No último dia 26 (sábado) os alunos da unidade Rio de Janeiro tiveram a oportunidade de cruzar suas espadas com o sensei Jorge Kishikawa. Estiveram presentes cerca de 50 alunos, todos com o mesmo fim: Treinar e aprender com os ensinamentos do sensei.
O sensei lutou com a maioria dos alunos, inclusive com as crianças, e puxou treino com os alunos de 6º kyu, cobrando deles rigorosamente postura, kiai e perseverança na seqüência de exercícios.
Após, os alunos treinaram entre si men-utshi, men-men-men e kirikaeshi, com muito Kiai e mantendo a postura.
Depois teve apresentação de Katas do estilo Niten Itchi Ryu, pelo sensei e pelo coordenador responsável pela unidade Rio de Janeiro, sempai Wenzel, em que foi demonstrada a exteriorização do Ki, através de seus golpes sinceros e rápidos.
No final, o sensei falou sobre o Kakejiku, mostrando o kanji “Tchu Bun Do Yo Shi Ka Fu”, que traduzido para os alunos quer dizer “no amanhecer, se a verdade for entendida, ao entardecer poderei morrer feliz”.
Durante sua exposição, o sensei traçou um paralelo entre a escrita e a espada, afirmando que em ambas, no momento da execução, não podem ocorrer erros. Na escrita, um traço mal feito não pode ser reparado, pois o tempo no qual foi realizado já passou e sua marca não poderá ser apagada. Em relação à espada, o erro é pago com sangue. O corpo é que sofre com o erro. Portanto, no momento da verdade não podem ocorrer erros.
O sensei Jorge Kishikawa asseverou ainda que tanto na escrita quanto na espada há formas básicas que devem ser aprendidas para que haja a evolução técnica. Não adianta aprender técnicas mais avançadas se o básico não foi compreendido, pois não serão executadas de forma satisfatória. As técnicas básicas influenciam inclusive no desempenho da luta, que além de ficar prejudicada, terá essa carência notada pelo oponente. Como disse o sensei, “para ganhar a luta, é preciso saber atacar”.
Foi dito também que como no cominho da espada, na vida cotidiana de cada um, os atos praticados na busca do objetivo devem ser violentos (definidos), sérios, urgentes e sinceros. Após, terminado o treino, o sensei viajou com os monitores para Petrópolis para o treino intensivo no domingo.
O treino realizado com o sensei Jorge Kishikawa na unidade Rio de Janeiro foi de grande importância, pois os alunos puderam aprimorar e entender ainda mais sobre a técnica da espada e seu caminho árduo. Domo arigatô sensei e sempai Wenzel.
Ricardo Minner
Por Fernando JF Alves
“Perto de completar dois anos no Caminho, muitas foram as vezes que senti vontade de mandar um e-mail para o Niten.
Quase sempre o motivo era uma vitória pessoal, uma superação ou simplesmente para falar de minha satisfação por fazer parte desse grupo.
No entanto, diante dos relatos que lia no E-gan, acabava achando que meus comentários teriam pouco a acrescentar aos belos, e às vezes emocionantes, depoimentos que ali estavam.
Porém, após o evento de lançamento do livro SHINHAGAKURE, no Rio de Janeiro, senti que deveria externar o que estou sentindo.
Sou oficial da Força Aérea Brasileira e estou acostumado a organizar e participar de muitos eventos. Sei das dificuldades e responsabilidades que os envolvem, da quantidade de recursos mobilizados e do número de coisas que podem dar errado. Tudo isso, mesmo quando os responsáveis são profissionais experientes e tarimbados.
Os coordenadores do Rio, todos jovens de menos de vinte anos, conseguiram realizar o evento com sucesso. Como verdadeiros samurais que são, receberam a missão e a cumpriram. Foi uma demonstração de que o Niten forja espíritos fortes, prontos para qualquer combate, seja com uma espada nas mãos , seja na realização de um vento como este.
Após a noite de autógrafos o Sensei convidou Coordenadores, Monitores e alguns alunos para comermos uma pizza. Ver naquela mesa os jovens Coordenadores e Monitores diante do Sensei me fez recordar meu tempo de cadete, em que compartilhar uma refeição com nosso comandante era honra para poucos. Senti-me jovem como eles, com vontade de aprender, sem medo de errar, sabendo que quando se dá o melhor de si não é necessário temer o resultado de qualquer batalha.
Fiquei orgulhoso de ver tanta responsabilidade e comprometimento com um ideal em pessoas tão jovens. Este é o motivo de escrever este e-mail. Dizer da minha alegria de constatar que o Instituto Niten é uma verdadeira escola de formação de caráter e espírito, onde se forjam jovens que, empunhando a espada que dá a vida, em abundância, certamente terão muito a contribuir para fazer de nosso país uma nação melhor para todos.”
Nos dias 12 e 13 de dezembro de 2004 o Sensei esteve no Rio de Janeiro para fazer treinos.
Alunos e Coordenadores de outras localidades compareceram para adquirir e prestigiar os ensinamentos do Mestre Jorge Kishikawa na unidade Barra. Veja algumas fotos:
Por Ricardo Silva
Após o inesquecível Torneio Brasileiro por Equipes 2004, muitos participantes aproveitaram o feriado para aprimorar suas técnicas em mais um treino sitiado no belíssimo Estádio do Maracanã.
No Workshop de CHADO realizado em São Paulo, nós contamos com alguns de nossos monitores do Rio de Janeiro.
Octávio Saito como "Pequeno Samurai Eiji" com a os demais "guerreiros" do Sítio do Pica Pau Amarelo.
João Vítor, o Pedrinho do Sítio, e Octávio
"Eiji" entre Emília e Narizinho
Octavio e Narizinho recebendo instruções da Diretora Cininha de Paula
A sala de estar do Sitio. com Dona Benta e Visconde de Sabugoza
Octávio recebendo instruções
A turma do Sítio
O Pequeno Samurai mostrando suas habilidades
o set de filmagens
Ele defende o Sítio contra o ataque dos Ninjas
São vários Ninjas!
Mas todos se rendem!!!
Ocátio e os Sasis Pererês.
Por LEANDRO PORTO
A garoa caía e finalmente começara o treino de inverno. Refresco em minha memória estes momentos fortes que serão difíceis de esquecer. No espaço “Bushi Ji”, estávamos com os pés sobre a terra, rodeados apenas de montanhas e árvores. O céu era prata, mas o frio não esmaeceu nossa vontade de treinar e melhorar. Vi nos olhos dos Senpais grande força. Vi nos rostos de todos os companheiros uma cumplicidade que me fez reconhecer uma existência guerreira conjunta em outras reencarnações. Senti no vento e na grama molhada a energia que o concreto de nossas cidades não transmitem. Depois destes dois dias agradáveis que passei no Vale das Videiras, só posso agradecer ao Niten pela oportunidade de viver a Espada que dá a Vida, pois sei que retornei das montanhas melhor. Treinei duro com meus companheiros, acordamos às 4 da manhã para lutar até o amanhecer. O que mais me tocou foi o silêncio do Vale e nossos kiais que ecoavam nas florestas. O frio pegou firme, mas firmes mesmo ficaram nossos espíritos.
Domo Arigato Gozaimashita Sensei Jorge Kishikawa
Domo Arigato Gozaimashita Senpai Wenzel.
Domo Arigato Gozaimashita a Todos os Companheiros de Kangeiko.
Leandro Porto – Unidade Tijuca
"Yoroshiku Onegaishimassu!
por Côrtes.
Este kangeiko foi mesmo inesquecível! A garoa trouxe a atmosfera de inverno à serra e pudemos treinar forte noite e dia!
Praticar Iai de frente para o Bambuzal foi uma nova experiência: muito gratificante. O Bambu com certeza tinha muito a nos ensinar."
Domo-arigatô-gozaimashita!
Sayounara!
Côrtes.
A garoa caía e finalmente começara o treino de inverno. Rodeados apenas de montanhas e árvores. O céu era prata, mas o frio não esmaeceu nossa vontade de treinar e melhorar.
Resultados do 1º Torneio Carioca por equipes SETEMBRO 2004:
IAIJUTSU
1- Noronha - Plínio - Magalhães
2- Dumont - Abe - Leiras
3- Laura - Yuri - Bruna
3- Jason - Barroso - Ivan
JOJUTSU
1- Walzedeck - Renault
2- Kenzo - Abe
3- Suzana - Kazuo
3- Jason - Musacchio
KENJUTSU INFANTIL
1- Gabriel
2- Otavio Saito
3- Charles
KENJUTSU EQUIPES
1- BOTAFOGO I - Kazuo - Roberta Beltrão - Musachhio - Joshua - Prado
2- BOTAFOGO II - Silva - Laura - Eccard - Quartin - Carboni
3- TIJUCA II - Campos - Michelle - Helius - Moicano - Licurgo
3- ???Botafogo VI??? - Senos - Roberta - Porto - Baldomero - Brasil
KENJUTSU 5KYU-
1- Felisardo
2- Allan
3- Renault
3- Kenzo
2004 - Globo Repórter, Globo
Serenidade na Cidade que não pode parar
Por Mário Amorim Conforti
O TORNEIO E OS DUELOS.
Por Gabriel Dib Tebechrani Neto
O QUE RESTA AO BUSHI
POEMA de LENDRO PORTOS
Por MONÇÃO
A primeira sensação que tive ao entrar no dojo, foi de estar em casa. Méier lugar onde eu cresci, Mackenzie clube onde eu praticava esportes quando criança, tudo bem familiar para mim.
Durante o treino mostramos a força do NITEN ao Méier, pude ver isso no olhos dos que assistiam, percebi a enorme vontade de aprender e treinar dos primeiro alunos, o que me deixou muito contente e querendo fazer sempre algo a mais por essa unidade.
Após o treino, brindamos a unidade e um forte sentimento bateu em mim.
Arigato Gozaimashita Sensei, senpai Wenzel.
Sayonara, Monção
INAUGURAÇÃO UNIDADE MÉIER
Por SUSANA ELEK
Há dois anos atrás entrei para o Niten. Minha primeira aula foi com o senpai Monção. Naquela época eu mal sabia dizer men, suriashi ou onegaishimassu; Algum tempo depois fiz minha primeira luta com bogu também com o senpai Monção. Essa semana, senpai Monção estava dando seu primeiro passo como coordenador da unidade Méier, que já conta com seis alunos logo na primeira aula! A unidade deve crescer muito rapidamente.
O clube Mackenzie é bem amplo e vive cheio de gente; Inclusive várias pessoas foram assistir o treino. Em sua maioria eram crianças de até 12 anos, mas também estiveram presentes um público um pouco mais velho.O treino foi muito bom na aula inaugural. Foi um treino forte, mas sem exageros, sempre com muito kiai e sem parar até o final. Mesmo quando, com boa intenção, veio um funcionário do clube perguntar se queríamos o ventilador ligado não perdemos o “centro”. E, a certeza de que estava no Niten foi definitiva quando educadamente pedimos ao funcionário que mantivesse o ventilador desligado. Sim, o treino tem que ser o mais quente e mais concentrado de energia possível! Isto só iria nos deixar mais fortes. E afinal esse é um dos nossos objetivos não é mesmo!?
Sei que cheguei hoje de manhã na faculdade e tive um choque tremendo. Depois de uma noite tão bem aproveitada com um treino tão bom, voltar ao dia a dia foi um tanto quanto estranho. Olhei pra sala de aula e me perguntei “em que mundo eu estou mesmo?”
Arigato Gozaimashita Niten!
Omedetou Monção e Gambate Kudasai!!!
Sayonara, Suzana Elek
Confira também a galeria da inauguração