame.
Feito isso, na minha opinião, acredito que você pode dar a sua posição.
A minha?
Está bem escrito lá no Shin Hagakure (ed. Kendoonline), pag 173:
“UM TOQUE BASTA“Quanto menos esforço, mais rápido e forte você se torna”
Bruce Lee
Era um final de semana, um aluno me trouxe um assunto delicado em relação à prática do Tsuki, “golpe da estocada”, ao pescoço do adversário.
Como praticante do Kenjutsu, se mostrava preocupado pois estava com hérnia de disco, precisamente na região cervical (pescoço). E com toda razão.
No kendo, um tsuki é considerado válido quando é o suficiente para "deslocar" o pescoço do oponente para trás. Eu sei como é isso. Treinei exaustivamente por décadas este golpe.Na década de 80, quando participava de torneios, só éramos eu e meu irmão aplicando os golpes tsuki.
No entanto, percebi sobre a ótica médico-desportiva que este golpe esconde um grande perigo: lesão da coluna cervical acarretando a já conhecida hérnia de disco.
Muitos professores no Japão me "consultavam" sobre a dor que tinham no pescoço e algumas delas iam dos braços às mãos. Mediquei-os sempre que me consultavam. Ou seja, ao longo das décadas de treinamento, o que era para ser um esporte saudável se tornava causa de grandes danos.
Este fator foi decididamente o determinante para a orientação que tenho dado no treinamento do kenjutsu. Entendo que sendo uma espada real, a katana, os golpes não precisam "deslocar" ou "empurrar" o adversário. Ou, melhor dizendo, se fosse uma katana mesmo, uma perfuração de um centímetro já seria fatal para lesar as partes vitais do oponente.
É possível que haja alguém desinformado que não compreenda a validade de um tsuki no torneio de kenjutsu por achar que faltou "força" para deslocar o adversário.
Compreenda: não há necessidade de "deslocar" o pescoço. Um toque basta.
O importante é atingí-lo.”
Ou seja, o que ocorreu neste caso no judo, considero-o inaceitável.
Um instrutor que leva o treinamento as ultimas consequências, como neste caso, deve ser banido imediatamente de sua organização.
Surpreendente foi saber que houveram tantas mortes nesta modalidade.
1.000.000 yenes são U$ 10.000.