Retornar para últimas postagens
A poesia é a “arte de escrever versos”. Para escrever uma bela poesia, é necessário conhecer os estilos de escrita dos grandes poetas do passado por meio da leitura intensa de seus textos e conhecer a gramática por meio do estudo da língua do passado que deu origem ao português, o latim, pois, a partir dela, se compreende melhor toda a estrutura gramatical e se amplia o vocabulário. Com isso em mente, o aspirante à poeta estará bem preparado para pegar a “pena”, caneta, e começar a “escrever”, praticar, com o objetivo de criar uma poesia refinada, alcançar a perfeição estética e criar novos estilos.
Desse ponto de vista, o kenjutsu também é uma forma de arte e podemos aproxima-lo à poesia. Se a poesia é a “arte de escrever versos”, o kenjutsu é a “arte da espada”; se, para ser um bom poeta, é necessário conhecer os estilos literários antigos e a origem da língua portuguesa, para ser um bom espadachim é necessário conhecer os estilos antigos de combate dos samurais; e, em ambas, há uma busca pela compreensão da arte por meio de um intenso estudo e pela criação de novos estilos poéticos no caso da poesia e de novos estilos e posturas de combate no caso do kenjutsu e, com isso, se gera conhecimento.
"O corpo dói em lugares que nem sabia que existem. Mas sei que voltarei melhor do que vim" Guilherme - Campinas
"Aprender e treinar o estritamente correto "Rocco - Curitiba
"Um treino para refletir durante meses" Dutra - Rio de Janeiro
"Começo a entender, definitivamente, que a vida pode ser vivida em novos caminhos. Basta dar os primeiros passos. Olhar pra frente e melhorar o que ficou pra trás "Scheiner - São Paulo
"Renovar - Reparar seus erros, rever seus conceitos "Shuzen Suru" Erick - Brasília
"O Gashuku foi puxado, porém o aprendizado foi ótimo" - Tengan - Santos
"Treinando com o Sensei percebo que o difícil no caminho da espada não é fazer o complicado, difícil é fazer o básico, o simples. "Chiarella - Ribeirão Preto
"Muita Intensidade, muito ensinamento e nenhuma efemeridade" Arruda - São Paulo
"Energia em Abundância. Iluminados pelo sol. Suor, sorrisos, persistência. Isso é Niten!" Patricia - Campinas
"Se o maior dos prazeres é afastar-se dos prazeres mundanos, não há prazer maior que exercitar as oito virtudes treinando intensivamente" - Ian Campinas
"Treinando na Montanha, No meio do vale, entre o céu e a terra, sinto meu espírito renovar" Cortes - Rio de Janeiro
"Hoje foi dia de vencer o cansaço, o calor, a sede e chegar ao maior prazer de todos, a sabedoria conquistada" Bruno D'Angelo - São Paulo
"Achei um pedaço do Conhecimento" Yuri - São Paulo
Os deuses estiveram conosco neste fim de semana.
Presentearam-nos com o Sol até o ultimo momento, quando depois caiu aquela chuva torrencial.
Sorte nossa.
Confira:
"Aprendi Várias Técnicas e isso foi legal" Fernando Ávila - São Paulo
"Exercício de humildade. Sempre que encontro com os colegas do Niten percebo que ainda tenho muito a aprender. Hoje não foi diferente, Treinar com Nito se mostrou muito mais fácil do que imaginava, mas como sempre, os colega foram pacientes e me ajudaram. Afora só posso retribuir treinando e ajudando também os meus colegas" Simone - Sorocaba
"Na Luz do Gashuku O Hiden se revelou" Sakura - São Paulo
"Aquele que diz que não tem oportunidade e não aparece de novo é porque não enxerga os vários sentidos a oportunidade. Este Gashuku é oportunidade, é o novo é a renovação." Ana Tomita - São Paulo
O sensei Otake Risuke tinha aproximadamente 33 anos e carregaria toda a honra do estilo. Por isso, a partir daquele dia, treinaria incessantemente por 40 dias e 40 noites uma técnica de combate considerada invencível.
Para sua grande surpresa, o seu mestre Hayashi Yazaemon ensinou-lhe a postura do Wakigamae e a partir deste o golpe similar ao toraburi, a mesma técnica utilizada por Miyamoto Musashi para vencer Sasaki Kojiro! Durante o seu intenso treinamento, o sensei Otake Risuke tinha um único pensamento: caso fosse derrotado em combate, desonraria o estilo praticado por seus antepassados e consequentemente se submeteria ao harakiri ou seppuku, ritual suicida que a partir do corte do ventre recuperaria a honra samurai.
Quando faltavam apenas dois dias para o combate, o sensei Hayashi Yazaemon o chamou para visitá-lo. Ao chegar lá, o sensei Otake Risuke foi informado que o combate havia sido cancelado. Alguém soubera que ele treinava dia após dia com a sua bokken e, como praticante do estilo Katori, lutaria a sério. Por isso, foi solicitado que o coronel assinasse um termo de responsabilidade para caso acontecesse alguma coisa, uma morte ou algum dano grave, por exemplo. Devido a essa condição especial e pelo medo de se ter uma morte, desistiu, pois ele não seria um mero combate de demonstração de estilos e sim um combate real em que um dos dois sairia morto ou gravemente ferido.
Aliviado pelo cancelamento do combate, o sensei Hayashi Yazaemon disse para o seu aluno, sensei Otake Risuke, que provavelmente esse acontecimento de última hora foi uma intervenção direta dos deuses, pois o estilo não foi feito para o combate. Depois disso, finalmente o estilo Tenshin Katori Shinto foi reconhecido como um tesouro nacional do Japão sem a necessidade de um combate. Esta história sintetiza muito bem o ensinamento de toda escola de kenjutsu, “o vencer sem lutar”.
Portanto, essas duas histórias deixaram muito curioso a respeito das razões que levaram Miyamoto Musashi a utilizar a postura do Wakigamae e o golpe toraburi, “o bote do tigre”, em seu maior duelo e o sensei Hayashi Yazaemon a dizer para o sensei Otake Risuke treinar apenas esses movimentos.
Estas e outras razoes me fazem trilhar por esta busca incessante das respostas que estao por tras da Estrategia da espada. É claro que, como tudo que é novo, há quem nao compreenda. Mas isto é irrelevante
Com isso, se busca revelar a essência, o gokui desta técnica e descobrir se ela é mesmo invencível.
Este e-mail de Curitiba chegou bem em tempo para "casar" com o vídeo que eu iria soltar hoje e nos ilustra a complexidade em se treinar Kenjutsu:
“Sensei, há algum tempo venho sofrendo para fazer o itto waki no kamae* funcionar com eficiência, servindo como fortaleza segura no combate.
Mas ontem, depois de muito pensar repetindo o kihon* na frente do espelho, acendeu uma luzinha no fim do túnel, que espero seja correta.
A luz fala de ToraBuri (12 - nov - 2009 - Bote do Tigre) e do pé esquerdo Sensei.
ToraBuri não é simplesmente o contra-ataque de men*, é a essência do contra-golpe de itto waki no kamae. Musashi-sensei* mostrou apenas contra o men*, mas, com o tempo e reflexos corretos, também serve contra Tsuki* e contra o Kote*. Estes golpes retos sofrem de fraqueza no flanco esquerdo, e se tornam vulneráveis ao ToraBuri. Nunca vi ninguém tentar bater o Do* contra waki no kamae, já que ele está automaticamente protegido pela espada e pelos dois kotes.
ToraBuri Sensei, parece-me ser isso, o conceito de resposta eficiente e mortal a todos os ataques frontais desferidos contra um lutador em posição de waki.
De outro lado, pensei sobre o pé esquerdo. Na verdade, pensei no pé esquerdo, e pensei no que o Rocco me disse, numa conversa completamente desconexa dessa, no sentido de que a calma é que caracteriza um bom espadachim. E aí que acendeu a luz... o adversário costuma reagir ao movimento do pé esquerdo, porque é o que ele vê, e como ele sabe que isso vai gerar um ataque, ele automaticamente, quase um reflexo condicionado, se defende do que presume ser o ataque, e nesse momento, abre a guarda. Assim, basta ter calma e reflexo para dirigir o golpe não para onde o adversário acha que iria, mas sim para onde ele abriu a defesa.
Por isso que waki no kamae não precisa ser extremamente rápido no ataque, porque, penso eu, o próprio movimento de entrada no maai adversário importará numa resposta defensiva, e nesse momento, é que você terá dominado o adversário, podendo atacar livremente onde a defesa se abriu, e este ataque sim, deverá ser explosivo e rápido, para aproveitar a fraqueza momentânea.
Ainda que o adversário perceba isso, e não tente se defender no movimento do pé esquerdo, tentando avançar imediatamente e atacar, o ToraBuri está sempre presente, já que é uma das formas de bater men, e não está descartada.
"Antes da explosão, há sempre um segundo de tenebroso silêncio". É assim que começo a pensar em itto waki no kamae. O kamae que tem um breve instante de silêncio mortal, que desestrutura o adversário, e permite a explosão do golpe.
Sensei, desculpe-me porque o email ficou longo, mas o Sensei me parece a melhor pessoa para quem contar estas coisas. Agora resta o dever de fazer isso funcionar numa luta de verdade, testando a validade das conclusões.
Sensei, por sinal, eu ando morrendo de curiosidade para saber como se desenrolou o combate de waki do Katori Shinto Ryu*... eu sei que ele venceu, porque waki é um kamae muito forte, mas o Sensei ainda não contou como foi... e eu morro de curiosidade pra saber como foi!
Relembro a todos que hoje comemoramos o Dia Internacional da Mulher.
Ainda há muito a ser feito para que todas, neste mundo sejam valorizadas, como deveriam ser, mas enquanto este dia não chega, continuarei a buscá-lo.
Com as mulheres temos que aprender a força
da Paciência;
da Sensibilidade;
do Amor.
Minha Homenagem a todas as mulheres.