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A medida que o tempo passa, as pessoas mudam.
Algumas para o bem, outras para o mal. Cada um movido pelo próprio interesse (ou desinteresse).
As que vão para o mal acreditam que nada estão fazendo de errado, pois movidos pelo ego que cega as suas ações, sempre têm uma explicação "lógica" para justificar a ação.
Todos estes têm uma característica. Começam sorrateiramente com o "hikyo na furumai" , que em poucas palavras siginifica "movimentação estranha, covarde, mesquinha", e que os samurais odiavam.
Você deve ter percebido que eu falei que apesar de terem a explicação "lógica" , agem com "hikyo na furumai".
É porque, no fundo, sabem e sentem que estão errados.
O que vem depois são sucessões de fatos (e sempre é a mesma novela) inerentes a todos aqueles que "cospem no prato em que comeram".
As 19 horas de hoje, serão homenageados atletas, dirigentes e representantes de várias modalidades esportivas da comunidade japonesa no Prêmio Paulista
Baseball, Softball, Gateball e outras. Todos indicados pelas suas respectivas confederações, federações ou associações.
No Kobudô, Wenzel Daniel Bohm, indicado pela Confederação Brasileira de Kobudô.
É interessante observar que a modalidade mais antiga do Japão (800 anos) será representada por um ocidental...
Não importa.
O meu omedetô (parabéns) a todos os homenageados de hoje.
Kampai!
Falei aos alunos ontem sobre a caverna de Reigando, local onde Musashi Sensei escreveu os pergaminhos, ou melhor, o Livro dos Cinco Anéis - Go Rin no Sho.
O trajeto de carro dura 1 hora por uma subida íngreme cercada de pinheiros numa floresta densa e fechada.
Começou a escrever no dia 03 de outubro de 1643 por volta das 4 horas da madrugada. Foi terminar só lá no dia 12 maio de 1645.
Cá entre nós... escalar uma montanha todos os dias, a 0 grau durante o inverno, por quase dois anos (587 dias!) não é para qualquer um.
E aos 51 anos!!!
Musashi Sensei, ao meu ver, era um monstro.
Na outra semana, foi o garoto Joao Hélio,
na retrasada foram 03 crianças , vítimas de bala perdida,
na que passou , Priscila , agora tetraplégica.
E nesta , o que será?
Direitos humanos , recuperação, maioridade penal... não podemos esperar os "doutores" decidirem quem está certo ou errado. Assitindo a debates que não tem fim.
Mas enquanto a ação não vem (e se vir, teremos de esperar pelo menos 20 anos pela frente até tudo se normalizar), a saída é aplicar Sun Tzu - A Arte da Guerra.
Doutores, a ordem deve ser mantida - pelo exemplo.
No fim de semana estive em Buenos Aires para comemorar o 2° ano de aniversario da Unidade Niten, a nossa primeira no exterior.
Confesso que nunca imaginei que lá fosse tão calor (32 graus!), tamanha a minha ignorância. O que eu costumo ouvir é sempre "vem uma corrente fria pelo sul do país " ou que " está a menos 5 graus" e so coisas "friiiias".
Fizemos a abertura da Caminhada Marcial, evento organizado pelo Jardim Japones, entidade que abriga um lindo pavilhão aos moldes do Kinkakuji de Kyoto com uma ampla área de jardim japones. Este pavilhao, de dois andares sobre uma área de aproximadamente 900m2 , suponho eu, foi o palco de apresentações neste final de semana de várias modaliadades de budô japonês, com um público estimado em 500 pessoas.
A nossa modalidade, o Kobudô, foi representada pelos alunos da Unidade Buenos Aires, além de um dos coordenadores mais antigos, Joel, de Porto Alegre.
Fui entrevistado pela revista local e obviamente tive que responder as perguntas mais óbvias : o que mais me impressionou em Buenos Aires.
-O calor.
E "o que mais te gusta en la Argentina" (o que mais gosta na Argentina):
E como todo "turista" encantado, respondi:
-A beleza das mulheres, o alfajor e, claro, o churrasco argentino!
O que deixou o repórter extremamente satisfeito.
Meus caros, na sexta, após falar daqueles que infelizmente não despertaram para os os olhos da Verdade, e por assim dizer, o Caminho da Espada, alguns não se deram por satisfeitos e lançaram a mim a seguinte pergunta:
-Então o que é despertar para os olhos da Verdade?
É NÃO correr atrás de títulos em campeonatos nem "se matar" para ser aprovado em exames de graduação. O que é uma realidade incotestável em várias modalidades no Brasil, no mundo e no Japão.
"Se matar" significa também dar vida, tempo e dinheiro para as organizações que regem estas modalidades. Sacrificando a si e toda a família para preencher os requisitos da "federação", passando os domingos e alguns a vida inteira em prol de reconhecimento e títulos.
É triste ver jovens ambiciosos "pisando" em velhinhos e estes,já sem o poder, entregando os seus últimos anos de vida a federações etc, só para obterem reconhecimnento...