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Sensei discursando
Estivemos em Brasília neste fim de semana para comemorarmos os 10 anos da Unidade.
Além dos festejos, um Gashuku para dar emoção a todos os participantes.
O objetivo foi alcançado e todos ganharam mais um evento para ser lembrado o resto de nossas vidas.
Três dias vividos intensamente que a partir de hoje será revivido com o relato dos alunos:
Saída da comitiva de São Paulo
Embarque do avião
"Gostaria de relatar sobre o Gashuku de comemoração aos 10 anos da Unidade Brasília.
Quando entrei para o Instituto Cultural Niten, se me falassem que depois de aproximadamente 32 meses eu iria participar de um evento comemorativo em uma data tão especial. Não só para participar, como ajudar a arrumar o local de treino, cuidar do material dos Sempais, apresentar Katas de Niten Ichi Ryu para colegas de várias unidades, beber da fonte mais pura do Bushido e ter ainda a grande honra de conhecer um grande amigo Do Sensei de mais de 20 anos, do qual as palavras eu vou lembrar para sempre “Por não saber que era impossível, foi lá e o fez”, eu não poderia acreditar de maneira alguma no início.
Porque quando entrei para o Niten eu achava que conhecia algo de Bushido ou mesmo de autoconfiança e coragem, por treinar aqui dentro, depois desse tempo eu vejo que não sabia nada, e não digo que sei hoje! Mas hoje eu sei que treino arduamente para meu espírito aprender a praticar os Momentos de Ouro todos os dias. Acredito que quem já entrou depois da infância e adolescência ao Niten, talvez leve um tempo para limpar o grosso da sujeira do mundo lá fora e depois começar o trabalho de refinamento como uma peça de madeira que o Mestre de Verdade vai trabalhando, esse trabalho de refinamento é feito “a mão”!
E parte desse trabalho, Sensei disse-nos hoje (domingo), que devemos ser pessoas “do topo”, “do alto”. Este foi um gashuku que eu não precisei parar por passar mau ou estar exausto, e eu considero minha maior vitória, não envergonhar meus companheiros desistindo de treinar, mas estar com eles até o fim, Arigato Gozaimashita a todos por termos vencido juntos e recebendo a lição de perseverança do Sensei para que possamos continuar a treinar com muita energia para honrar O Sensei, crescermos juntos no caminho e que eu comece a me encaminhar ao caminho de me tornar uma pessoa “do topo”.
Domo Arigato Gozaimashita Sensei, palavras não são suficientes para demonstrar minha gratidão!"
(Jackson - Unidade Brasília/DF)
"Na charutada, mesmo em momentos de descontração não se esquece que devemos estar prontos para batalha.
Digo isso porque, quando entre um assunto e outro, o Sensei levantou a questão sobre a atitude que cada pessoa tomaria
Ter tempo para pensar e responder é uma coisa. Agora, estar pronto para tomar uma decisão imediata é outra. Nos lembra que mesmo descontraídos devemos estar sempre alerta.
Confesso que fiquei até arrepiado quando o sensei nos mostrou a lâmina. Como é guardada para ser preservada. E a energia que a presença de uma relíquia desse tipo transmite.
"A espada é a alma do samurai". Já ouvi essa frase algumas vezes mas só em momentos como esse se compreende o peso dessas palavras.
O Sensei me conhece e sabe que se deixar eu fico escrevendo páginas do que aconteceu.
Então fico por aqui."
Weber (Unidade Vila Mariana)
"O Sensei dá a instrução para o pessoal da minha fila para pegarmos nossas espadas de madeira e treinarmos o movimendo do corte diagonal de baixo pra cima do lado esquerdo. É uma posição estranha, pois na posição de guarda, antes do corte, os antebraços ficam cruzados. Mais algumas explicações de que este corte é até mais importante de ser estudado do que na posição lateral do lado esquerdo, onde a posição seria mais natural.
Chega minha vez de cortar. Ao contrário da impressão que se tem inicialmente, é BEM DIFÍCIL cortar. Na minha primeira peça, os três cortes atravessam a peça toda. Fico contente e aí vem os erros. Ao todo, cortei cinco peças, e tirando a primeira, a espada parou em pelo menos um corte em todas as peças.
Depois dos cortes, vários sushis, enrolados de várias maneiras e sashimi. A quantidade ótima, até foi díficil conseguir comer tudo, mas é sushi e vale a pena, Né?"
Guilherme (Unidade Campinas)
"Após um treino intenso, braços e mente cansados do aprendizado, mas o espírito pronto para mais. Assim entramos na charutada.
É o momento de relaxar um pouco, beber com o Sensei e os colegas que enfrentaram o dia.
Não diferente das outras oportunidades, porém sendo única em cada ocasião, é o momento de maior aprendizado do dia.
Degustando um charuto, saboreando uma cachaça, pouco a pouco a conversa com o Sensei vai crescendo.
Conduzidos pelo Sensei, vamos conhecendo um pouco mais uns aos outros, seja nas apresentações, seja nas observações de cada um sobre assuntos trazidos pelo Sensei.
E completando a vivência, o Sensei nos traz grandes ensinamentos.
De maneira simples, descontraída, vai conduzindo a conversa, envolvendo a todos no assunto, e passando as lições do Bushido.
As vivências do próprio Sensei com os Mestres, os Shugyos (retiros espirituais) do Sensei, os acontecimentos por aqui, é uma conversa longa, mas tranquila, gostosa, como aquele "Dedo de Prosa".
Agora aquele Katana que o Sensei nos mostrou... a quantidade de energia que há nele é proporcional ao seu tamanho. Foi o que senti.
Ao final, a primeira vez que vejo o Sensei retornar para uma "blitz".
Foi para marcar em nossos corações, "o importante é fazer direito o cotidiano..."
Danilo (Unidade Campinas)
"Aprendendo, na pele, o que realmente corta e o que não corta, nós iremos construir, em união com o treino de combate, um conhecimento próprio e tácito da Verdade do Ki-Ken-Tai-Ichi( energia-tecnica-postura) e não nos tornaremos meros repetidores de informação. Quando transmitirmos adiante o conhecimento do Sensei, poderemos, no futuro, falar com propriedade "isto não corta" com base na experiência pessoal.
Também pudemos assistir ao Sensei demonstrando cortes básicos e avançados. E isto é sempre um incentivo forte para continuarmos a nos esforçar. É a prova de que, se falhamos, a culpa está em nós, não na técnica, no alvo ou na espada. E se está em nós, podemos consertar, treinando mais e com orientação correta.
Apenas o treinamento e as demonstrações já teriam valido, com sobras, a viagem a São Paulo, mas neste dia o Sensei optou por nos beneficiar ainda mais, disponibilizando horas preciosas do seu tempo durante toda a tarde do feriado para conviver conosco alunos, quando poderia estar em casa, desfrutando da companhia de seus pais, esposa, filhos...
Destas oportunidades de convívio eu aprendi que o Caminho vai muito mais além do que vestir um hakama (roupa inferior), empunhar uma espada nas mãos e suar no Dojo. "
Holschuh (Unidade Americana)
"Observando, enxergava e aprendia com as correções do Sensei sobre todos. A cada correção do Sensei, pude ver o sucesso surgindo, e a diferença que estes detalhes fazem. Impressionado, eu devo dizer: O Sensei correndo rapidamente, de um lado para o outro, a cada corte uma técnica diferente, uma oportunidade que surgia, sem parar. Me parecia uma batalha. Um corte perfeito, e rapidamente já estava cortando o próximo adversário!Ao final, com eficiência, todos limparam e arrumaram o salão rapidamente e pudemos saborear aquele sushi da vitória."
Danilo (Unidade Campinas)
"Junto com os cortes, o Sensei aproveitava para repassar as técnicas e também ressaltar a importância do treinamento como um todo. Apenas treinar corte não faria sentido. É o conjunto do treino, Kenjutsu, Iaijutsu, Jojutsu, etc., que permite entender toda a dinâmica do combate: do momento do saque até entrar na defesa do adversário para, por fim, aplicar corretamente o corte."
Mazeron (Unidade Porto Alegre)
"Tenho escrito pouco em meu diário, mas 30 de maio seria um dos poucos dias em que a minha página não poderia ficar em branco.No treino do tameshi, antes de cortar, senti uma sensação diferente da primeira vez.Não sei, acho que ansiedade. Estava pensando que não poderia ir pior do que da vez anterior.Felizmente quando se empunha uma kataná não há espaço para esse tipo de tolice.Não sei se isso se passa com todas as pessoas, mas eu parei de pensar, em fazer bonito ou feio. Na verdade eu não pensava em nada. Apenas cortar.Ainda tive a sorte de cortar um makiwara do sensei, não sabia que os que o sensei corta são mais robustos que os demais. Foi bem mais difícil."
Weber (Unidade São Paulo)
"Nada melhor que num dia que seria ocioso poder treinar com o Sensei e aprender tanto sobre o Tameshi
Sensei falou-nos sobre as diferentes Katanas e sobre os Koshiraes, executou demonstração dos kamaes do kenjutsu em ação e os ensinamentos escondidos dentro dos katas, verdadeiros tesouros!"
Elaine – Unidade Rio de Janeiro
"Sensei nos concedeu um presente inestimável ao nos transmitir conhecimentos sobre a alma do samurai, a Katana, detalhes de sua curvatura, peso, suas origens, informações que nos fazem compreender um pouco por que a Katana é tida como a alma do samurai, por sua beleza e complexidade. Uma obra de arte forjada para a humanidade."
Abrantes (Unidade Rio de Janeiro)
"Parece que treinar Tameshigiri mais uma vez nos remete a treinar de verdade a Compaixão!!"
Sanches (Unidade Vila Mariana)
"Konbanwa Sempai,
Shitsurei Shimassu,
Sempai, refleti muito sobre os momentos de ouro deste mês em especial, e por muitas vezes fiquei comovido com as palavras e ensinamentos que ouvi.
Acredito que nunca me abri com ninguém do Niten sobre minha família e decidi pôr neste e-mail a razão e a importância do Instituto em me ajudar a lidar com meus pais, especialmente com a minha mãe.
Minha mãe sofre de uma profunda depressão há mais de 15 anos. Quando ela começou a ter esta doença, eu era apenas uma criança e ficava bastante frustrado em não saber como ajudá-la. Havia semanas que ela não saia do quarto e não queria ver a luz do sol. Ela tomava remédios pesados e ainda os misturava com álcool, e constantemente ficava bastante agressiva, a ponto do meu pai querer interná-la.
Pois bem, o tempo passou, mas por mais que eu tentasse ajudá-la, ela mesma não conseguia se ajudar. Hoje em dia ela está sofrendo muitas sequelas dos abusos de medicação, e é aí que o Niten me ajudou.
Antes eu me isolava, nem queria saber dela. Não queria ver minha mãe, por mais duro que isso seja. Hoje ela está muito mal, há dias em que preciso ajudá-la a levantar-se da cama e a vestir-se. Trago comida e ajudo como posso. O Niten me fez ver que eu não posso dar as costas assim, pelo contrário, ter devoção a ela.
Isso foi duro de compreender no começo, eu pensava "como vou ter devoção a uma pessoa que me fez sofrer?". Mas aí é que está: eu sou filho adotivo, justamente por vontade da minha mãe. Nunca conheci meus pais biológicos, somente soube que eles eram muito pobres e que não poderiam me criar.
O ato de amor excepcional da minha mãe me comove hoje. Quando estou ajudando a ela a tomar banho ou qualquer outra coisa que ela não consegue fazer sozinha, me lembro do terceiro voto do Hagakure. Acho que a expressão deste voto, que quase diariamente convivo, nunca pôde ser tão claro para mim.
Posso dizer também que muito do meu desempenho no último torneio e em todas as aulas e lutas, eu tenho ela em mente. Luto por ela também.
Estou quase em lágrimas escrevendo este e-mail. Isso demonstra o quando o Niten significa para mim.
Sempai, Domo Arigatô Gozaimashita por me fazer entender o verdadeiro sentido do que é ser Samurai e o que é ter devoção aos pais.
Arigato
Sayounará"
A.F.
Momentos de Ouro após treinamento técnico no Instituto Niten
20 anos de Niten.
Encontrei esta revista em meio aos objetos "antigos".
Foi a primeira revista marcial lançada aqui no Brasil. E mais: a número 01. Custo : Cr$ 150,00. Lia-se cento e cinquenta cruzeiros. Os mais jovens nunca ouviram falar de "cruzeiros", imagino.
Foi quando as várias modalidades, após extenuantes reuniões, resolveram-se unir para ganhar força dentro do meio esportivo. Até então, as artes marcias que se conheciam eram as chamadas de "pancadaria" (algumas ainda continuam) ou kung fu chinês (devido ao seriado de David Carradine ou de Bruce Lee). Fizemos demonstrações, festivais, e foi daí que surgiu esta 1ª revista marcial.
Naquela época não havia computadores ou câmeras digitais para facilitar o trabalho dos pobres fotógrafos (e dos modelos também).
Repare na proteção do abdome, o "do". Ela foi ofuscada com uma pasta, tipo graxa de sapato porque o flash , quando disparava, atrapalhava o fotógrafo. Veja também eu um tanto "cansado" depois de quase 3 horas de flash e posições estáticas...
E, olhe lá embaixo: na legenda está escrito "Kendo - Jorge Kishikawa - Um super campeão".
Não, não foi invenção do editor. Na realidade, o "super campeão" foi um título e troféu que recebi da Federação Paulista de Kendo, na época a responsável pela difusão do esporte no Brasil. Foi no ano que, graças aos céus e budas, sagrei me penta-campeão brasileiro consecutivo.
Depois desta foto, aprendi uma importante lição: esta é a posição da espada que os fotógrafos mais gostam.
Revista Impacto - Novembro 1990
"Estava um dia muito quente na capital São Paulo já quando acordei pouco antes das seis da manhã, era cedo e sabia que iria treinar com o Sensei, onde a cada respiração se absorve algum aprendizado.
Recaíam ippon (golpes precisos) sobre mim de diversos kamaes (posturas) e do jeito mais inusitado possível, Ito (uma espada), Nito (duas espadas) e Kodachi (adaga), o Sensei me mostrava na pele os segredos do Hidensho, experiência intransmissível e que só quem já lutou com o Sensei sabe... de cada arma e cada kamae pude ver minhas fraquezas e forças enquanto o Sensei me mostrava como era de fato um combate, a vida e a morte em uma única respiração e aos poucos a assimilação do que é viver intensamente.
Muitos colegas já tiveram a experiência de receber dez golpes em sequência do Sensei, não contei mas acho que nestes dias de treino em São Paulo já recebi ao menos dez destas sequências, como uma avalanche, que não para.
Já muito surpreso com as habilidades incríveis do Sensei, não só por sua técnica mas porque todos os seus golpes tinham espírito, o que não é fácil, me vi diante da última luta do dia com o Sensei. Estava lá, empunhando minha Kodachi (adaga), e, diante de mim, Sensei também empunhava sua própria Kodachi. Pensei na hora, quem sabe agora me dou um pouco melhor já que sou relativamente rápido. Este pensamento foi rapidamente cortado assim que a luta começou, não podia acreditar, o Sensei parecia se teletransportar com aquela Kodachi que mais parecia um Tanto (faca). Não somente golpes men (crânio), tsuki (estocada)e dô (flanco), mas recebia golpes em meu kote (antebraço) enquanto ele se movia com minha espada curta... isso foi incrível! Quando, ao final do combate, não achava que seria mais presenteado o Sensei se aproximou e disse: "...a Kodachi é livre, é como um pincel e, dentro de suas leis, não há regras...".
Estava extasiado, e depois do treino com o Sensei tivemos um Shiai (valendo ponto), eu contra Rodolfo, Coordenador de Recife e com a arbitragem do Senpai Wenzel.
Graças ao Sensei pude sentir melhor o que o Sensei queria dizer, a Kodachi é como um pincel com o qual podemos desenhar o caminho do combate. Estou aprendendo, neste dia de treino, que é preciso conhecer os mais diversos e numerosos pincéis e com com eles se assimilar mais e mais para que assim possa desenhar, com firmeza, o caminho da vida. E quem sabe, como diz o Sensei, chegar até os 100 anos?"
Drawin - Unidade Belo Horizonte.
Prato era Meiji - acervo do Sensei
Os primeiros alunos
Segue tradução do relato no café de ontem (CS 20 anos 1 - Nuestro Pequeño Samurai)
"Nosso filho Antonio está há um pouco mais de 2 meses assistindo às aulas de Kenjutsu no Instituto Niten e a experiência tem sido incrível.
Buscávamos uma escola que transmitisse valores que consideramos fundamentais como família, respeito com os demais, humildade, responsabilidade e disciplina. E junto com isso, agora vemos nosso filho concentrado, mais tranquilo e feliz de assistir aos treinos.
Nos encanta sentir em cada uma das pessoas que frequenta o Instituo Niten o amor pelo que fazem, por isso estamos felizes que nosso filho possa ser parte deste grupo tão especial de pessoas que nos ajudaram a encontrar o samurai que havia dentro do Antonio.
Atenciosamente,
Eduardo e Priscila, pais de Antonio Salgado González"
Comentário no Site: Nuestro Pequeño Samurai
"Para mim, é uma honra poder ajudar com o treino do Antonio e de todas as crianças do KIR Jovem, e não há maior recompensa no caminho do que vê-los crescer com os valores que o Sensei nos transmite através do Instituto NITEN. Domo Arigato Gozaimashita Sensei! Arigato Gozaimashita a Antonio e a todos os alunos do KIR Jovem."
Cristobal Pellegrini (unidade Chile)
Para ler o comentário do Sensei sobre o relato leia o café de ontem (CS 20 anos 1 - Nuestro Pequeño Samurai)
Recebi este relato do outro lado da cordilheira dos Andes:
"Nuestro hijo Antonio lleva un poco más de 2 meses asistiendo a clases de Kenjutsu en Instituto Niten y la experiencia ha sido increíble.
Buscábamos una escuela que transmitiera valores que consideramos fundamentales como familia : respeto hacia los demás, humildad, responsabilidad y disciplina. Y junto con todo eso, ahora vemos a nuestro hijo concentrado, más tranquilo y feliz de asistir a los entrenamientos.
Nos encanta sentir en cada una de las personas que asiste al Instituto Niten el amor hacia lo que hacen, por lo que estamos felices de que nuestro hijo pueda ser parte de este grupo tan especial de personas que nos ayudaron a sacar al samurai que Antonio llevaba dentro.
Eduardo y Priscila, Papás de Antonio Salgado González"
Comentário no site: Nuestro Pequeño Samurai
"Para mi es un honor el poder ayudar con el entrenamiento de Antonio y de todos los niños de KIR Joven, y no hay mayor recompensa en mi camino que verlos crecer con los valores que Sensei nos transmite a través del instituto NITEN. Domo Arigato Gozaimashita Sensei! Arigato Gozaimashita!! a Antonio y a todos los alumnos de KIR Joven."
Cristobal Pellegrini (unidad Chile)